Calub passou a aula de matemática divagando sobre o que fizera posteriormente. Estava tão perdido em seus pensamentos que mal viu o tempo passar.O sinal tocou. Era hora de encarar Hope. O garoto juntou suas coisas e saiu caminhando a passos lentos em direção a saída. Planejava mentalmente o que conversar com ela, porém, nada fluia em sua mente. Poderiam conversar sobre o baile, entretanto, ele achava um assunto tão... Fútil.
Quando chegou a saída, ergueu seus olhos e observou Hope com os cabelos ao vento, escorada na BMW, segurando seus livros. Parecia uma cena hollywoodiana e fez com que o garoto engolisse seco e seu coração errasse uma batida.
Timidamente, esboçou um sorriso a garota que entrou no carro logo em seguida.
ㅡ Boa tarde, Frank. ㅡ Desejou antes de entrar no carro.
O chofer assentiu como sempre e começou a dirigir.
ㅡ Então... Sobre o baile... ㅡ Hope começou e um formigamento começou a surgir na barriga de Calub.
ㅡ Oi?!
ㅡ O baile. ㅡ Ela repetiu. ㅡ Ah! Esquece. Não acho esse momento propício. ㅡ Ela brincou com os dedos e voltou a olhar pela janela.
Nesse momento, Frank, para amenizar o silêncio, resolveu ligar a rádio. E o momento não poderia ficar mais constrangedor quando começou a tocar Don't Worry Baby dos Beach Boys.
Isso era sério??
ㅡ Don't worry baby, don't worry baby... ㅡ Calub cantarolava o refrão timidamente, bem baixinho. Afinal, sua mãe era fã assumida de Beach Boys. Era inevitável não cantarolar a música que fez e continua fazendo parte de sua vida. Mesmo que não a descrevendo como ele gostaria para a cena tornar-se melancólica.
(...)
O caminho havia sido feito em completo silêncio. Sem uma palavra trocada. Era algo frustrante perante ao avanço que deram anteriormente.
Quando o carro chegou a Mansão DiCaura, algo chamou atenção dos três: havia uma ambulância estacionada em frente a enorme porta de madeira.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ Perguntou Calub se direcionando a Frank e Hope.
ㅡ Tomara que seja apenas um amigo de meu pai. ㅡ Hope falou.
Frank acelerou o carro e estacionou ao lado. Bem na hora que o Senhor Bernardo DiCaura saia em uma maca de rodinha as pressas para uma ambulância.
ㅡ Vovô!!! ㅡ Hope gritou batendo a porta do carro e correndo em direção a Bernardo.
ㅡ Eu estou bem, ursinha. Estou bem. ㅡ Bernardo falou com a voz embargarda.
ㅡ Vô Bernardo! ㅡ Calub exclamou após chegar perto de Bernardo e tocar sua mão. ㅡ O que aconteceu??
ㅡ Vovô, vovô, vovô!!! ㅡ Maia berrava aos prantos enquanto era acalentada no colo da mãe, acompanhada na porta por Hebe que tentava, falhamente, fazer a pequena Maia beber um copo com água.
ㅡ Com licença, crianças. Estamos indo diretamente para o hospital. ㅡ Caleb passou entre os dois adolescentes e subiu na ambulância, checando imediatamente, o soro que havia colocado recentemente no braço do pai.
As portas da ambulância se fecharam e a sirene começou a berrar alto.
ㅡ Vamos, crianças, entrem! Está tudo bem. Está tudo sob controle, na verdade. O Dr. Bernardo só irá fazer uma bateria de exames. ㅡ Hebe acalmou tentando fazer Calub e Hope entrarem.
ㅡ Mas... O que aconteceu? ㅡ Hope perguntou assim que fecharam a porta em um fiasco de voz.
Calub abraçou timidamente os ombros da garota com o braço esquerdo.
ㅡ Seu avô passou mal. Desmaiou e bateu a cabeça. ㅡ Marta explicou colocando Maia no chão, já que a pequena havia se controlado.
ㅡ Mamãe, o vovô vai pro céu que nem o papai do Lub? ㅡ Maia perguntou erguendo a cabecinha para encarar Maia.
ㅡ Não, Maia. Agora não. Um dia ele irá, mas não agora. ㅡ Marta respondeu.
ㅡ Agora não? Por que? ㅡ Maia perguntou e se sentou no chão cruzando as perninhas.
ㅡ Porque Deus quis que fosse assim. ㅡ Respondeu Marta.
ㅡ Então está tudo certo com o vô Bernardo? ㅡ Calub perguntou.
Marta sorriu de lado mostrando a sua falta de certeza perante aquele momento. Calub sentiu um aperto no peito.
ㅡ E-eu irei me retirar. ㅡ Hope enxugou algumas lágrimas e subiu as escadas correndo.
Calub tentou ir atrás dela, mas sua mãe o impediu.
ㅡ Deixa. Ela está assustada. Precisa ficar sozinha por um tempo. ㅡ Ela passou a mão sobre as costas do filho. ㅡ Daqui a pouco você vai lá.
ㅡ Mamãe... ㅡ Maia chamou atraindo a atenção de Marta e Calub. ㅡ O vovô não pode morar no céu. Não agora.
ㅡ Vovô Bernardo não vai pro céu agora, Maia. Não se preocupe. ㅡ Marta pegou a pequena no colo. ㅡ Agora, vamos tomar um banho, fazer um lanchinho e cama. Tudo bem?
A pequena assentiu e Marta subiu para o quarto enquanto Maia acenava para Calub.
💣Boom!!
Olha eu aqui depois de anos!
Me desculpem a demora. Estou presa na correção de Inimigos de infância que acabo esquecendo de E&A e CG.Querem entrevistas com os personagens? Se sim, qual? Tem alguma pergunta a fazer?
Xoxo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Charme Geek
RomanceQueridinho dos professores, odiado pelos colegas. Assim é Calub Turkle. Um gênio do Ensino Médio do famoso Colégio Bochitteli. Constantemente alvo de chacotas, resolve se afastar durante um período da escola. Durante esse tempo, se aproxima de Hope...