Capítulo 15

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Joseph chega todo social e eu presto mais atenção nele, a cada dia ele aparece mais bonito, e mais outras coisas que eu não consigo definir e isso me assusta; eu tenho medo, quem nunca teve medo na vida? mas não posso perder a cabeça, me perder na emoção porque se acabar eu não vou estar preparada pra isso, não posso de repente depois de tudo o que passei me abrir totalmente; minha sanidade tem que estar em primeiro lugar, meus planos e... Metas.

- Desculpe ter te feito esperar, está aqui a muito tempo? - ele diz me tirando dos meus pensamentos com sua voz meio rouca.

- Não... - respondo me levantando.

- Vamos...

Ele passa seu braço pelas minhas costas posicionando sua mão na minha cintura enquanto caminhamos para o carro.
Ele estava quieto e pensativo, pensativo demais.

- Eu te atrapalhei? - pergunto olhando para o seu rosto sério.

- Não... Eu queria te ver. - ele passa a marcha depois segura a minha mão apertando sutilmente.

- Está preocupado com algo? - persisto.

- Não se preocupe. - beija a minha mão e a solta em seguida.

Tempos depois percebo que estamos chegando a um condomínio afastado.

- Para onde estamos indo Joseph?

- Para a minha casa. - anunciou.

- Você... Mora sozinho?

- Sim, seremos apenas eu e você. - ele dá um meio sorriso.

Nessa hora meu coração estava ardendo dentro do peito, batendo como se eu estivesse em perigo, acelerado.
No caminho para dentro da casa ele segura a minha mão.

- Está com as mãos geladas. - ele diz friccionando suas mãos nas minhas na tentativa de esquentá-las.

Nunca fiquei sozinha com um homem sem correr e me esconder.

Entramos na casa, é bem bonita.
Joseph sobe as escadas e eu vou direto para os livros, para mim todos parecem preciosos; dedilho todos com as pontas dos dedos sentindo os relevos.

- Gosta de ler?

- Muito, eles são originais?

- Todos eles!

- Uau... - fico boquiaberta.

- Posso te emprestar, só não pode babar neles. - gargalha

- Besta... Eu não cometeria um crime desses! - Sorrio.

Ele vem até mim e me puxa para o sofá branco, com os olhos fixados nos meus ele beija todo o meu rosto até chegar na boca enquanto suas mãos descem de modo pegado até minha cintura; nos beijamos por minutos, fica intenso e decido interromper o empurrando levemente.

- Você planejou alguma coisa para hoje? - pergunto apoiando minha cabeça em seu ombro.

- Não deu tempo... - Joseph faz cafuné nos meus cabelos. - Tive uma discussão logo cedo, ainda bem que você me ligou pequena gata.

- Pequena gata... Já temos apelidos senhor empresário?

- Combina com você e eu não vou aceitar "sr. Empresário". - ele faz uma careta e aspas com as mãos. Sorrio. - Eu vou colocar no forno uma lasanha pronta enquanto você escolhe o filme. Não me desaponte. - dá uma piscadela.

Ele sai e eu fico bagunçando a TV numa busca incansável por um filme interessante, Joseph chega com uma roupa mais confortável; uma calça de pano cinza e uma blusa regata branca enquanto eu estou com um vestido florido, o clima está ameno por enquanto.

- Você prefere comer na mesa? - ele pergunta próximo ao sofá.

- Prefiro. Eu deixo o filme engatilhado.

Ele some pra dentro da casa e eu não sei onde fica a cozinha.
Acho um filme e vou procurá-lo; o corredor da casa é enorme e tem vários portas, começo a caminhar e escuto um barulho de alguma coisa caindo no chão e sigo.
Me encosto na parede e fico observando ele colocar a mesa, vou me aproximando devagar porquê Joseph parece muito concentrado.

- Não imaginei que você era tão prendado. - a mesa está perfeita.

- Eu gosto de aprender. - ele coloca o suco de maracujá na mesa.

- Isso é bom!
Começamos a comer.

- Está gostando da empresa?

- Sim, tenho muito a aprender ainda mas eu prometo me dedicar ao máximo!

- Está empolgada... Você vai longe pequena gata!

Dou um sorriso de orelha a orelha.

Depois do almoço tiramos a mesa; eu lavei os pratos e ele secou e guardou, fizemos um trabalho em equipe.
Depois voltamos ao sofá e começamos a assistir um filme de uma funcionária de uma companhia tecnológica que vive um dilema ao se envolver em um projeto que deixa os usuários vulneráveis.

Acordei com um barulho de risadas e percebi que estava em uma cama, pelo menos estava vestida, UFA!
É tudo monocromático deve ser o quarto de Joe, me sento na ponta da cama esperando que ele volte e me leve pra casa.

- Você dormiu no meio do filme e eu te trouxe pra cama. - diz se sentando do meu lado.

- Ainda bem, porque você teve visita. - digo.

- Você não quer que ninguém nos veja juntos, não é?

- Não é assim... - pego em sua mão. - Estamos começando, não quero ninguém nos julgando, principalmente na empresa.

Joseph me beija abruptamente, eu permito porque não posso ficar o afastando o tempo todo; percebo que ele sofre com isso.

- Eu percebo que você fica meio estranha, arredia quando ficamos sozinhos... Eu jamais te forçaria, por mais que eu queira muito... Eu sou homem, e eu prometo te respeitar.

- É melhor a gente não abusar dos momentos sozinhos... Eu quero fazer as coisas que pra mim são certas. - interrompo gesticulando com as mãos.

- Eu sou um homem de sorte pequena gata! - diz me abraçando. - Nesse caso, vou te levar pra casa, você sabe... Antes que fique mais difícil - ele dá um sorriso de canto.

No caminho conversamos sobre a empresa, ele me deixa em casa e eu rezo para que Melanie esteja dormindo quando eu entrar.
Não havia ninguém lá... E naquela noite eu pensei muito sobre tudo.






Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora