Capítulo 17

1.6K 256 29
                                        


O som estridente do sinal tocou para que os alunos entrassem em sala. Calub se misturou com a multidão de adolescentes e entrou para sala um pouco relutante.

Procurou sentar nas últimas cadeiras, mas essas já haviam sido ocupadas.
Então encontrou uma cadeira perto da janela e acomodou-se.

ㅡ Poderia afastar um pouco a sua cadeira para frente, por favor? ㅡ Um garoto franzino e pálido pediu a Calub educadamente. ㅡ Bom dia! ㅡ Ele disse após se sentar.

ㅡ Bom dia. ㅡ Calub respondeu enquanto tirava os óculos escuros e guardava-os na bolsa, colocando em seguida, óculos de grau.

ㅡ Calub Turkle? ㅡ O garoto franzino chamou. ㅡ É você mesmo? Está... diferente. Esses tempos isolados te fizeram bem.

ㅡ Não muito. Em muitas vezes necessitamos apenas das pessoas certas para nos fazerem felizes. ㅡ Calub diz ao garoto enquanto põe seu material sobre a carteira.

ㅡ Você tem razão! Por muitas vezes insistimos em nossas escolhas erradas, as quais implicam muito no nosso futuro. Mas fazer o quê? É errando que se aprende. ㅡ O garoto começa a apontar seu lápis.

ㅡ Bem... Eu ainda não sei seu nome. ㅡ Calub disse.

ㅡ Peene. Prazer. ㅡ Ambos apertaram as mãos e pareciam iniciar uma nova amizade. ㅡ Você me derrotou na olimpíada de física quando fazíamos a sexta série. Te considerei por muitos anos, meu inimigo. Sempre tão perfeito! Causava-me inveja. Acredite.

Calub esboçou um sorriso fraco.

ㅡ Ainda é meu inimigo? ㅡ Ele perguntou.

ㅡ Podemos ser amigos? ㅡ Peene perguntou.

Calub apenas afirmou, então sua atenção focou-se na entrada da porta, esperando o momento em que Hope passaria por ela e viesse o cumprimentar.

Entretanto, a garota passou, olhou-o, mas nem um sorriso ela esboçou. Passou direto e sentou bem longe de Calub.

Ele ficou desentendido. Passaram-se dois meses e ele estava com muita saudade e ela não deveria estar? O que deu nela?

O sinal tocou. Era hora do intervalo. Calub se apressou, mas a multidão de alunos o impediu de alcançar Hope.

ㅡ Hope!! ㅡ Ele chamou mas ela não deu atenção.

Foi no refeitório, já desolado e inconformado com o comportamento de Hope, ele resolveu agir.

Estava determinado de ir até onde ela estava e puxa-la para um grande abraço, e quem sabe, se se permitirem, um beijo?

Mas seu plano foi por água abaixo quando viu um garoto agarrado a ela. Eles pareciam felizes e conversavam com os demais que estavam sentados à mesa.

Calub pegou sua bandeja e sentou um pouco longe, apenas para observa-la. Então esse é o motivo dela ter o ignorado.

Pensou consigo mesmo que ter dado tempo ao tempo foi uma péssima escolha. Deveria ter encarado seus medos e enfrentado isso juntos. Quem sabe, daria certo e hoje seria ele a ter Hope em seus braços?

(...)

Na saída da escola, ele deu de cara com Hope e Antony. Sim, esse era o nome dele. O jogador de futebol que sempre perseguiu a garota.

Calub resolveu apressar os passos, mas os gritos de Hope chamaram sua atenção.

ㅡ Eu não quero ir pra sua casa, Antony!! Você não entendeu?? Não me force a fazer algo que não quero!! ㅡ Ela estava presa entre o corpo dele e a lataria do velho chevete. ㅡ Me larga!

ㅡ Calma gata. Garanto que você terá um ótimo dia! ㅡ Antony dizia com um sorriso debochado.

Por quê garotas legais se entrosam com garotos estúpidos? Foi o que Calub pensou.

Sem pensar e por impulso, Calub acertou o rosto de Antony com um murro certeiro que o fez ir ao chão. As aulas de boxe renderam alguma coisa. Calculando massa e velocidade, esse murro foi quase todo o peso de Calub no rosto de Antony

Hope levou as mãos a boca em espanto.

ㅡ Você não escutou, garoto estúpido? Ela não quer ir com você!

ㅡ Ora, seu... ㅡ O garoto veio em direção a Calub que o mobilizou ameaçando quebrar seu braço.

ㅡ Tem certeza que quer me bater? Garanto que não será uma luta muito honesta.

ㅡ Me solta, seu imbecil! Tá me machucando. ㅡ Antony falou com voz embargada. Calub soltou o garoto que respirou aliviado. ㅡ Você vai ver só! ㅡ Ele entrou no carro e arrancou logo em seguida.

ㅡ Hope...

ㅡ Qual o seu problema, Calub?? ㅡ Ela parecia furiosa e nem mesmo ele entedia o motivo.

ㅡ Você deveria me agradecer!! Por quê está me ignorando?? ㅡ Os dois se encararam e gritaram um com o outro atraindo a atenção de todos.

ㅡ Eu?? Te ignorando?? Não fui eu que fiz isso nos últimos dois meses!!

Calub, observando que havia atraido a atenção dos curiosos da escola, arrastou Hope contra sua vontade pelo pulso e caminhou com ela até não serem alcançados pela vista dos curiosos.

ㅡ É bom você ter uma explicação plausível. ㅡ Hope cruza os braços e empina o nariz.

* Postando hoje porque não postei semana passada.

Charme Geek Onde histórias criam vida. Descubra agora