Garotinha Do Papai ( Is It Love? Daryl Ortega ) VERSÃO EM PORTUGUÊS

PRÓLOGO: Back To My Hunter.

Daryl POV:

  Os passos desse filho da puta ecoam pelo piso de aço desse galpão escroto.
  Onde é que eu fui me meter...
  Eles estão armados, não posso fazer muita coisa contra esse tipo de defesa, então apenas me mantenho sentado no chão sujo, olhando para o teto até a decisão do desgraçado desse líder.
Odeio essa gangue, um dos mais fracassados de Nova Iorque, que só conseguem resistência caso estiverem em bando.
Meus comparsas sempre se resolvem por si só.
Mas eu sei o que eles querem, e o nome do bem mais precioso que eles desejam é dinheiro, meus amigos.
  Um grandão tatuado que me lembra um dos sósias do Vin Diesel, se mantém sentado em um banco à minha frente.
Esses caras não me intimidam.
Aliás, eles não possuem limites na construção corporal, parecem uma nuvem, malhado mesmo sou eu, esses caras estão entupidos até a boca de droga.

- Você conseguiu tudo o que queria, hein, Ortega... tudo mesmo.

  Eu não queria lembrar dessa voz por uns aninhos...
Paro de encarar o teto, e olho para o lado, já esperando a parte mais chata desse encontro.
O velho mais "destemido" de Nova York, Anthony Kennay, abre uma porta de aço, e a deixa bater, fazendo um estrondo ecoar pelo galpão.
Mais destemido bem entre aspas mesmo.
Esse mexicano é um pedaço de carne podre.
  Esse lugar é todo escuro, e apenas uma lâmpada falhada ilumina o centro do mesmo.
  Conforme Anthony vem em minha direção, consigo enxergá-lo por inteiro.
Ele acende um charuto, e o animal que estava sentado à minha frente, me vigiando com uma arma na cintura, se levanta e fica em pé ao lado de Kennay.
Esses caras realmente são uns tolos.
  Anthony me olha, e ele não mudou nada...
Aliás, não faz muito tempo que eu o vi da última vez.

- Posso dizer que estou bem.

  Me levanto.

- Sente-se, não mandei você se levantar, seu verme.

O tom de Kennay é autoritário.
  Que pena pra mim, ele tem um cara armado ao seu lado.
  O careca deformado se aproxima de mim, e levanta sua camisa, exibindo sua arma pendurada em seu cinto.
  Odeio ter que obedecer a estes tipos.
Me sento lentamente novamente, bufando, com as pernas jogadas.
Porra, eu queria estar dormindo agora.
  Ergo minha cabeça ao maldito cafetão à minha frente, enquanto o mesmo me encara com os olhos brilhosos.

- Está ótimo Kennay, já pode me dizer a quantia que você quer.

Estou bem tranquilo.
Eles não são loucos de me matarem.
  O filho da puta para de me encarar, e dá risada, erguendo sua cabeça para cima, se divertindo com algo.

- Ah, qual é velho! Eu quero ir pra casa logo! Me diga o qu...

- Daryl, você acha que está em um circo, certo?

Ele volta a tentar me intimidar com seus olhos de peixe.

- Você quem está rindo, camarada!

  O lanço meu bom e velho sorriso torto, e seu comparsa deformado avança até mim, me ameaçando com uma mão em sua arma novamente.
Antes que ele pudesse sacá-la e chegar mais perto de onde estou sentado, ou melhor, jogado, Kennay o detém com a mão em seu peito.
  O grandão o olha por um momento, e tira sua mão de seu cinto.
Sinto asco quando o mesmo me lança um olhar de desprezo, e recua.

- Daryl, eu não te trouxe aqui pra você me dizer que irá pagar e depois sumir do mapa. Sim, dinheiro é nossa fonte, garoto. - ele tira seu charuto de sua boca, e bufa fumaça - O que acontece, é que você não sai daqui enquanto não me descolar três milhões de dólares, gringo.