Joseph chega todo social e eu presto mais atenção nele, a cada dia ele aparece mais bonito, e mais outras coisas que eu não consigo definir e isso me assusta; eu tenho medo, quem nunca teve medo na vida? mas não posso perder a cabeça, me perder na emoção porque se acabar eu não vou estar preparada pra isso, não posso de repente depois de tudo o que passei me abrir totalmente; minha sanidade tem que estar em primeiro lugar, meus planos e... Metas.
- Desculpe ter te feito esperar, está aqui a muito tempo? - ele diz me tirando dos meus pensamentos com sua voz meio rouca.
- Não... - respondo me levantando.
- Vamos...
Ele passa seu braço pelas minhas costas posicionando sua mão na minha cintura enquanto caminhamos para o carro.
Ele estava quieto e pensativo, pensativo demais.- Eu te atrapalhei? - pergunto olhando para o seu rosto sério.
- Não... Eu queria te ver. - ele passa a marcha depois segura a minha mão apertando sutilmente.
- Está preocupado com algo? - persisto.
- Não se preocupe. - beija a minha mão e a solta em seguida.
Tempos depois percebo que estamos chegando a um condomínio afastado.
- Para onde estamos indo Joseph?
- Para a minha casa. - anunciou.
- Você... Mora sozinho?
- Sim, seremos apenas eu e você. - ele dá um meio sorriso.
Nessa hora meu coração estava ardendo dentro do peito, batendo como se eu estivesse em perigo, acelerado.
No caminho para dentro da casa ele segura a minha mão.- Está com as mãos geladas. - ele diz friccionando suas mãos nas minhas na tentativa de esquentá-las.
Nunca fiquei sozinha com um homem sem correr e me esconder.
Entramos na casa, é bem bonita.
Joseph sobe as escadas e eu vou direto para os livros, para mim todos parecem preciosos; dedilho todos com as pontas dos dedos sentindo os relevos.- Gosta de ler?
- Muito, eles são originais?
- Todos eles!
- Uau... - fico boquiaberta.
- Posso te emprestar, só não pode babar neles. - gargalha
- Besta... Eu não cometeria um crime desses! - Sorrio.
Ele vem até mim e me puxa para o sofá branco, com os olhos fixados nos meus ele beija todo o meu rosto até chegar na boca enquanto suas mãos descem de modo pegado até minha cintura; nos beijamos por minutos, fica intenso e decido interromper o empurrando levemente.
- Você planejou alguma coisa para hoje? - pergunto apoiando minha cabeça em seu ombro.
- Não deu tempo... - Joseph faz cafuné nos meus cabelos. - Tive uma discussão logo cedo, ainda bem que você me ligou pequena gata.
- Pequena gata... Já temos apelidos senhor empresário?
- Combina com você e eu não vou aceitar "sr. Empresário". - ele faz uma careta e aspas com as mãos. Sorrio. - Eu vou colocar no forno uma lasanha pronta enquanto você escolhe o filme. Não me desaponte. - dá uma piscadela.
Ele sai e eu fico bagunçando a TV numa busca incansável por um filme interessante, Joseph chega com uma roupa mais confortável; uma calça de pano cinza e uma blusa regata branca enquanto eu estou com um vestido florido, o clima está ameno por enquanto.
- Você prefere comer na mesa? - ele pergunta próximo ao sofá.
- Prefiro. Eu deixo o filme engatilhado.
Ele some pra dentro da casa e eu não sei onde fica a cozinha.
Acho um filme e vou procurá-lo; o corredor da casa é enorme e tem vários portas, começo a caminhar e escuto um barulho de alguma coisa caindo no chão e sigo.
Me encosto na parede e fico observando ele colocar a mesa, vou me aproximando devagar porquê Joseph parece muito concentrado.- Não imaginei que você era tão prendado. - a mesa está perfeita.
- Eu gosto de aprender. - ele coloca o suco de maracujá na mesa.
- Isso é bom!
Começamos a comer.- Está gostando da empresa?
- Sim, tenho muito a aprender ainda mas eu prometo me dedicar ao máximo!
- Está empolgada... Você vai longe pequena gata!
Dou um sorriso de orelha a orelha.
Depois do almoço tiramos a mesa; eu lavei os pratos e ele secou e guardou, fizemos um trabalho em equipe.
Depois voltamos ao sofá e começamos a assistir um filme de uma funcionária de uma companhia tecnológica que vive um dilema ao se envolver em um projeto que deixa os usuários vulneráveis.Acordei com um barulho de risadas e percebi que estava em uma cama, pelo menos estava vestida, UFA!
É tudo monocromático deve ser o quarto de Joe, me sento na ponta da cama esperando que ele volte e me leve pra casa.- Você dormiu no meio do filme e eu te trouxe pra cama. - diz se sentando do meu lado.
- Ainda bem, porque você teve visita. - digo.
- Você não quer que ninguém nos veja juntos, não é?
- Não é assim... - pego em sua mão. - Estamos começando, não quero ninguém nos julgando, principalmente na empresa.
Joseph me beija abruptamente, eu permito porque não posso ficar o afastando o tempo todo; percebo que ele sofre com isso.
- Eu percebo que você fica meio estranha, arredia quando ficamos sozinhos... Eu jamais te forçaria, por mais que eu queira muito... Eu sou homem, e eu prometo te respeitar.
- É melhor a gente não abusar dos momentos sozinhos... Eu quero fazer as coisas que pra mim são certas. - interrompo gesticulando com as mãos.
- Eu sou um homem de sorte pequena gata! - diz me abraçando. - Nesse caso, vou te levar pra casa, você sabe... Antes que fique mais difícil - ele dá um sorriso de canto.
No caminho conversamos sobre a empresa, ele me deixa em casa e eu rezo para que Melanie esteja dormindo quando eu entrar.
Não havia ninguém lá... E naquela noite eu pensei muito sobre tudo.
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Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)
RomansaAgatha é uma jovem de 20 anos órfã que após a morte de Mercedes viaja para São Paulo em busca de um sonho e acaba virando secretária de um homem muito atraente; Joseph por outro lado se apaixona a primeira vista. Agatha passa a morar com Alexandra e...