Nós paramos de procurar monstros debaixo da cama quando percebemos que eles sempre estiveram dentro de nós.
- J.L
Eu tinha ganhado uma vantagem de dez minutos para fugir mas aparentemente era tudo um jogo, um maldito jogo em que eu só era mai...
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BONUS (1/4)
A minha vida e um cemitério perfeito de esperanças enterradas -J. L
Encarava o pequeno corpo agarrado a mim, a pele morena marcada trazendo como avalanche cada momento em que eu pude possuir seu corpo, os cabelos espalhados sobre meu peito, seu rosto na curva do meu pescoço, onde podia sentir sua respiração quente e calma de encontro a minha pele.
Mais uma vez não tinha conseguido resistir ao impulso de segui-la.
Duas vezes no mesmo dia.
Por um momento quase me arrependi de ter deixado meu irmão se passar por mim, mas era necessário.
Travis era calmo, e aquele rostinho de anjo facilmente enganava muita gente.
Ele nunca gostou dos holofotes da família Lidell sobre ele, foi entao que deu um jeito de viver em anonimato viajando o mundo todo , o que sempre fora seu sonho.
Eu so precisava que ele fingisse ser eu, até eu acabar com toda aquela merda. Quem quer que estivesse usando meus containers sabia muito sobre a minha vida, ou pelo menos achava saber.
Eu nunca fui muito de ir a empresa em horário de pico, em que muita gente estivesse rodando por la, sempre gostei de ir a noite, para trabalhar melhor sem ninguém no meu ouvido o tempo todo pedindo para assinar isso e aquilo.
Eles so precisavam achar que eu tinha desistido de acha-los, então enquanto Travis estava na empresa durante o dia ou dando entrevistas em casa, eu saía sem ninguém desconfiar de nada.
Ravena Clark tinha sido apenas uma infeliz- ou feliz- coincidência, nunca que eu iria imaginar ve-la entrando pela porta do meu apartamento para entrevistar sobre minha vida.
Lutava contra o impulso de toca-la mais uma vez, eu precisava resistir a isso, nao que fosse adiantar, afinal oque eu mais temia aconteceu eu não resistir aos encantos do meu pequeno pássaro. E ve-la me desafiando daquele jeito no pub, so serviu para que aquela obsessão ganhasse mais poder.
Ela era provocante, e mesmo sem saber causava o inferno dentro de mim.
Ouvi um zumbido e logo que olhei para a cômoda vendo meu celular vibrar insistentemente.
- Alexander. - atendi andando para longe do quarto.
- Cara, o negócio e mais sinistro do que eu pensei - era a voz de Benjamin - Eu consegui chegar até um tal Sean O'brien nao sei se o nome e familiar pra você, interceptei uma ligacao dele e ao que parece ele vai busca mais uma carga no seu Porto hoje.
- Sean O'brien? Você tem certeza?
- Sim, as cargas são marcadas por um tal de Jones White um dos seus trabalhadores, Eu já o peguei , fiz ele me levar até lá antes dos outros, e cara você não vai gostar nada. - Ouvi vozes femininas, muitas delas - Tinha muitas mulheres la dentro, e umas três adolescentes, a situação estava precária, nem sei como conseguiram sobreviver mais de uma semana ali dentro.
