Acordei com os olhos inchados; repensei toda a história, Alexandra não me conhece, pra ela eu sou uma órfã que ela se compadeceu; uma órfã que podia ser uma fruta podre caída no meio do caminho.
Me arrumei com as poucas coisas que trouxe e fui trabalhar.
A empresa estava como sempre, Patrick não apareceu; liguei pra ele e fui informada que está de atestado.
Karev passou por mim e entrou na sala, não me pediu nada. Achei estranho mas fiquei aliviada.O elevador se abre.
- Agatha!
Fico em silêncio.
- Eu... Eu estou passando por muitas coisas, eu estou com medo e poxa... - Melanie diz.
- E eu não? - interrompo.
- Eu fiquei sem reação! Minha mãe ficou decepcionada demais, ela nem está falando comigo. - ela coloca as mãos em cima do balcão.
- Eu não tenho nada com isso.
- Você precisa me ajudar, ela está deprimida.
- Sai daqui! - digo me levantando.
Karev sai da sala e fica na porta de braços cruzados.
- Por favor! - exclama.
- Agatha, precisamos conversar. - Karev diz voltando para a sala.
Olho para Melanie e vou atrás dele.
Entro na sala e ele fecha a porta; caminhamos até a mesa, ele se senta atrás da mesa e eu na cadeira a sua frente.
- Me desculpe, senhor Karev. Não vai mais acontecer! - digo apressadamente.
- Não foi pra isso que eu te chamei.
- Oh!
- Mesmo se fosse... Sabemos que você não perderia o emprego, não é mesmo?
- Não entendi... - junto as sobrancelhas.
- Esse anel na sua mão eu vi na mão de Joseph. - diz apontando para as minhas mãos juntas.
- Eu tenho certeza de que sou uma boa secretária.
- Eu quis dizer que o anel é apenas um bônus.
- O que isso tem haver?
- Você não reclamou por ter que fazer tudo de novo todos os dias, as pastas, registros, e etc. - diz mexendo as mãos. - A questão é que eu julguei você errado por causa dos boatos.
- Não estou aqui para ser julgada, estou aqui para trabalhar. - levanto e caminho até a porta.
- Foi um prazer trabalhar com você... - ele diz e eu saio.
O dia foi exaustivo, estava sozinha no trabalho, entro no elevador me sentindo muito sozinha... Suspiro.
O elevador chega ao térreo e ao se abrir ele revela Joseph parado; pulo o abraçando e ele me levanta.- Você aqui? - disse surpresa. Ele me solta.
- Eu tinha que ver como você está.
- Estou bem... Superando. - olho para o chão.
- Vamos sair daqui. - Joseph segura a minha mão e saímos do prédio. - Onde está morando? - diz abrindo a porta do carro.
- Hotel Royal. - digo colocando o cinto de segurança.
Chegamos rápido ao hotel e subimos para o quarto.
- Você não tem que ficar pagando hotel Agatha.
- E pra onde mais eu iria? - Digo colocando o celular para carregar.
- Para a minha casa. - Joseph diz se sentando no sofá.
- Joe... - elevo a sobrancelha direita.
- Sem segundas intenções! - ele diz levantando as mãos.
- Joseph... você sabe. - Caminho até ele.
- Eu sei que estava com muita saudade. - ele pega em meus pulsos e me puxa para si.
- Estava? - sussurro.
Ele tenta me beijar. Viro o rosto.
- Você pode ficar em uma das casas. - desliza as mãos até chegar no meu antebraço e segura com força me prendendo no lugar.
- Não é certo! - digo
- Teimosa! - ele me dá um selinho.
- A gente não precisa morar junto e eu tenho carro, posso ir e vir. - sugere.
- N-ã-o. - respondo séria.
- Orgulhosa.
Aproximo nossos rostos e selo nossos lábios com o intuito de acabar com o assunto; pelo menos por hora.
O beijo se intensifica e eu me afasto.- Não mata se você me der uns beijos Pequena Gata e pelo que eu me lembro, você me deve muitos.
- Vou pagar em parcelas.
- E se eu me opuser?
- Você não faria - sorrio caminhando até um pequeno espaço que eu chamo de cozinha.
- Aqui tem... Hmmm... Leite! - digo olhando o pequeno frizer.
- Eu não acredito Agatha! - diz incrédulo.
- Pois é... Não fiz compras! - faço uma careta.
- Vamos pedir uma pizza. - ele pega o celular e disca o número.
Quarenta minutos depois o motoboy chega; comemos e conversamos.
- Está tarde... - digo olhando para a tv.
- Está me expulsando? - ele morde minha bochecha.
- Me preocupo e você deve estar cansado da viagem.
Nos despedimos com o "pagamento em juros" e ele se vai.
Volto para dentro do quarto e me jogo na cama.
Me sinto aliviada por Joseph estar de volta; eu não sei que sentimento é esse... Eu só sei que preciso e quero ele por perto.
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Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)
RomanceAgatha é uma jovem de 20 anos órfã que após a morte de Mercedes viaja para São Paulo em busca de um sonho e acaba virando secretária de um homem muito atraente; Joseph por outro lado se apaixona a primeira vista. Agatha passa a morar com Alexandra e...