Coralina chegou em casa, feliz, após mais um encontro com Bruno. Estava tão envolvida com o rapaz que, de Conquista, virou Conquistada. Pensava nele, suspirava por ele. Seu coração palpitava cada vez que lembrava de seus beijos, de seu toque. Conquista tinha beijado rapazes em número suficiente – sóbria ou embriagada – para saber quando se encontrava diante de um às da técnica.
E, nele, não havia só técnica. Havia sentimento. Coralina não precisava de vodka com energético: Bruno era toda a energia, todo o calor, tudo que ela precisava.
Prudência estava sentada na cama, de olhos fechados, quando a irmã chegou, irradiando energia como se estivesse queimando o cosmo. Pru não estava dormindo; segurava o celular e ouvia música com fones cor-de-rosa. Depois de um encontro ruim, colocou Linkin Park para tocar. De repente a letra de Somewhere I belong parecia extremamente adequada.
Prudência queria alguém que lhe fizesse sentir bem-vinda. Pertencente. Importante. Alguém se preocupasse genuinamente com ela. Talvez alguém que se preocupasse um pouquinho. Ela se preocupava tanto com os outros, mas não sentia que se preocupavam com ela. Só um pouquinho, quem sabe. Um pouquinho... notou que aquele pensamento a faria chegar no fundo do poço como Charlote, e acabaria com alguém que usava uma camiseta do Family Guy. Sabia que aceitar migalhas não era uma boa ideia.
Queria se sentir como a irmã, mas aquele era o segundo encontro ruim que tinha. Coralina observou seu semblante e a abraçou. Um abraço fraternal cheio de doçura. Prudência apagou a luz e dormiu um sono sem sonhos, sem perceber a luz que emanava do celular de Conquista. A irmã de Pru não dormiu bem também: suas mensagens chegavam ao telefone de Bruno, mas não eram lidas. Bem, amanhã lidaria com isso. Se desesperar por causa de homem não era coisa de Conquista.
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Prudência e Conquista - fanfic Orgulho e Preconceito
FanficPrudência vivia tentando por juízo na cabeça de sua irmã, Coralina. Que, de tanto correr atrás dos topzeras, ganhou por alcunha Conquista. Prudência não gostava de apelidos. Conquista gostava de sonhos, daqueles bem doces (os reais e os figurados)...