Capítulo 23

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Acordei com os olhos inchados; repensei toda a história, Alexandra não me conhece, pra ela eu sou uma órfã que ela se compadeceu; uma órfã que podia ser uma fruta podre caída no meio do caminho.

Me arrumei com as poucas coisas que trouxe e fui trabalhar.
A empresa estava como sempre, Patrick não apareceu; liguei pra ele e fui informada que está de atestado.
Karev passou por mim e entrou na sala, não me pediu nada. Achei estranho mas fiquei aliviada.

O elevador se abre.

- Agatha!

Fico em silêncio.

- Eu... Eu estou passando por muitas coisas, eu estou com medo e poxa... - Melanie diz.

- E eu não? - interrompo.

- Eu fiquei sem reação! Minha mãe ficou decepcionada demais, ela nem está falando comigo. - ela coloca as mãos em cima do balcão.

- Eu não tenho nada com isso.

- Você precisa me ajudar, ela está deprimida.

- Sai daqui! - digo me levantando.

Karev sai da sala e fica na porta de braços cruzados.

- Por favor! - exclama.

- Agatha, precisamos conversar. - Karev diz voltando para a sala.

Olho para Melanie e vou atrás dele.

Entro na sala e ele fecha a porta; caminhamos até a mesa, ele se senta atrás da mesa e eu na cadeira a sua frente.

- Me desculpe, senhor Karev. Não vai mais acontecer! - digo apressadamente.

- Não foi pra isso que eu te chamei.

- Oh!

- Mesmo se fosse... Sabemos que você não perderia o emprego, não é mesmo?

- Não entendi... - junto as sobrancelhas.

- Esse anel na sua mão eu vi na mão de Joseph. - diz apontando para as minhas mãos juntas.

- Eu tenho certeza de que sou uma boa secretária.

- Eu quis dizer que o anel é apenas um bônus.

- O que isso tem haver?

- Você não reclamou por ter que fazer tudo de novo todos os dias, as pastas, registros, e etc. - diz mexendo as mãos. - A questão é que eu julguei você errado por causa dos boatos.

- Não estou aqui para ser julgada, estou aqui para trabalhar. - levanto e caminho até a porta.

- Foi um prazer trabalhar com você... - ele diz e eu saio.

O dia foi exaustivo, estava sozinha no trabalho, entro no elevador me sentindo muito sozinha... Suspiro.
O elevador chega ao térreo e ao se abrir ele revela Joseph parado; pulo o abraçando e ele me levanta.

- Você aqui? - disse surpresa. Ele me solta.

- Eu tinha que ver como você está.

- Estou bem... Superando. - olho para o chão.

- Vamos sair daqui. - Joseph segura a minha mão e saímos do prédio. - Onde está morando? - diz abrindo a porta do carro.

- Hotel Royal. - digo colocando o cinto de segurança.

Chegamos rápido ao hotel e subimos para o quarto.

- Você não tem que ficar pagando hotel Agatha.

- E pra onde mais eu iria? - Digo colocando o celular para carregar.

- Para a minha casa. - Joseph diz se sentando no sofá.

- Joe... - elevo a sobrancelha direita.

- Sem segundas intenções! - ele diz levantando as mãos.

- Joseph... você sabe. - Caminho até ele.

- Eu sei que estava com muita saudade. - ele pega em meus pulsos e me puxa para si.

- Estava? - sussurro.

Ele tenta me beijar. Viro o rosto.

- Você pode ficar em uma das casas. - desliza as mãos até chegar no meu antebraço e segura com força me prendendo no lugar.

- Não é certo! - digo

- Teimosa! - ele me dá um selinho.

- A gente não precisa morar junto e eu tenho carro, posso ir e vir. - sugere.

- N-ã-o. - respondo séria.

- Orgulhosa.

Aproximo nossos rostos e selo nossos lábios com o intuito de acabar com o assunto; pelo menos por hora.
O beijo se intensifica e eu me afasto.

- Não mata se você me der uns beijos Pequena Gata e pelo que eu me lembro, você me deve muitos.

- Vou pagar em parcelas.

- E se eu me opuser?

- Você não faria - sorrio caminhando até um pequeno espaço que eu chamo de cozinha.

- Aqui tem... Hmmm... Leite! - digo olhando o pequeno frizer.

- Eu não acredito Agatha! - diz incrédulo.

- Pois é... Não fiz compras! - faço uma careta.

- Vamos pedir uma pizza. - ele pega o celular e disca o número.

Quarenta minutos depois o motoboy chega; comemos e conversamos.

- Está tarde... - digo olhando para a tv.

- Está me expulsando? - ele morde minha bochecha.

- Me preocupo e você deve estar cansado da viagem.

Nos despedimos com o "pagamento em juros" e ele se vai.

Volto para dentro do quarto e me jogo na cama.

Me sinto aliviada por Joseph estar de volta; eu não sei que sentimento é esse... Eu só sei que preciso e quero ele por perto.




Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora