CAPÍTULO TRINTA E QUATRO: Fishy Grandma'

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Daryl POV:

  Ao invés de dizer que cheguei ontem em casa, devo repelir isso, e afirmar que cheguei hoje. Não existe ontem pela madrugada, existe apenas o hoje. O maldito hoje.
  Lisa ainda está adormecida quando o relógio preso à parede de meu quarto marca as nove horas e meia da manhã.
Adormecida como um anjo.
A parte de baixo de seu pijama recém-ganho é de um tecido mole, e subiu até sua cintura, deixando seu traseiro à mostra.
A deixo adormecida sobre o colchão após pousar um beijo sobre seu rosto e outro sobre sua coxa nua, e desço as escadas.
  Como sempre, Cléo faz questão de que eu seja recebido por todas as manhãs com o cheiro de bolo recém-assado que acabara de sair do forno.
O cheiro exala por toda a casa.
  Cléo faz milagres.

- Bom dia, patrão.

- Bom dia, Cléo. Como sempre, você se superando.

  Corto um pedaço do bolo, e o pego em minha mão, ignorando os pratos e os talheres postos à mesa.

- Fico feliz que sempre fique satisfeito com tudo o que faço.

  Ela sorri.

- Lisa... Chorou pitangas com a minha poesia mega literária?

- Ela lacrimejou. Foi uma graça, Daryl. Você consegue ser uma graça quando quer.

Pela primeira vez em tempos, Cléo dispensa o termo "patrão" para me chamar pelo meu nome.

- Que bom. Ela dormiu muito tarde?

- Sim, ela dormiu um pouco tarde demais. Acho que apenas alguns minutos antes que você chegasse. Nós conversamos um pouco antes que ela se deitasse. Menina doce, gentil. Está meio tensa ultimamente. Essa cidade nova iorquina estressa muito aos jovens.

- Já eu sou da opinião de que ela se acostumou demais à vida boa e está sendo complicado de se acostumar com a rotina novamente.

- Vocês, homens, apenas conhecerão as mulheres e seus princípios de verdade quando reencarnarem no sexo feminino. Se não, impossível, querido.

- Está certa.

  Me apóio sobre a cadeira, deixando o esfarelo do bolo cair sobre o chão.

- Quase que eu me esqueço! - Cléo leva uma mão à sua testa - Seu irmão! Ele te ligou hoje de manhã. Parecia nervoso com algo. Mandou você ligar com urgência, assim que acordasse.

- Matt? Mas por quê?

- Ele não me explicou. Apenas deixou recado. Acho melhor você ligar agora, Daryl.

  Cléo me estende o telefone que estava em cima da mesa, fora do guincho.

- Obrigado.

  Saio pra fora de casa, esperando ouvir a voz de meu irmão.
  O dia está ensolarado.
Os raios solares refletem sobre a água da piscina, e o chão está quente como uma grelha.

- Daryl.

- Oi. Diga. Qual é o seu desespero?

  Presumo daqui, do outro lado da linha, que ele esteja bagunçando seus cabelos com sua mão, e esteja respirando feito um cachorro desgastado.
Como faz quando está nervoso.

- Fala, irmão. Aconteceu alguma coisa?

- Sim, aconteceu. A vó, Daryl.

O espero dizer algo a mais, mas ele se aquieta de repente.

- Sim? O quê aconteceu?! Ela está bem?

- Olha... Venha o mais rápido possível pra um endereço que vou te passar agora. Por favor.

Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora