United States of America
Mississipi
[Hopes' residence]Quando cheguei a casa era bastante cedo, então decidi voltar a sair de casa para apanhar um ar.
Ando por um tempo distraída e quando me dou conta estou passando em ruas que eu não devia passar. Pra melhor explicação, são ruas perigosas cheias de bandidagem, mortes, estupros...são ruas do pior, se posso assim dizer.
E pra piorar ainda mais já estava anoitecendo, só pra foder ainda mais a minha situação.Acelero o passo, tentando não ficar muito tempo naquela zona e nem olhar muito para aquela zona.
"Ufa! Já tô quase saindo daqui. Melhor voltar pra casa" -penso, já andando a um passo tão acelerado que faltava pouco para começar a correr.
-Ei! Você aí, moça!
Por um minuto o meu corpo gela.
"Devo virar ou não?" -pergunto mentalmente várias vezes em fração de segundos, mas sem encontrar resposta para mim mesma.-Oh porra! Não tá ouvindo eu te chamar não?!
A pessoa que estava me chamando já estava ficando irritada, mas eu ainda não havia decidido o que fazer.
"Viro ou não?
Viro ou não?" fico neste dilema, com o corpo totalmente imobilizado.Para piorar a situação, o meu cérebro paralisa.
Por fim suspiro e começo a virar lentamente.
Assim que acabo de virar me deparo com um homem me apontando uma arma quase na cara e eu entro em choque. Ele era menor que eu mas incomparavelmente mais forte e musculado, o seu cabelo era preto e longo, tanto que estava amarrado em um coque perto da nuca.-Tá olhando o quê vadia?! Passa pra cá tudo o que você tem, merda!
Ele estava mais irritado do que nunca e eu só tinha o meu telefone que demorei séculos a comprar. Portanto estava fora de questão eu entregar ele!
-Ahn...essa é a sua arma? -pergunto.
-Sim! Roubei ela semana passada! -ele responde sério, mas como ele era tão baixinho chegava até a ser engraçado. Só não ri porque não era o momento mais apropriado, mas se eu conseguisse escapar dali eu realmente riria.
-Ah, entendi. E ela está carregada?
-Claro né! -ele diz sempre a apontando pra mim.
-Ai é? Então atira pro ar -pergunto cruzando os braços. Essa era a minha confirmação pra ver se eu podia ou não fugir dali. Se ela realmente tivesse carregada eu não sabia o que fazer.
Era algo meio arriscado de se fazer, mas eu realmente não queria perder os meus bens.Assim que eu disse estas palavras, percebi que ele ficou meio nervoso e sem saber o que fazer. Talvez fosse só impressão, mas parecia intuição.
-...então? -pergunto, levantando levemente uma das sobrancelhas, já que eu estava me divertindo com aquela situação por ter quase a certeza de que o meu palpite estava certo.
-Ah-h...p-passa logo as...c-coisas! Não vou disparar pro ar porque...hm...não q-quero gastar as balas! -ele fala.
"AHHHHH" -grito mentalmente, sabendo que em uma das poucas vezes o meu instinto estava certo!
Aproveitei que ele estava nervoso e desatei a correr.
Eu virava a esquerda, ele me perseguia.
Desviava pra direita, ele me perseguia.Estava parecendo um filme de perseguição, isso sim!
Continuei a correr o mais que podia, já nem sabia por onde eu estava a ir. Virei mais algumas ruas e finalmente despistei ele.
Quando me apercebo disso, paro e apoio as mãos nos meus joelhos, suspirando uma mistura de alívio e cansaço."Agora que estou livre posso finalmente voltar para casa" -pensei.
Só que o problema é que eu não fazia a mínima ideia de onde eu estava!
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THE PURGE
RandomBella Hopes, uma menina do Mississipi, uma simples cidade dos EUA, teve a sua infância e família prejudicadas por um terrível evento anual que levou a vida de seu pai e por pouco a da mãe. Agora crescida, Bella decide vingar o seu pai e fará de tud...