CAPÍTULO TRINTA E UM: Beer Shop

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Lisa POV:

  Após sair da ducha matinal do banheiro de hotel irlandês, vejo que Daryl ainda está sentado na ponta do colchão, lendo algo em seu celular, desde quando entrei no banheiro e fechei a porta.
  Sinceramente, eu esperava que ele fosse lá me agarrar de surpresa.

- Daryl? - me ajoelho sobre a cama, segurando a toalha enrolada sobre meu corpo - Daryl, o quê está fazendo?

  Ele vira sua cabeça, e bloqueia seu celular no mesmo instante.

- Já tomou banho?

- Já.

Em um impulso, ele se levanta, e guarda o celular no bolso de sua calça.

- Posso saber o quê estava fazendo?

- Não era nada. Eram apenas alguns amigos de Nova Iorque.

- Amigos? Sei.

  Me sento sobre o colchão, mirando com o olhar em seu bolso, onde seu celular está.

- Juro que não tenho tempo pra amantes.

  Ele se encurva até mim, e beija meu ombro nú.

- Isso é bom saber.

- Vamos? - ele pega sua camiseta do chão, se vestindo - Temos hoje e amanhã para presenciar essa beleza.

Ele puxa a cortina da janela posicionada acima da cama, fazendo a luz matinal entrar.
  Passo minhas mãos por seus braços, pressionando meus seios contra suas costas, enquanto ele contempla a visão do décimo sétimo andar do hotel.
  O dia está um pouco nublado, mas eu gosto do frio.

- Você gostou daqui? 

  Ele pergunta, quase que em um sussurro.

- Sim. É lindo.

- Podemos voltar. Quando você quiser.

- Não acho que eu seja tão especial assim.

Ele ri, e se vira, passando uma mão por meu rosto.

- Te ver sorrindo me faz mais feliz.

  Noto em sua voz um aspecto melancólico.
Mínimo, mas noto.

- O quê aconteceu? Era a mãe de seu filho ao celular?

  Ele suspira, e desvia o olhar do meu.

- Não. Era outra coisa.

- Quê coisa?

- Não seja curiosa.

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Arianne POV:

  Daniel abre seus olhos lentamente, após uma noite e uma manhã inteira adormecido.

- Bom dia, bebê...

Ele tenta agarrar algo com sua pequena mão, após contorcer o pescoço.

- O quê procura? Hein? Conte pra mamãe.

Assim que sua mão agarra a ponta de meu dedo, ele olha em meus olhos.
Seus olhos... Profundamente caucasianos. Cada dia mais caramelizados.
  Sinto estar olhando diretamente nos olhos de seu pai.
  Eu gostaria de ter notícias suas. Não só por ele ser pai de meu filho e ter de assumir esse compromisso, mas por... Ser uma parte fundamental em minha vida.
Ele sumiu do mapa. Disse que viajaria, não disse pra onde, não disse com quem.
Só pegou o filho nos braços uma, ou duas vezes.
Nem mesmo olhou em seus olhos como estou olhando agora. Não percebeu o tom caramelizado. Idêntico ao seu.
Um dia ele negou sua paternidade de pés juntos. Isso aconteceu.
  Respiro fundo, afastando todos estes malditos pensamentos.
  Estou em um momento concebido por Deus à mim. Somente eu e meu filho.
  Ele ainda me olha com curiosidade, e estende sua mão, agarrando alguns fios de cabelo, e os puxando.

Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora