CAPÍTULO QUINZE: Trying Your Body.

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Lisa POV:

Minha cabeça ainda lateja como antes, e meus membros ainda estão doloridos conforme eu os movo por questão de centímetros.
Eu não sonhei novamente, odeio quando um filme preto aparece de relance como se fosse um apagão ocorrido em uma fração de segundos.
Eu dormi de novo, sem dever te feito isso... Droga... Eles... Podem me matar.
Me esforço, e abro meus olhos, como se eu estivesse em uma ressaca, mas pior. Bem pior.
Assim que apoio minha mão aonde estou deitada, sinto a mesma afundar, como se estivesse deitada em algo macio e estufado.
Não enxergo muita luz no local.
Ele está te traindo. Ele não vai te ajudar, apenas quer buscar a garota, e te matar, se for o caso.
Algumas palavras retornam à minha mente, e sinto minha barriga se remexer.
Movo minhas pernas, e um lençol macio desliza por elas, caindo no chão.
Começo a raciocinar bem, vendo o local onde estou, aparentemente, um quarto luxuoso e bem ventilado.
Não... Eu não posso ter sido trazida para esse lugar... Porra, eu nem mesmo percebi...
Eles me levaram tão longe assim?
Boto meus pés no chão de madeira, mesmo ainda sentindo meus membros dormentes, e analiso todo o local.
Não vejo outras mulheres por aqui, e não vejo sangue em lugar algum, ou indícios de suicídio ou homicídio como via naquele... Lugar.
Me sinto com tontura, calafrios.
O quarto parece ser de alguém endinheirado, e temo por ter caído nas mãos de um traficante famoso com a ajuda daquele maldito.
Eu... Eu quero minha casa de volta...
Passo minhas mãos por minha testa, e vou em direção à porta, surpresa por a mesma estar aberta.
Me encontro em um corredor, com mais duas portas entre mim, fechadas.
Seriam outros quartos? Não quero saber. Só quero partir, se é que será possível.
Respiro fundo, tentando não me desesperar, e minhas mãos tremem.
A madeira faz ruídos conforme eu dou passos leves.
Há uma escada que aumenta minha tontura ao encará-la agrupada desta forma abaixo de mim.
Pouso uma mão sobre o corrimão, antes que meu corpo perca forças, e desço as escadas com cuidado, engolindo seco.
Demoro mais de um minuto a descer todas, com cautela, e sem fazer muito barulho.
Um lugar ainda mais iluminado pela luz matinal me recebe, me ardendo os olhos, e incrementando minha dor de cabeça e tontura.
Consigo enxergar um local espaçoso e com vários móveis ocupando o espaço, de forma borrada.

- Lisa?

Ouço uma voz chamar por meu nome.
Uma voz autêntica, que me acorda por inteiro, e que eu reconheço.
Sua imagem vindo até mim ainda está borrada, mas consigo enxergá-lo cada vez mais explicitamente, piscando, e coçando meus olhos.

- Você está bem? Quer ir à um hospital?

Me apoio no braço do sofá atrás de mim, e sinto uma forte mão me segurar pela cintura.

- Sente-se! Você precisa comer algo antes de tudo.

Ele se distancia, e eu me sento sobre a ponta do sofá, inquieta.
  Me lembro de tudo de ontem, e a raiva ainda persiste. Eu apenas não entendo o que ocorre nesse exato momento.

- Tome.

O homem me estende um prato com algumas frutas e massas com caramelo espalhado, e já começo a enxergar tudo com mais amplitude.
Ele se senta ao meu lado, e fico surpresa ao ver o irmão de meu colega de trabalho me analisando da cabeça aos pés, e percebendo todos os meus sinais de cansaço e escassez.

- Daryl? Mas o que...

- Você está melhor? Coma, deve estar de estômago vazio.

Encaro o prato de café da manhã, levando um pedaço de maçã fatiada à minha boca, inquieta sobre tudo.
Coloco o garfo sobre o prato, ainda desacostumada com a situação.

- O que aconteceu? Porque estou na sua casa? Não me diga que tudo fora apenas um sonho, e que eu transei com você ao invés de ter sido sequestrada!

Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora