THE PURGE

XLII

Ligação terminada e eu vou procurar o que fazer, afinal minha mãe já está no Brasil, Liza foi embora e eu já comprei todos os meus equipamentos e os experimentei. Praticamente tudo o que tinha que fazer já foi feito.

Decido dar uma arrumada na casa, já estava precisando. Assim que acabo me arrumo também e preparo a minha comida. Vou para as traseiras treinar mais um pouco a minha pontaria e depois saio para uma caminhada.
O clima estava gelado demais, por isso me arrependo de não ter saído com um casaco. Se a minha mãe estivesse aqui com certeza diria "eu te avisei". De qualquer forma já estou longe o suficiente para voltar.
E além disso depois que nos acostumamos, o clima gelado não deixa de o ser, mas se torna agradável.
Não deixa de ser estranho, já que nesta altura do ano costuma fazer bastante calor...mas ignoremos isso. Durante o meu percurso passo pela casa de minha amiga, a mesma já estava vazia.
Não fico lá por muito tempo e continuo a minha caminhada.
Vou começando a reparar nas casas pelas quais eu estou passando e noto que em algumas delas bem no início do jardim há ramos de flores azuis, ou seja, são pessoas que apoiam a Purga. Dentre as muitas casas com flores manipuladamente azuis, encontravam-se aquelas caprichosamente decoradas, onde qualquer um via que a proprietário realmente havia investido naquilo, como se quisesse mostrar todo o seu orgulho em ter um feriado tão sangrento, violento e insano como preferido.

Não ando muito mais e regresso, afinal já estava escurecendo e a minha ideia não era ficar muito tempo na rua. A fim de alguns minutos já me encontro novamente em casa.
Entro e vou logo em direção à cozinha, indo aquecer algum resto que estava na geleira para eu comer. Assim o faço e vou me instalar na sala, ligando a tv e passando a noite aí mesmo.