A casa era grande. Possuia dois andares. O segundo andar portavam quatro suítes, todas com vista para o mar. Havia uma sala bastante espaçosa e uma cozinha americana.ㅡ Puxa, vovô! Eu adoraria morar aqui. ㅡ Maia diz surpresa.
ㅡ Essa parte é particular. Comprei quando Hope ainda era uma bebê. Usamos esta casa nas festas de fim de ano. ㅡ Bernardo diz. ㅡ Vamos passar o dia todo aqui e voltar para casa quando anoitecer. O que acham?
ㅡ Estupendo!! ㅡ Maia diz.
ㅡ Deixem suas coisas aqui e aproveitem o mar. ㅡ Bernardo fala após se sentar em uma cadeira na varanda.
ㅡ Gostei daqui. A praia sendo seu quintal. ㅡ Calub comenta com o avô e se senta ao seu lado. ㅡ Adoraria vir aqui mais vezes.
ㅡ Pode vir quando quiser. É sua também.
Calub fica agradecido ao ouvir tais palavras. Sorrir para Bernardo que faz o mesmo.
Marta acompanha Maia até o mar, Bernardo e Calub as aconpanham de longe.
ㅡ Maia é uma garotinha bastante inteligente. ㅡ Bernardo comenta com Calub.
ㅡ Não é a primeira vez que o senhor diz isso. ㅡ Calub sorri e abaixa a cabeça.
ㅡ Está com ciúmes, grande gênio?
ㅡ Não. Pelo contrário. Gosto que a elogie. Me sinto orgulhoso pela irmã que tenho.
ㅡ Hm... E você? Se orgulha de si mesmo? ㅡ Bernardo se acomoda na poltrona e fecha os olhos.
ㅡ Sim... Não... Quero dizer. Não sei. É! Eu não sei. Não sei se sinto orgulho de mim porque só tomo atitudes que julgo serem responsáveis e no fim são as erradas.
ㅡ Nem sempre, grande gênio. Tudo na vida tem um propósito. Pensar que poderia ter agido diferente não mudaria o destino. ㅡ Bernado fala ainda de olhos fechados, com as mãos repousadas em seu abdômen.
ㅡ Mas minhas escolhas não implicam meu futuro?
ㅡ Também. Mas só há um destino e muitas direções. Agora aproveite a praia. Vou descansar um pouquinho.
Calub se levanta um pouco intrigado com a resposta de Bernardo e sem querer tomba com Hope.
Ele não disfarça seu olhar em Hope. A garota possui um belo corpo e bonita são suas curvas.
O maiô verde tomara que caia lhe caiu tão bem que Calub só conseguia pensar o quanto essa cor exaltava mais ainda a cor de seus lindos cabelos ruivos.
ㅡ Presta atenção por onde anda! ㅡ Ela esbraveja com raiva e caminha a pesados passos em direção ao mar.
Calub tira a camisa e lança sobre a poltrona em que estava sentado. Corre o mais depressa possível e passa por Hope.
A garota o olha admirada, como se ele fosse um deus grego. Ainda bem que os óculos escuros negam a direção do olhar, porque a parte traseira de Calub foi a que mais chamou sua atenção.
Hope estende sua toalha sob a sombra de um coqueiro. Ela se deita sobre o tecido, pega o celular da bolsa e começa a tirar algumas fotos.
ㅡ Hope, vem montar um castelo de areia com a gente? ㅡ Maia a convida. ㅡ Por favorzinho?
Hope esboça um largo sorriso para a garotinha e a segue. Ambas se juntam a Marta e começam a montar o castelinho.
ㅡ Bem, acho que vou descansar um pouco. Hope, você podia olhar a Maia? ㅡ Ela pergunta a garota que apenas confirma com a cebeça.
ㅡ Tudo bem.
ㅡ Maia, obedeça a Hope. Certo?
ㅡ Sim, mamãe.
Calub se afastara um pouco para observar as conchas. Acabou que achando uma linda pedrinha em um quase formato de coração. Limpou-a e guardou no bolso.
Prosseguiu a admirar a grandeza do mar. Tão imenso e inconstante! Semelhante a uma certa pessoa que mexia bastante com ele. O único problema é que ele tinha medo de se afogar.
ㅡ Lub!!! ㅡ Maia o chamou. ㅡ Vem cá ver meu castelo!!
O garoto largou a vara em que rabiscava no chão e caminhou em direção a irmã.
ㅡ Hum... Muito bonito. Dá até para ser arquiteta. ㅡ Calub elogiou-a e se sentou ao lado dela.
ㅡ Eu sei. ㅡ Maia diz.
ㅡ Tão modesta. ㅡ Hope comenta.
ㅡ Também sei disso. ㅡ Maia fala. ㅡ É uma coisa boa, não é?
Hope e Calub se entreolham e caem na gargalhada.
ㅡ Talvez. ㅡ Calub diz.
Hope se levanta e bate toda a areia de seu corpo que vai, pela direção do vento, parar no rosto de Calub.
ㅡ Você está jogando areia em mim! ㅡ Ele reclama.
ㅡ Desculpe. Não foi intencional. ㅡ Hope diz pondo-se de pé.
Calub se levanta e com a mão cheia de areia, lança sobre Hope.
ㅡ Desculpe. Não foi intencional.
ㅡ Ca-lub!! ㅡ Hope respira fundo enquanto a pequena Maia rir. ㅡ Você me paga, peste!
Hope se agacha e destroe o castelinho de Maia. Com a mão cheia de areia, começa a correr atrás do garoto.
ㅡ Meu castelinho!! ㅡ Maia fala surpresa.
ㅡ Volta aqui! ㅡ Hope corre atrás de Calub tentando acerta-lo, mas ao lançar a areia, ela se mistura ao ar e vai de encontro com seu rosto.
Calub, percebendo que o feitiço virou contra o feiticeiro, aproveitando a deixa, ergue Hope nos braços e caminha em direção a água.
A garota se debate em seus braços e ele a solta em um local mais fundo.
ㅡ Calub!! ㅡ A garota grita antes de mergulhar. Hope tenta se levantar, mas as águas do mar a impedem.
Calub, percebendo a gravidade do que havia feito, apesar de não ser tão fundo, consegue levantar Hope.
A garota puxa o ar e dá algumas tossidas e começa a caminhar para fora d'água desajeitosamente.
ㅡ Seu idiota, imbecil, covarde, louco!! ㅡ Ela resmunga furiosa, mas em meio a isso tudo, acaba tropeçando em uma vala e caindo novamente.
Calub ri do desleixo da garota e vai socorre-la, entretanto, a mesma despensa a ajuda e começa a caminhar para bem longe dele.
OBS1: Mudei a capa. Espero que tenham gostado.
OBS2: Só pra deixar avisado, nem tudo o que a Maia diz condiz com seu real significado. Lembrando que ela só tem quatro anos.
OBS3: Vou mudar os personagens. Já fiz os banners. Só a Hope que continua a mesma.

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Charme Geek
RomanceQueridinho dos professores, odiado pelos colegas. Assim é Calub Turkle. Um gênio do Ensino Médio do famoso Colégio Bochitteli. Constantemente alvo de chacotas, resolve se afastar durante um período da escola. Durante esse tempo, se aproxima de Hope...