Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊS

CAPÍTULO VINTE E SEIS: Daniel.

Arianne POV:

  Lorrayne coloca o prato com salada temperada ao lado de meu copo.

- Pronto. Veja se está bom de sal.

- Lorrayne... Eu disse que queria salada de pepino, não de tomate!

- Eu coloquei pepino e tomate justamente para não ouvir reclamações suas.

  Ela se senta à minha frente, sorrindo.

- Você é muito sarcástica.

- Não se prenda à apenas um legume ou fruta. Tudo o que você comer em diversidade será melhor pro nosso menininho.

  Ao ser mencionado, ele se mexe dentro de mim, chegando ao ápice de me machucar.
De machucar a própria mãe.

- Você está linda grandona assim, Ari... Quando que eu imaginaria que minha irmã mais nova teria um bebê antes de mim?!

- A explicação pra isso é que você não teve, e que está demorando demais pra ter.

  Lorrayne desvia seu olhar para a mesa, onde batuca com suas unhas.

- Na época em que eu deveria ter tido eu estava me jogando em Bahamas.

- Por quê não tentou gerar algo por lá mesmo?

- Você é doida. Vou me certificar de estar sempre perto dessa criança que vai chegar.

- Não precisa ser vigia. Eu vou saber amar o meu filho.

Lorrayne volta a bater com suas unhas na mesa, pensativa.

- Você se lembra de Max? O com tatuagem de escorpião, o signo dele, no bíceps?

- Lembro. Aquele que você o deu um fora?

  Arqueio uma sombrancelha.

- Não foi minha culpa. E não o dei um fora... Apenas pedi um tempo. Eu deveria escolher entre a faculdade e ele. Quando eu havia batido o martelo, o vi com outra pessoa. Ele não soube esperar três dias!

O aumento no tom de voz frustrado de minha irmã me arranca uma risada.

- Pelo menos agora você tem um diploma ao invés de um enrustido ao seu lado!

- Que isso sirva de lição pra você. - viro meus olhos ao perceber aonde a conversa está sendo encaminhada - Nunca coloque namoro à frente de nada, Ari. Eu sou mais velha, já passei por tudo o que você está passando.

- Eu não...

   Daniel não para de se contorcer dentro de mim, e eu levo minha mão à minha barriga, interrompendo minha frase no meio, antes que eu pudesse retrucar às palavras de minha irmã.
  Lorrayne percebe minha feição de dor, assim que eu solto um árduo gemido.

- Arianne? Está tudo bem?!

- Sim... Ele apenas não para quieto.

Respiro fundo.

- Você tem certeza? - ela se levanta da cadeira - Não é melhor irmos ao hospital?

- Não, irmã, ele só... - eu tento me levantar, mas meu corpo pesa, e me apóio sobre a cadeira antes que eu decolasse para o chão - Caramba... Está doendo. Muito...

Fecho os olhos, engolindo seco.

- Ari... Sua bolsa estourou.

Lorrayne me faz abrir os olhos, e olhar para minhas pernas molhadas.