CAPÍTULO DOZE: Triggered Blonde.

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Matt POV:

Passo pelas inúmeras portas do vasto corredor.
É um grande alívio saber que Angélica já não está mais em um leito de UTI, mas sim em um quarto comum.
Abro a porta quase no fim do corredor, dando espaço para que uma enfermeira que empurra uma maca passe antes.
O quarto está pouco ventilado, me causando calor.
Minha menina está sentada sobre a maca, e abre um sorriso calmo aos seus olhos irem de encontro com os meus.
Ela abre seus braços, e eu ando apressadamente até eles, a abraçando e tomando cuidado para não machuca-la.

- Ah, minha boneca... Que saudades, eu fiquei tão tenso ontem... Você está bem?

Passo meus dedos por sua bochecha. Ela parece cansada.

- Estou bem sim, Matty. Lisa me mandou uma mensagem hoje cedo falando sobre você. Não precisava ter ficado assim, amor!

Puxo uma poltrona pouco distanciada da maca de Angélica, me sentando, e pegando em sua mão rosada e fria.

- Eu pensei em tanta coisa... Fiquei com tanto medo de te perder... mas você está inteira, gata!

Ela alarga seu sorriso, e suas bochechas estão coradas.

- Você nunca vai me perder, Matt. Está tudo bem, veja! Daqui uns três dias estaremos em casa novamente.

Dou vários beijos sobre sua mão, e me sinto confortável novamente ao seu lado.

- Matty... - sua voz se tornara monótona por um instante - O doutor me disse que talvez eu não consiga conceber, mesmo que ainda esteja com meu órgão...

- Pare, pare com isso... - me levanto da poltrona, e aproximo meu rosto do seu - Pense que você está bem, que você descobriu essa doença a tempo. Nós vamos apenas tentar ter um bebê, está bem? O mais importante é que você se cure por completo.

Ela respira fundo, sorrindo, e concede com a cabeça.
A dou um beijo em sua testa, e acaricio seus cabelos lisos que não estão tão macios como geralmente estão.
Eu já fiquei internado durante dias em um hospital, esse tipo de lugar nos apodrece como uma fruta largada.

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Arianne POV:

Jogo a água quente da banheira do hotel sobre meus ombros, ouvindo as advertências de minha irmã do outro lado da linha.

- Você está completamente obcecada por esse homem, Arianne! Na última vez em que nos falamos, você parecia decidida a ir viver sua vida sem mais se preocupar em olhar para trás! O que mudou? Hein?

- Calma, Lorrayne! É só uma questão de tempo. Eu tenho dinheiro o suficiente para pagar a suíte em que estou, mas preferi manda-lo todas as despesas, uma hora ele ficará intrigado, e virá atrás de mim, pode ter certeza.

- É lógico que ele virá atrás de você, irmã! Você está o fazendo pagar por algo que ele não está usando, qualquer pessoa com um senso mínimo viria a tirar satisfações com você!

- Eu já disse calma! Calma... Eu conheço Daryl. Ele é rico, muito rico, tudo bem? As corridas dele o rendem uma quantia milionária exuberante, e ele tem ainda mais dinheiro em reserva no exterior. Dinheiro pra ele não é problema, e se ele vier tirar satisfações, já será um crédito​ para mim. Aliás, ontem eu pedi um prato no topo do cardápio para jantar, e a conta já deve estar na porta de Daryl.

Bebo um gole de suco cítrico em uma taça, me sentindo no poder de tudo, como eu já não me sentia há tempos.
Esse é o melhor sentimento que alguém poderia ter.

- Você quem sabe, sua maluca. E o seu bebê? Em vez de ficar fazendo essa palhaçada, você deveria cobrar a atenção desse cara como pai, isso sim é obrigação dele.

Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora