Entrei em um quarto qualquer, e desabei na cama, mas não estava com sono, só enfurecido. Será se atirei pedra na cruz pra merecer tanta coisa ruim que vinha acontecendo ultimamente comigo? Tenho expectativas que sim. Pois nascer gay e negro em uma sociedade racista e homofóbica, é nascer com a data de morte pronta.
A casa que estava, era bem diferente da outra, havia até um andar a mais e um porão que se deu pra perceber quando eu vinha para o quarto, parecia até aquelas casas de filmes americanos, mas isso não me deixava mais alegre, estaria eu alegre se estivesse na simples casa dos meus avôs e recebendo o amor deles, ou melhor, se toda essa porra não existisse, se a droga não existisse, só assim, meus pais não teria o fim tão trágico, não só meus pais como vários que utilizam e acabam com sua própria família, mas já era tarde demais, para pensar isto, eles estavam mortos.
Passei um bom tempo com os olhos fechados tentando dormir, não conseguia, mas minha barriga já roncava, a fome havia chegado. Quando foi a última vez que fiz uma refeição? Não sei. Alguns momentos me dava preguiça até de comer, queria morrer logo, assim estaria em paz.
Acho que não tinha comida lá, então descer e enfrentar eles, seria uma idiotice. Já percebi que eles não matam, apenas faz você ser infeliz da vida, tanto quanto eles.
Tive um susto quando ouvi a porta sendo aberta repentinamente, quase ia caindo da cama, meus pensamentos estavam atrapalhando até o meu raciocínio. Era o que me tratou de forma grossa, especificamente, o que estava ajeitando o carro.
Ele parecia ser bem mais velho, ter cerca de uns quarenta anos, havia uma barba malfeita, o cabelo era curto, e era pequenino, sem falar dos seus ombros largos e seu pequeno pescoço que fazia parecer um pouco estranho, não era gordo e também não havia muitos músculos, seu sorriso também não era nem tão reluzente ou tão amarelado.
- O que está fazendo aqui? - Perguntou.
- Lá vem... - Revirei os olhos. - É só pedir que eu saio, mas não me trate assim, porque não sou seu cão...
- Não te disse pra sair, perguntei o que estava fazendo aqui, é tão difícil você entender?
- Não está vendo o que eu estou fazendo? Agora deixe-me em paz, vá pertubar outro. - Reclamei.
- Também não me trate assim, se não quer morrer. - Ele disse. - Só tem dois quartos na casa, e teremos que dividir, somos cinco, os outros três ficaram com o quarto vizinho e temos que ficar com esse daqui, espero não acordar com uma faca no pescoço, está bem? - Ele disse adentrando o quarto e fechando a porta.
Não respondi, fiquei calado.
Tirou a camisa em minha frente, e é óbvio que achei estranho. Nisto, revelou um perfeito abdomen que me atraira completamente, formando pequenos detalhes perto da região peniana, o famoso 'V'. Em seguida, tirou sua calça, e era impossível não parar de olhar para ele, que ainda não havia percebido meus olhares para ele. Quando ele ficou só de cueca, fiquei tentado a ir até lá, temia ficar tão excitado e ter que me masturbar, pois claro, desconfiariam do que eu estaria fazendo. Sua cueca era lilás, e bastante fina, não imaginava que seu pênis era tão grande a ficar um tamanho tão grande a marcar a cueca. Ele pegou uma toalha no guarda roupa e entrou no banehiro do quarto deixando a porta aberta. Tirou a cueca, e vi seu bumbum, que ainda estava tão preservado quanto um de alguém que tem apenas dezoito anos. Deixou o box aberto e cheguei a ver seu pênis. Não conseguindo resistir mais, levantei-me da cama e fui até lá.
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SUPREMOS - Contos
RomanceContos da série Supremos. Contos que antecedem os livros da série.