Nós paramos de procurar monstros debaixo da cama quando percebemos que eles sempre estiveram dentro de nós.
- J.L
Eu tinha ganhado uma vantagem de dez minutos para fugir mas aparentemente era tudo um jogo, um maldito jogo em que eu só era mai...
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Meu coração palpitava freneticamente dentro do peito, minha respiração falhava e a minha frente a mulher que eu amo me dava a notícia que mudaria todas as regras do jogo. Em minha mente eu so conseguia vê-la segurando um pequeno embrulho, sorrindo abertamente para mim enquanto eu abracava-os com a cara mais idiota do mundo.
A mulher a minha frente conseguiu ultrapassar todos os limites que eu coloquei ao meu redor, camadas de ódio, tristeza, saudade e rancor que ela praticamente derrubou. E enquanto eu dizia a mim mesmo que não podia ela mandava a razão se foder e aos poucos foi ia se tornando o centro de tudo a razao por eu ainda nao ter chegado a loucura.
Ela estava linda, sua pele brilhava e seus cabelos estavam maiores, seus olhos tinham um brilho diferente eu conseguia ve-lo mesmo dentro de tanta decepção. Eu amava essa mulher mais do que eu poderia suportar, e saber que ela estava me vendo nessa situação lhe causando preocupação que por mais que ela não admitisse eu sabia que ela sentia, me destruia.
Me dilacerava saber a que ponto chegamos, e dessa vez eu faria certo mesmo que da maneira errada. Eu nao poderia deixa -la tão exposta ainda mais agora que um fruto desse amor intenso e repentino crescia dentro dela.
Senti uma lágrima teimosa escapar baixei a cabeça antes que ela notasse. E então fiz o certo.
- Va embora. - mandei com o coração apertado.
- Como você pode me pedir isso depois de...
- Vá embora. - respeti novamente - E jamais volte aqui novamente e isso não é um pedido Ravena.
- VOCE É UM MALDITO, VOCE NUNCA VAI CONHECER ESSA CRIANCA POR QUE VAI ESTA MORTO QUANDO ELA NASCER. - levantou parando na minha frente desferindo golpes no meu peito.
- Sim Ravena, eu estarei morto, por que prefiro ter um tiro no meio da minha cara ao ver vocês dois morrerem por minha causa. Eu morrerei sim, protegendo voces - falei derrotado. - GUARDAS.
- Alexander ...
- GUARDAS - chamei novamente e quando um deles entrou na sala me levantei indicando para que ele tirasse a minha corrente que prendia a mesa. - Não deixem mais que essa mulher entre aqui.
- VOCE NAO PODE FAZER ISSO.
- Adeus Ravena.
- ALEXANDER. - Vi um dos outros guardas a levarem para longe, uma dor sufocante atingiu meu peito a vontade de deixar as lágrimas grossas era forte mas permaneci forte. O rosto de Ravena chorando desesperada enquanto era arrastada para fora acabava comigo.
