27 - Começando

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— Quando sai do elevador tive a sensação de solidão e aquela despedida havia me deixado assim. Eu devia ter o beijado. — Pensei enquanto procurava as chaves na bolsa. Coloquei a chave na porta de entrada do apartamento, quando senti um dedo me cutucar.

— Oi. — Disse Jessy. Eu quero pedir desculpas, e também quero conversar sobre uma coisa que aconteceu. E antes que me diga pra eu arrumar outra amiga, quero que seja você a primeira a saber.

— Oi Jessy. Não estou entendendo. Eu te desculpo, você é minha melhor amiga. — Abraçadas diante da porta eu tentava imaginar o que ela tanto quer me contar.

— É sobre a sua felicidade de logo cedo? Perguntei curiosa.

— Posso entrar? É que por enquanto ninguém sabe. E acho que aqui não é o lugar pra te contar sobre isso. — Disse ela.

— Claro. Entra, mas acho que Katrynna está em casa.

— Não está, ela saiu com o Jack. —  Disse me puxando pela mão até o sofá da sala. Jullie, aconteceu uma coisa e eu não estou entendendo direito. Mas acho que estou apaixonada.

—  Isso é maravilhoso! Agora entendo essa felicidade toda.

— Não é convencional, eu nunca tinha feito antes.

— Não entendi. — Disse confusa.

— Jullie, eu não sei como, mas aconteceu. Promete que vai ficar entre nós por enquanto?

— Ele é casado? É isso, que está tentando me dizer?
Ela me olhou e disse que não com a cabeça.
Eu não entendia, o que estava deixando ela com medo ou com vergonha, sempre falamos sobre tudo, somos melhores amigas. Acho que se apaixonar não é algo que tenhamos que sentir vergonha ou medo Jessy, mesmo que não seja como esperamos, temos que viver o que sentimos e ser felizes. — Motivei.

— Eu espero que entenda, sério, e que não mude depois que eu te contar.

— E porque eu mudaria? Ela me olhou ainda em dúvida se devia ou não contar.

—  Acho que estou apaixonada por uma pessoa ligada a nós.

— Isso é bom, certo? Quem é?
Ela ficou quieta e eu confesso que estou ficando com medo. É correspondido o sentimento? Ela balançou a cabeça que sim. E então, qual é o problema Jessy, você está me assustando.

— Eu estou apaixonada pela Brenda. — Disse Jessy, tampando o rosto com as mãos.

POV - Justin Bieber

—  Você vai mesmo fazer isso? Perguntou Ryan ao celular.

— Sim. Acho que é o que ela quer e não posso perde-la de novo.

— Você a ama mesmo, então lute com tudo que puder pra não deixar que outro tire-a de você. Faz o que acha ser o certo e boa sorte. — Disse Ryan desligando o celular.

— Respirei fundo antes de descer do carro, abri a porta do carro e caminhei apresado até o portão de ferro preto do prédio de três andares. Parei diante dele me perguntando se isso é o certo a ser feito, não quero parecer o covarde.
Eu deveria dá um bom dinheiro para que ele suma de nossas vidas. Mas ela não me perdoaria por isso.

— Já é início de noite e eu não tenho outra alternativa para que Jullie me perdoe. — Disse a mim mesmo encorajando a tocar a campanhia do apartamento 4 B do 2° andar onde mora Sammy.
Toquei a campanhia e uma senhora simpática atendeu. — Boa noite. - Disse ela. — Boa noite, o Sammy está? — Ela me olhou desconfiada. Você é aquele cantor, é Justin Bieber? Perguntou.
— Sim. — Respondi.
Pode entrar. — Disse ela.

— Tudo era bem organizado no pequeno apartamento, não parecia que um jovem que acabará de deixar sua adolescência pra trás morava ali sozinho. Com certeza essa deve ser sua mãe. — Pensei.

— Ele já está vindo, quer tomar alguma coisa, um suco, um copo de água? Perguntou educadamente.

— Não, obrigado. — Agradeci.

— Com licença. — Disse ela se retirando da sala.

— Ela se retirou e o cara que beijou minha garota apareceu.

Acho que não te dei meu endereço. — Disse ele. Posso saber o que veio fazer aqui e como descobriu a minha casa ?
— Sorri, com as perguntas feitas.

— Bem, eu não estou aqui pra te socar, quero pedir desculpas, não por você. Porque afinal mereceu cada soco que te dei, quando beijou a garota que amo. Estou aqui pelo amor que sinto por Jullie.

— Nossa que legal! Justin Bieber se deslocou do seu hotel de luxo ou do seu apartamento pra vir até aqui, me dizer que temos algo em comum.  — Disse arqueando a sobrancelhas. Que amamos a mesma garota. Acho que a universidade inteira já sabe disso.

— Não. Eu vim até aqui pra pedir que se afaste da Jullie. Eu a amo e ela também me ama.
Então, deixe que ela conclua isso, sem que você a coloque em dúvidas.

— É isso ou você...

— Não estou aqui te ameaçando. Estou pedindo que saia do meu caminho.

— Acabou de me ameaçar Justin Bieber.  — Disse ele.

— Não. Só não quero ter que jogar sujo.

— Ele levantou do sofá e se dirigiu até a porta. Abriu a porta sorrindo, acho que temos que duelar se for preciso. — Disse me encarando. Eu também a amo e vou lutar por ela. E você vai fazer o que pra me impedir?

— A vontade que eu tinha era de matar aquele filho da puta. Mas me contive pelo amor que sinto por ela.

— Você tem o dinheiro, mas eu tenho a amizade e a confiança dela. Acho que isso o seu dinheiro não pode comprar.

— Olhei para o meu inimigo, agora  declarado e me retirei daquele apartamento antes que fizesse alguma besteira por raiva ou ciúmes.
Mas de uma coisa eu sei, que a guerra por amor começou.

50 Tons de BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora