Capítulo 20

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A casa dos pais de Joseph é imensa; a entrada começa com um jardim bem iluminado, grama e flores.
Chegamos na entrada e uma mulher aparece.

- Já pode voltar a respirar, é a governanta. - Joseph sussurra.

Aperto sua mão e subo a outra pelo mesmo braço em que estamos de mãos dadas.

A mulher nos leva até uma sala, entramos e parece que a família está em peso; Uma mulher loira e jovem corre em nossa direção e abraça Joseph, a principio me assustou, mas fiquei observando.

- A quanto tempo Joe... Senti muito a sua falta. - ela diz.

- Ah... Oi Cris, está é minha namorada Agatha. - ele diz apontando pra mim.

- Nossa... Parabéns!

Ela nem me olhou direito

- Chegaram... Meu filho lindo!

Uma mulher alta vem em nossa direção; ela abraça Joseph e dá beijos em suas bochechas depois se vira pra mim.

- Você deve ser Agatha. - ela faz o mesmo comigo. Sorrio o máximo que posso. - Você noivou e não me contou? - diz encarando Joe.

- São de compromisso mãe, e você não sabe quanto trabalho me deu pra colocar um anel no dedo dela. - ele diz divertido.

Izobel, a mãe de Joseph me apresenta a todos os familiares mas percebo que Vicent não está; horas se passam, Cris não desgrudou de Joe nem por um minuto até que Izobel desiste de esperar o marido e nos chama para servir o jantar.

Ao redor de uma mesa comprida, as cadeiras desfilam linhas curvas enquanto, sobre ela, a luminária pendente pontua luz com delicadeza e sofisticação; fiquei encantada, são tantos detalhes minimalistas.

A conversa flui agradavelmente até que Vicent chega e se senta no seu lugar já separado na mesa. Ele cumprimenta todos e seus olhos pairam em mim.

- E então Agatha... De onde você é? - Izobel pergunta.

- Sou do interior da Bahia. - respondo com um sorriso.

- E o que você faz?

Antes que eu abrisse a boca.

- Você faz as perguntas como se já não soubesse que ela é a secretária. - Vicent diz ríspido.

Cris sorri.

- Não estrague o rumo das coisas querido. - ela diz sorrindo.

- Quando começa a faculdade ? - ele pergunta agora sereno.

- No próximo mês. - respondo sorrindo e aperto a mão de Joseph por debaixo da mesa.

- Ela é a mulher mais inteligente que eu já conheci. - Joseph diz. - E a mais bonita também. - termina.

- Concordo! - Diz Alex, o primo de Joseph.

Alex tem o porte meio musculoso, cabelos encaracolados, é alto e bonito.
Outros assuntos surgiram no decorrer do jantar, os negócios não poderiam faltar.

Eu, Joseph e Alex conversamos separadamente, descobri que eles são como irmãos; eles começam a falar de negócios e a tia de Joseph vem em minha direção.

- Venha querida... - diz enlaçando nossos braços.

A sigo até um sofá preto e Cris aproveita para se pendurar no braço de Joseph.

- Você é tão linda!

- Obrigada, você também! - digo com sinceridade, ela é elegante e jovem.

- Cris não aprende, possivelmente Izobel a chamou aqui para fazer esse papel ridículo. - Diz revirando os olhos.

- Como assim? - pergunto franzindo o cenho.

- Eles foram namorados na adolescência, apenas por mensagens e ligações; não se viam quase nunca, ele estudava o tempo todo para agradar os pais.

- Ela não quer uma secretária na familia, eu entendo...

Ela ri. - Ela era uma faxineira quando Vicent a encontrou. Só se casou com ela para aborrecer os pais.

- Por essa eu não esperava...- digo pensativa.

Joseph se aproxima e me chama pois já é quase meia noite. Nos despedimos de todos e saímos da propriedade.

Já no carro Joseph dirige quieto. Passo minha mão em seus cabelos como se estivesse fazendo cafuné.

- Gostou deles? - Joseph pergunta.

- De quase todos... - respondo e ele ri.

- Eles gostaram de você! - diz.

- Cris também quase não te solta. - digo.

- Está com ciúmes? - ele para o carro. Olho em volta e percebo que chegamos.

- É apenas um comentário... - digo tirando o cinto de segurança.

Saímos e Joseph me encosta no carro.

- Não precisa ter ciúmes. - ele beija minha bochecha.

- Está tarde... - digo.

- Eu vou viajar a negócios.

- Pra onde?

- Pro Rio de Janeiro. - ele segura com as duas mãos minha cintura.

- Quando e por quanto tempo?

- Amanhã cedo. Duas longas semanas.

- Porquê só me disse agora?

- Pra você não sofrer o dia todo. - diz sério.

- Vai me ligar todos os dias e mandar mensagens.

- Você nem gosta de mensagens. - ele arqueia as sobrancelhas.

- Manda. - puxo Joseph para mais perto.

- Vou sentir tua falta. - diz dando um beijo delicado no topo da minha cabeça.

- E eu a tua... - nos beijamos e ele se afasta me dando passagem, o puxo e dou um último selinho.

Entro no prédio e ele se vai.







Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora