THE PURGE

XLXI

Estou tomando meu pequeno almoço simples, sentada na mesa e alternando o meu olhar entre as horas marcadas no meu telefone e a minha comida. São quase 10h e nenhum sinal de minha mãe. Troco de roupa e vou para a rua espairecer, quando me vem à cabeça a ideia de passar pelas lojas nas redondezas e procurar pela minha mãe. Boa! É exatamente isso que eu vou fazer!
Por ser uma cidade pequena não há tantas lojas assim, talvez umas cinco ou sete, sem exagero.

Me direciono para a mais próxima que vendia materiais de construção e comecei minha busca.

(...)

14 horas. Visitei lojas de legumes, frutas, peixes, pães...os atendentes todos tinham visto minha mãe passando, mas voltando não. De certeza que algo de sério aconteceu!

"Merda, merda, merda! Cadê você mãe?" -pergunto, como se ela estivesse me ouvindo.
Bufo frustrada e volto para casa, sempre insistindo nas ligações para o telefone dela. Não deu em nada, assim como nas outras vezes.
Darei até hoje à noite. Se ela não aparecer eu entrego o caso à polícia. Também pensei em afixar uns cartazes anunciando o seu desaparecimento, mas eu não tenho um computador, ou impressora, ou fotografia dela...minha mãe nunca foi de tirar fotos. A menos que eu faça um desenho dela. Até faria se tivesse algum talento para isso.
Me atiro no sofá e me deixo ficar de cabeça para baixo, buscando uma solução para esse inesperado desaparecimento. De repente meu telefone começa a tocar. Pego nele rapidamente com esperança de ser minha mãe, não era.
"Ah porraaaaaaa é o Jason!" penso meio decepcionada, a única ligação que eu queria no momento era a da minha mãe.

Atendo com o meu mau humor mas ele nem liga. Ele ligou pra dizer que amanhã gostaria de se encontrar comigo. Não entendi nada! Ele quer cancelar o nosso negócio? Não faço ideia...
Bom, tanto faz. Me levanto e vou cozinhar, daqui a pouco também desapareço de tanta fome que eu estou a sentir.
Como e passo a tarde me distraindo com o movimento fora da minha casa.