Capítulo 17

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Não consegui dormir; meia hora depois a campainha toca sem parar, corro para atender e reviro os olhos assim que abro a porta.

- O que faz aqui?

- Você atende a porta de camisola? Enfim... Precisava muito te ver... E... Meu Deus eu sou uma besta! - Diz com as mãos nos bolsos.

- Você está bêbado?

- Eu pensei que a gente iria comemorar hoje... Mas deu tudo errado!

- Vai tomar um banho, vai pra sua casa... Eu não vou conversar com você desse jeito.

- Certo. - diz entrando no apartamento e parece procurar algo.

- Que ótimo! - ironizo.

Ele encontra o banheiro e fica lá dentro, tempos depois escuto a água do chuveiro cair no piso.

- EU DISSE PRA VOCÊ TOMAR BANHO MAS NÃO AQUI! - berro do lado de fora encostada na porta do banheiro.

- silêncio -

Vou para o quarto e deixo a porta aberta, visto um hobby e sento na beira da cama esperando que ele saia.
Ouço passos pela casa mas deixo que ele encontre o quarto; ele entra com os cabelos molhados e a camisa social preta meio aberta.
Passo por ele e tranco a porta do quarto.

- Olha eu sei que eu fui egoísta, cretino e o que mais você quiser... Eu admito, mas eu entrei em choque! O projeto da minha vida escorreu pelas minhas mãos porque eu tentei ficar o máximo de tempo contigo. - ele diz sentando na cama.

- E aí você simplesmente jogou a culpa em mim, como se eu soubesse que você estava fazendo um projeto! - gesticulo com as mãos.

- Me perdoa Aga...

- Cala a boca Joseph! - interrompo.
- Você não pode descontar em mim, eu não posso pagar pelas consequências das suas ações só porque você é orgulhoso e prepotente demais para admitir um erro!

- Tens razão... - ele eleva um dos braços em minha direção. - Você é importante, importante demais pra mim pequena gata... Eu não suportaria te perder assim. Eu jamais precisei pedir desculpas ou ir atrás de nenhuma mulher e no entanto eu estou aqui - ele tira uma caixinha preta de dentro do bolso. - Eu fiz isso há uma semana pra te dar porque eu tenho certeza do que sinto desde o primeiro dia. Não me abandona, eu te quero demais!

Ele abre a caixa e um anel prata com uma pedra média de diamante branco quase salta de dentro.

- Não. Assim não...

- Eu juro que não estou dizendo isso só porque você está de camisola na minha frente e porque está difícil me concentrar. - ele diz elevando as sobrancelhas.

- A resposta ainda é não Joseph. Eu vou fazer um café forte e depois você vai embora, conversaremos quando você estiver totalmente sóbrio.

Ele abaixa a cabeça e eu saio do quarto fechando a porta, vou ao quarto de Melanie e agradeço aos céus por ela não estar em casa; termino meu trajeto na cozinha; a água do café demora a ferver e quando chego no quarto Joseph está dormindo na minha cama.

- Onde eu vou dormir? - penso em voz alta.

Pego um lençol para mim e cubro ele com outro; fui para a sala e me ajeitei no sofá.
Acordei mais cedo e entrei no quarto; Joseph ainda está dormindo, peguei minha roupa e fui pro banheiro, tomei banho, sequei os cabelos e voltei pro quarto.

Não dá mais eu vou chamar ele!

- Joseph, Joseph... Acorda!

Ele se mexe depois enferga os olhos com as mãos e me olha.

- Está na hora... - completo e vou tomar café.

Melanie já está na cozinha.

- Você dormiu no sofá em vez de dormir com ele?

- Fica quieta, e não vai acontecer de novo.

- Você dormir no sofá ou ele dormir aqui? - diz gargalhando.

- Os dois! - respondo séria.

- Bom Dia... - Joseph aparece na cozinha já pronto.

- Bom Dia chefe! - Melanie diz olhando dele para mim com uma expressão zombeteira na face.

- Você já está pronta? - ele me pergunta.

- Já... - respondo.

- Vamos, eu te levo.

Peguei minha bolsa e nós descemos. Melanie veio logo atrás querendo uma carona, fomos em silêncio até a empresa. Joseph nos deixa na porta e segue para a casa dele; o homem estava um trapo.

O dia foi calmo, Joseph só apareceu após o almoço e não conversamos depois da noite anterior.
Contei tudo a Patrick desde o episódio do avião.

- Olha, eu conheço um lugar legal na rua de baixo. - Patrick diz enquanto arrumo a bolsa depois do expediente.

- Vamos! - digo de imediato.

- Me espera na recepção, preciso falar com Joseph. - diz.

Faço como ele pediu e enquanto espero ouço a conversa das atendentes.

- O chefe dormiu na casa dela! - cochicha Vanessa.

- Não é de hoje que ela está com joguinhos pra cima dele. - a outra diz.

- Eu soube que ela só trabalha aqui por causa dele.

Patrick aparece

- Vamos... Eu quero encher a cara! - digo enroscando meu braço no dele.

Caminhamos até o fim da rua e entramos em um lugar todo em madeira, o bar é bonito tem jogos de dardo, mesa de sinuca e várias mesas redondas para os clientes e todos os tipos de bebidas.
Sentamos nas cadeiras do balcão e o dono veio nos atender. Patrick é conhecido então fui apresentada e pedimos cerveja; bebi vários copos enquanto comia amendoim e o tempo foi passando.
Quando menos esperei Joseph passa pela porta.

- Eu não acredito que isso foi uma isca. - elevo as duas sobrancelhas encarando Patrick.

- Você vai me agradecer depois. - ele beija o topo da minha cabeça e sai.

- VOCÊ É UM PÉSSIMO AMIGO! - grito e escuto um "eu te amo" de longe.



Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora