Capítulo 24

7.8K 504 7
                                    

Acordo com o celular tocando; é Joseph em seguida ouço batidas na porta. Atendo a chamada e vou até lá.

- Joseph? - digo desligando o celular. Ele passa por mim e entra.

- Eu não consegui dormir direito então vim logo cedo. - ele coloca o terno em cima do sofá. - Desculpe ter te acordado.

- O que houve? - digo enfergando os olhos.

- Eu fiz uma cópia da chave para você. - ele abre a minha mão e deposita uma chave dourada.

- Ah... - digo confusa.

- Quando quiser, pra quando você quiser ir. - ele diz apontando pra mim.

- Você está bem?

- Sim. - ele me abraça.

Joseph estava inquieto parecia nervoso.

- São quatro da manhã! - o afasto e caminho até o quarto.

- Me desculpe... Eu estava ansioso... Posso deitar com você?

- Só se prometer que vai ficar quieto. - ele faz um gesto positivo com a cabeça.

Joseph se deita de barriga para cima e eu coloco almofadas no espaço entre nós dois.

- É sério? - diz olhando as almofadas.

- Seríssimo meu anjo.

- Tem medo de mim ou de você?

- O que aconteceu com "ficar quieto"?

Ele fica em silêncio passando as mãos nos meus cabelos suavemente e eu pego no sono.

O despertador toca às seis e Joseph continua dormindo, acaricio seu rosto e ele sorri sem mostrar os dentes.

- Bom dia! - digo dando um beijinho rápido nele.

- Bom dia. - ele diz me puxando.

- Está na hora! - digo tentando me levantar sem sucesso.

- Você está sempre fugindo. - coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Você sabe que não

- Tento me convencer...

- Vamos perder a hora. - insisto.

- Eu sou seu patrão.

- Você também tem um patrão. - ele fica em silêncio e me solta.

Pego a farda de sempre e vou para o banheiro, ao voltar encontro Joseph sentado na cama com os olhos perdidos.

Tomamos café e descemos; Joseph ficou em silêncio no café e agora no carro.

Eu não entendo e acho que nunca vou entender as pessoas.

- Por que tão calado? - pergunto.

- Não... Nada. - diz pensativo.

- O que está te causando tanto conflito interno?

- Vamos sair hoje?

- Desde que me conte.

Ele estaciona e nós entramos; Patrick está lá; o abraço e me sento no meu lugar, ele parece bem.

- Chegaram juntos... - ele diz

- Sim, viemos juntos. Ele está estranho. - digo pensativa.

- Ele não sabe o que você sente.

- Ele que confidenciou? - pergunto.

- Ele é assim... Precisa de certezas. - ele digita algo no computador.

- Mas eu não... - levanto e vou até a sala de Joseph.

Entrei sem bater; Joseph está sentado no sofá com uma pasta em mãos, ele me olha surpreso.

- Joe... Eu...

A porta bate.

- Joseph, você verificou esses papéis? - Vicent diz me interrompendo.

- Que papéis? - ele se levanta.

Me viro devagar e caminho até a porta.

- Fique! - Vicent ralha. Fico imóvel.

Joseph pega os papéis da mão de seu pai e começa a folhear, observando atenciosamente cada um.

- Não há nada de errado. - diz.

- Não há nada de novo, há semanas você não apresenta nenhum croqui!

- O chefe aqui é você, você não permite que meus projetos cresçam! - Joseph diz. -

- Onde está o projeto que você viajou pra fazer?

- Estou terminando.

- Se não tivesse ficado bêbado se agarrando com uma qualquer teria terminado! - diz raivoso.

Joseph olha para mim e eu faço o mesmo.

- Isso não é da sua conta. - diz

- Você tem dois dias pra aparecer com esse projeto! - Fala e sai da sala a passos largos.

Permaneço parada olhando para Joseph por uma fração de segundos e depois saio voltando ao meu posto.
Saí no horário do almoço com Patrick, almoçamos enquanto ele me conta de suas aventuras.
Voltando a empresa Joseph estava em reunião com os outros empregados do mesmo andar.
Agradeci por não ter que vê-lo pelo resto da tarde.

Cheguei no hotel, convicta de que preciso procurar outro lugar para morar, não vou conseguir me sustentar aqui.
Tomei um banho e fiz miojo; ouço batidas desesperadas na porta e continuo comendo, as batidas continuam e eu aumento o som da televisão.

- Agatha se você não abrir eu vou quebrar a porta! - ele grita.

Coloco a panela em cima da mesinha de centro e caminho até a porta abrindo-a em seguida. Ele entra como sempre. Fecho a porta e me viro para encara-lo.

- Agatha, não aconteceu nada demais, eu bebi muito e ela me agarrou.

- Enquanto eu estava preocupada porque você não dava nenhum sinal de vida você estava se divertindo, foi isso que aconteceu.

- Não foi bem assim!

- E como é que foi? Hãm?

- Eu estava lá e achei que um copo de whisky faria bem e tudo aconteceu. - ele se aproxima.

- Por que não me contou? Por que não me conta nada?

- Eu fiquei apreensivo, Agatha.

- Eu não tenho ninguém Joseph... Já deveria ter me acostumado.

- Você tem a mim, e eu só tenho você. - diz.

- Sai, agora eu preciso pensar. - abro a porta.

- Você sempre faz isso, sempre fica impassível... Como se não se importasse de verdade. Eu só queria que demonstrasse!

- Se você não me aceita por quê veio?

- Porque eu estou apaixonado. Preciso de você... Eu estava fora de mim.

- Vai pra casa. - uma lágrima escorre.

Ele passa por mim encostada na porta depois volta e me segura pela cintura com uma das mãos no meu queixo e me beija.

- Eu vou estar esperando que me perdoe. - me solta e sai.

Tranco a porta e me sento no sofá encarando o nada que se formou a minha frente.

Os dias nunca terminam como esperado.



















Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora