50 Tons de Bieber

22 - A mudança

POV - Jullie

- Os dias passaram e o dia da mudança chegou. Caixas e pilhas de caixas estão espalhadas por todos os lados. É chegada a hora de enfrentar o mundo. - Dizia a mim mesma a cada caixa que eu colocava na sala, junto com todas as outras que minhas irmãs haviam colocado.

- Faltam duas semanas para o início das aulas e nós temos que viajar e arrumar nossa nova casa. Algumas coisas mais importantes já estávamos levando no carro até o aeroporto, e outras iriam com a mudança dos nossos amigos e vizinhos os Biebs.

- Eu estou assustada com tudo novo que verei, mas pode ser legal conhecer gente nova. E se o novo for ruim, temos os nossos amigos bem ao lado, literalmente ao lado de nós pra nos ajudar.

- Vamos Jullie o avião não vai te esperar.  - Gritava Lís me apressando.

- Desci as escadas confiante de que aquele novo mundo nos fará bem. Tudo vai mudar, nossas vidas será melhores, tenho de acreditar em possível felicidade fora do conforto da minha casa, tenho que esquecer o cara que amo e que me fez sofrer.

- Vamos, não quero mais ouvir gritos desesperados como se o mundo fosse acabar. - Resmuguei.   

- Não! Nada vai acabar. Mas podemos perder o vôo se continuar deixando você ficar pensando se vai ou não dá certo.  - Disse Kat pegando sua bolsa e passando pela porta.

- Mudanças nem sempre são boas, principalmente quando as mudanças não são escolhas exatamente suas. - Me defendi. E as que fiz não são minhas, e sim de Justin Drew Bieber.
Sei que pode ser uma oportunidade incrível, mas não me sinto a vontade no momento.

- Vai ser bom, você vai ver. - Me encorajou Jessy com seu otimismo, enquanto abre a porta do carro.

***

- É Sábado, 07 de janeiro de 2017. E a exatamente daqui uma semana viveremos o novo, literalmente.
Temo por não gostar da cidade, das pessoas que ainda conhecerei, não lido muito bem com coisas novas. Mas, aqui estou eu, na gelada New York.

 - O ar é frio e tudo nessa cidade parece feito de gelo, e mesmo com roupas apropriadas para o frio de Nova York, eu posso sentir o gelo em meus lábios. – As cores aqui se limitam em cinza, preto e branco? Todos riram com a minha pergunta. É um lugar lindo mas prefiro o calor, coisa que aqui não existe no momento.

- Chegamos.  - Disse Jack assim que o carro parou em frente ao prédio enorme.

- O prédio não é como os outros que vi à caminho daqui, com fachadas antigas e algumas paredes desgastadas pelo tempo. Esse é moderno, com cores brancas e um azul celeste discreto, entre as inúmeras janelas de vidros que o cerca em toda sua estrutura. – Claro que seria super chamativo em sua estrutura, moderno e caro. – Pensei.

Vamos temos muitas coisas pra arrumar. – Disse Lís descendo do táxi ao lado do meu. Enquanto eu admirava com a porta do carro aberta, tentando acordar do tranze e seguir com as malas, como minhas irmãs faziam agora.

Eu estou com sono. – Reclamou Kat.

Mas você dormiu a viagem toda, como pode está com sono?

Não enche Katrynna. – Respondeu Kat de volta.

- Descemos do táxi em frente ao magnifico edifício do condomínio de luxo, que agora será nosso lar. Tinha um guarda na portaria, e um porteiro vestido em um belo uniforme, cinza com preto. Bom dia. – Disseram eles educados. Cumprimentamos os dois e aguardamos enquanto Jack informava quais eram os nossos apartamentos, mostrando os nossos documentos. O porteiro elegante nos guiou até o elevador, entramos e James apertou o número 6 do nosso andar.

- Eu estava ansiosa, pois se o prédio é todo luxuoso por fora, imagine nossos apartamentos por dentro. Apartamento 23 é o de vocês. – Disse Jack entregando nossas chaves, uma pra cada uma de nós. O nosso é o 26 bem ao lado. – Completou.

- Colocamos as chaves juntos pra dá sorte. Vamos no três. – Disse Jack. Um, dois, três... Contamos juntos e abrimos a imensa porta de madeira na cor marrom, com vidros nas laterais. A surpresa foi bem maior, quando vimos todo o luxo que ele é por dentro.

- Não podemos aceitar isso!

- E porque não? Perguntou Lís.

- Como iremos pagar? Questionei de volta como resposta.

- Nós não, se alguém tiver de pagar algo, que acho que isso é coisa da sua cabeça. Mas se tiver que pagar, vai ser você. – Disseram elas me encarando com ar de risos.

- Não sou uma prostituta pra vocês falarem assim.

- Então, pare de se comportar como uma. – Disse Kaytlin. Justin não vai cobrar nada de você, pare de ficar pensando nisso e curta o seu lindo presente.

- É, eu só tenho que curtir o presente.  —  Suspirei. Carreguei minhas malas para o primeiro quarto pois queria logo arrumar tudo e descansar.

- Nada disso Jullie. Seu quarto não é esse.  — Disse Katrynna. O seu tem o nome especificamente na porta.

Porque será? Ironizou Lís.

- Ela é a prostituta da casa, tem que ficar com o maior quarto.  — Sorrindo Kaytlin me fez rir também.

- Abri a porta branca bem trabalhada com desenhos de flores esculpidas na madeira. Parecia que tudo ali havia sido planejado pra mim.
É lindo, aconchegante, tinha um banheiro não grande mas, confortável assim como todo ambiente da minha nova casa.

- Temos que ligar, você sabe né?

- Sim, eu sei Kaytlin. Só não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei os presentes. Posso imaginar como será minha vida daqui em diante.

- Maravilhosa, com festas, fodas e um deus grego chamado Justin Bieber pra te pegar uma vez ou outra.  — Disse Lís cheia de gracinhas.

- Katrynna olhou torto pra ela.

E eu sei, que no fundo ele ainda vai me cobrar tudo isso um dia. Só não sei como vou pagar.