Lisa POV:
As luzes neon da boate refletem em meu rosto, e eu sinto uma grande energia tomar conta de mim cada vez que ouço o som das batidas da música contagiante.
Eu estava precisando disso, já estava me sufocando.
Eu chamei Angélica para vir, mas como eu já poderia adivinhar, ela precisa de um tempo de repouso em casa.
Espero o mixólogo preparar minha bebida, e já encontro um alvo no meio da pista de dança, que encara minhas coxas com seus olhos claros, perceptíveis, mesmo com pouca claridade.
Seu queixo está com a barba por crescer, e seus cabelos pretos são meio bagunçados, mesmo o auxílio de um gel.- Senhorita...
Pego a bebida, tomando um gole.
- Obrigada.
Rebolo minha cintura, passando em meio à multidão, e um sorriso se forma no rosto do rapaz louro.
Finalizo o meu copo, e a bebida desce rasgando por minha garganta, tornando o momento ainda mais gratificante.
Coloco o copo sobre uma mesa de vidro desocupada, e faço meu caminho à pista de dança.
Não darei trégua ao rapaz, ele que venha ao meu encontro, e quem sabe, ele me agrade.
O lanço um último olhar, e ele faz movimentos circulares com seu dedo por seu copo de vodka, sem tirar seus olhos de minhas pernas.
Levo meus braços ao céu, e deixo a música tomar conta de meu espírito, movendo meu corpo com livre arbítrio.
Várias outras pessoas dançam em grupos comigo, mas me sinto como única nessa pista, como se eu fizesse parte de um espetáculo na Roma antiga.
Eu devo dar uma chance à mim mesma.
Esqueço de todos os meus problemas, balançando minhas curvas.
Sinto um cheiro de perfume masculino cubano atrás de mim, e julgo que o rapaz de cabelos desarrumados já tenha passado pela imensa multidão até me encontrar.
O cheiro é bem másculo, refrescante e com um toque de ervas.
O sacrificarei mais um pouco antes de dançar junta ao seus braços.
Encurvo minha espinha, encostando minha bunda em seu torso, e faço um movimento sádico até o chão, subindo, e sustentando meu corpo sobre um par de saltos agulha.
Sua mão extensa se pousa sobre minha cintura, e eu continuo me movendo, enquanto ele contempla minhas curvas.
Ele aperta minha pele, cravando seus dedos na mesma.
Mordo meu lábio, com meu sangue esquentando dentro de meu corpo...
Eu sou uma piranha, ou é comum toda mulher amar esses toques grosseiros e viris? Que seja, qualquer uma das opções são cabíveis à mim nesta noite. Eu sou dona de mim mesma, faço o que me vier na telha.
O louro me gruda contra seu corpo em um puxão brusco, e seu perfume cubano se torna ainda mais intenso e aproximado de minhas narinas.
Fecho meus olhos, e passo um braço por seu pescoço por trás, ainda movendo minha cintura.
Dou uma risadinha, e deixo minha cabeça se deitar em seu peitoral, duro e definido, por sinal.
Tudo isso é bem prazeroso... Nossas roupas distanciam nossas peles e não estamos compartilhando um momento íntimo à sós, mas já me sinto entregada à ele.
Desgrudo de seu torso, decidida a dançar encarando seu rosto, e arregalo meus olhos no mesmo momento, levando meu queixo ao chão.
Não é possível.
Analiso sua feição e seus cabelos mais de duas vezes para ter certeza de que não estou delirando.- Daryl?! Que porra é essa?
- Calma...
Ele se aproxima de mim, com sua cara de pau que parece não se separar de si.
Mas o que está acontecendo, ele me seguiu até aqui?!
Não é possível que ele esteja em todo lugar em que eu estou, é como um parasita!- Temos muito o que falar...
Com a audácia em supremo, ele agarra minha cintura, e aproxima seu corpo ao meu.
Algumas pessoas já nos encaram, e eu contenho minha fúria para não acabar sendo expulsa do lugar.
Estava tudo bom demais para ser verdade!
Pego no pulso de Daryl, o puxando sem cuidado até as entradas dos banheiros.
Eu quero me livrar dele de uma vez por todas! Quem sabe jogar na sua cara que nem sempre ele pode ter o que quer ajude!
O coloco contra a parede, pousando minhas mãos sobre minha cintura.
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Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊS
FanficApós uma árdua desilusão amorosa com a namorada de seu próprio irmão gêmeo, Daryl Ortega tem um felizardo reencontro com uma antiga acompanhante de colegial em uma ocasião não muito plausível, mas que resultara em uma reaproximação, deixando o passa...