CAPÍTULO TRINTA E DOIS: Back To Our Routine.

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Daryl POV:

  Após deixar Lisa em seu apartamento no meio da madrugada, eu me senti como se estivesse em uma ressaca ao acordar de manhã.
Mas tudo ocorreu tão bem, que eu mal me importo com meu corpo dolorido e minha cabeça rodando e pedindo por mais tempo de sono.
Foi tudo perfeito. Como eu planejei.
Eu nunca tinha feito uma viagem tão perfeita e... Polida. Sim, polida. Sem nem mesmo um risco atrapalhando sua perfeição.
  Após minutos enrolando, me levanto de meu colchão, me sentindo o cara mais vagabundo do mundo ao ver que o relógio suspendido sobre a parede de meu quarto marca as duas horas e meia da tarde.
  Meu celular deve estar repleto de mensagens dela. Me dizendo o quanto sou maravilhoso. Essa é vida que eu pedi à Deus.

Jester:  "Estamos indo aí. Não se mova."

  A mensagem fora enviada meia hora atrás; é a única que resta em minha caixa de entrada.
  Nem mesmo Matt quis saber se seu irmão voltou pra casa vivo.
Toda a magia que vivenciei em minha viagem ao lado de uma loura gostosa despenca de minha mente, assim que ouço punhos foderem com a madeira da minha porta da frente.
Eu não posso ser feliz, será? Acho que Deus foi um pouco seletivo ao me dar a vida que quero.

- DARYL!

  Quase recebo um soco em meu rosto, assim que abro a porta.
  Um homem alto, barba rala, e com um boné na cabeça está ao meio de outros dois.
  À direita Heikeness, à esquerda, Jester.
  No meio? Um dos homens que antes carregava uma arma e obedecia à Jester. Me lembro bem de sua feição, no fundo de minha sala, enquanto Jester cuspia palavras em minha cara.

- Posso ajudar?

- Pode começar nos deixando entrar.

Ele diz em tom autoritário, tentando passar por mim.
  Mas com astúcia, entro em sua frente.

- Eu ainda não deixei. Vamos. O quê querem?

- Queremos um favor seu.

- Mais um? Já não basta eu ter pago pra vocês libertarem esse lixo?

- Isso não foi um favor, foi uma obrigação.

  O homem do meio ergue a mão, como um comando para que Jester se calasse.
Este tranca a fala no mesmo instante.

- Você querendo ou não, nós vamos entrar.

  Todos passam por mim, me empurrando.

- Olha, isso é um abuso!

Eles rodam pela minha sala, e o moreno de estatura exagerada engole um resto de whiskey que eu havia deixado ainda antes de viajar em cima da mesa de centro.
Não é atoa que ele faz uma careta ao engolir.

- Isso é água com ainda mais água do gelo derretido? Que péssimo...

- Está há mais de uma semana aí. Quem sabe isso sirva de aprendizado pra não ir bebendo e comendo qualquer coisa sem permissão.

Ele me olha, com as sombracelhas franzidas.
Eu quebrei sua regra de novo.

- Vamos à o que interessa. - ele mexe em seu bolso, e me estende uma fotografia - Examine isso.

Encaro à foto revelada em Polaroid antes de pegá-la em minha mão.
  É uma mulher. Morena, lábios carnudos, cabelos lisos e tingidos de vermelho, com uma franja bem reta e definida em seu rosto bem maquiado.

- Quem é? Sua esposa?

- Não exatamente. Eu não quis que ela fosse, caso contrário, ela seria.

Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora