Um Chefe Apaixonado Por Mim (Concluído)

Capítulo 16

Um mês depois...

As ultimas semanas eu e Joseph não desgrudamos, nos víamos no trabalho e a noite ele me levava ao cinema, jantares e festas. A felicidade parecia não ter fim.

Saí mais cedo pro trabalho, quero contar a Patrick sobre tudo; eu sei, eu sei que não somos tão íntimos mas eu não sou intima de ninguém... A realidade é que me sinto sozinha, mesmo rodeada de pessoas, tem as meninas da recepção que eu pensei em me aproximar mas não são de confiança, e Melanie tem andado muito estranha, Alexandra nem se fala... Como alguém some do nada e não dá notícias?
Eu estou cansada, essa é a verdade mas não posso fazer de Joseph a única pessoa importante.

A empresa está movimentada estamos em tempo de pico, novas jazidas foram encontradas, pego o elevador com duas mulheres.
Patrick já está lá sentado.

- Bom Dia Patrick! Por que tão cedo?
- digo com um sorriso.

- Bom Dia boneca... Este lugar está uma loucura! Quero colocar tudo em dia... - Diz

- Pensei o mesmo. - me ajeitei na cadeira.

- O chefinho está arrancando os cabelos na sala.

- Por quê? - pergunto

- Parece que o projeto dele não foi aceito pelo chefe máster... Uma pena!
- diz olhando para o computador.

- Uma pena mesmo... Ele deve estar devastado. Está livre hoje?

- Claro! Mas você deveria ir lá... - diz olhando para a porta da sala de Joseph.

- Não sei...

- Fica tranquila... Vocês tem estado muito próximos, ele vai te ouvir. - Me interrompe.

Levanto e vou, dou algumas batidas na porta e escuto um "entre" sufocado.
Entro em silêncio; Joseph está em pé, recostado na mesa com os olhos marejados, de braços cruzados.
Caminho até ele sem pressa e ficamos frente a frente; ele desarma, me olha e eu o abraço, ele é alto então no ato fico ouvindo seu coração bater e a respiração quase sufocada, eu sei o que é isso... É raiva.
Ficamos abraçados por alguns minutos até que ele me solta e eu espero que ele desabafe.

- Eu sei que aquele projeto iria dar certo, tinha que dar! Você... Enquanto eu...- ele caminha de um lado para o outro com as mãos na cabeça, eu apenas fico parada no mesmo lugar ouvindo. - Isso aconteceu porquê eu coloquei você na frente de tudo, eu só pensei em você... Dei todo meu tempo a você... Ele disse isso! Eu pensei que dava, que havia tempo de sobra e então... Ele antecipou a apresentação na ultima hora, foi de propósito... ARG! - vociferou.

Ele termina, se aproxima e tenta tocar meu rosto.

- Da próxima vez... Não cometa o mesmo erro senhor Chord. - digo me esquivando de suas mãos.
Me viro para a porta e caminho firme.

Sento no meu lugar como se nada tivesse acontecido e começo a detalhar as planilhas.

- Como ele está? - Patrick pergunta.

- Agora deve estar ótimo!

Olho para ele séria e depois me volto para o meu trabalho.
Espero impaciente o horário do almoço que demorou mais do que de costume.
Arrumo a minha bolsa, pego o elevador e em seguida já do lado de fora do prédio pego um táxi.
O caminho todo apenas pensei no meu futuro, há um mês fiz um vestibular e aguardei anciosa não deixei que nada atrapalhasse esse momento.
A entrada parece um castelo e pelo que eu pude ver lá dentro cabe uma cidade. A fila está enorme e o meu horário terminou, passei duas horas e não almocei pra nada, o dia não poderia ser pior.
Voltei a empresa e comi algumas bolachas da recepção e da mini despensa do andar em que trabalho.

É isso... Preciso falar com o chefe master!

Ligo para a recepção e Vanessa me informa que é o décimo andar.
Vou direto e peço para ser informada, ele permite a minha entrada; não pensei duas vezes.

- Boa tarde senhor Chord!

- Excelente tarde senhorita Melnitz, em que posso ajudá-la?

- Preciso da tarde livre...

- E Joseph?

- Está em reunião.

- Muito bem... Está doente? Você me parece... - ele me olha dos pés a cabeça. - Muito saudável!

- Não... Preciso me inscrever na universidade.

- Uau! E o que fez no almoço?

- Não almocei e mesmo assim não deu tempo, a fila estava muito extensa. - respondo.

- É claro! Tire o resto do dia.

- Obrigada - digo saindo.

Peguei minhas coisas e fui almoçar, depois fui de novo a universidade; saí de lá quase sete da noite; estava exausta mas com o comprovante de matrícula em mãos.

Melanie estava no apartamento quando cheguei, ela fez questão de me abraçar e me perguntar como foi o dia, justo hoje! Contei mentiras como sempre; mesmo sabendo que ela estava a par da situação.

Entrei no quarto, tranquei a porta e fui para o chuveiro e chorei, porque estava magoada, eu fiz o que sempre faço: aguento o tranco e choro depois para aliviar e refletir. Saí do banheiro, coloquei um colírio nos olhos, sequei os cabelos e vesti uma camisola de seda vermelha de alças e curta.

Me joguei na cama e fitei o teto.