(Se houver algum erro de digitação ou escrita, me avisem.)
Calub olhou para os lados e finalmente prendeu seus olhos em Hope.
ㅡ Me responde, Calub!! Por quê você sumiu?? ㅡ Hope indaga novamente.
ㅡ A ideia era dar tempo ao tempo, mas parece que você não entendeu bem.
ㅡ Mas isso não te dá o direito de sumir da minha vida!
ㅡ Se estava tão preocupada, por quê não ligou pra mim, escreveu uma carta, passou um e-mail ou sinal de fumaça?? ㅡ Ele perguntou impaciente enquanto numerava as opções com os dedos.
ㅡ Sou uma garota tradicional. A atitude deve partir de você.
Calub soltou uma gargalhada.
ㅡ É mesmo? ㅡ Ele começou a rir descontroladamente. ㅡ De todos os nossos beijos, você era a personagem de atitude. ㅡ Calub se escorou na parede. ㅡ Não te liguei porque pensei que realmente estava cumprindo o trato.
Um silêncio constrangedor invade o local até que Calub quebra o silêncio.
ㅡ Você está namorando aquele garoto?
Hope levanta os olhos para olha-lo. Calub cruza os braços mostrando-se na defensiva. A garota o analisa. Ele está fisicamente mais bonito. Ganhou corpo e está visivelmente mais forte.
ㅡ Estamos apenas juntos. ㅡ Ela responde de forma tranquila, sem olha-lo.
Calub comprime os lábios, expirando todo o ar que habitava em seus pulmões.
ㅡ Ok. ㅡ E saiu. Saiu deixando a garota totalmente alheia a tudo.
Calub foi pra casa chutando tudo aquilo que entrava em contato com seus pés: uma pedrinha, uma latinha e até mesmo um saco de lixo.
Ele estava chateado e culpava Hope por não tê-lo esperado. Entretanto, procurava amenizar sua raiva ao lembrar que Hope sempre foi uma menina impulsiva.
(...)
Já era noite quando o telefone tocou na casa de Calub.
ㅡ É a Hope! ㅡ Maia exclamou após atender. ㅡ Ela quer falar contigo, Lub!
ㅡ Diz a ela que eu não estou em casa. ㅡ O garoto respondeu sem tirar a atenção da revista de Ciências e Tecnologia.
ㅡ Ele mandou dizer que não está. ㅡ Maia falou.
ㅡ Maia!! ㅡ Calub repreendeu em quase um sussurro.
ㅡ O que foi?
ㅡ Me dá o telefone...
Maia passou o telefone ao irmão e saiu aos pinotes da sala.
ㅡ Desculpa, Hope. Estou ocupado. ㅡ E desligou.
Curto e grosso. Como deveria. Ou não? Ele nem ao menos permitiu-se ouvir a voz da garota. Que tipo de garoto ele era? Um fraco, deprimido e disposto a guardar mágoas?
Não. Ele não era assim. E sabia muito bem disso.
Procurou na lista telefônica o número dos DiCaura, mas não encontrou. Como era possível?
Idiota. Burro. Impulsivo. Aprendeu com Hope?? Ele pensava chateado enquanto arremessava as almofadas do sofá na parede.
ㅡ Calub!! ㅡ Sua mãe chamou sua atenção. Ela recolheu as almofadas do chão e as lançou sobre o sofá. ㅡ O que você tem? ㅡ Perguntou em tom manso.
ㅡ Não é nada. Apenas tomei atitudes erradas e estou arrependido agora.
Marta passou a mão sobre as costas do filho, fazendo umleve carinho.
ㅡ E você quer me explicar o que houve?
ㅡ Adiantaria alguma coisa?
ㅡ Sou sua mãe. Tenho o direito de saber mesmo que eu não consiga reverter a situação. ㅡ Ela disse autoritária.
ㅡ Quando eu contar, vai me achar um bobo.
ㅡ Não vou, não.
ㅡAh, vai!
ㅡ Para de me enrolar. Anda! Conta! Não, espera... Deixa eu adivinhar... ㅡ Ela pos a mão sob o queixo. ㅡ Sua rebeldia tem nome. Começa com Ho e termina com pe.
Calub ficou surpreso. Talvez sua mãe tenha o poder de ler mentes.
ㅡ Acertou.
ㅡ Então... Brigaram?
ㅡ Quase isso. ㅡ Calub fala. ㅡ Foi mais uma falta de comunicação. Ela achou que eu estava a ignorando esses últimos meses.
ㅡ E não estava?
ㅡ Não. Eu não estava. Foi nosso trato. Daríamos tempo ao tempo. Entretanto, ela entendeu tudo errado.
Marta riu. Não pode se controlar. Aconselhar o filho naquele momento parecia a coisa mais cômica que aconteceu naquele dia.
ㅡ Viu só? Eu disse que a senhora riria. ㅡ Calub a acusou.
A campainha toca, Marta se levanta e vai atender a porta.
ㅡ Desculpe, filho. Eu não tinha o que dizer. ㅡ Ela diz em tom divertido e abre a porta.
ㅡ A senhora poderia assinar aqui? ㅡ Perguntou o jovem carteiro.
ㅡ O que é isso? ㅡ O envelope era do banco. Marta logo assustou-se. ㅡ Obrigada.
Ela abriu o envelope e ao ler o conteúdo seus olhos marejaram.
ㅡ O que foi mãe? ㅡ Calub levantou-se do sofá e caminhou até o encontro de sua mãe.
Marta virou-se e deixando escapar algumas lágrimas disse:
ㅡ A casa está hipotecada e para recurperarmos, necessitamos de uma fortuna! Está cheio de juros. Nem com dois anos do meu salário eu iria conseguir pagar isso. ㅡ Ela soluça.
ㅡ Calma, mãe. Daremos um jeito. ㅡ O garoto a abraça por trás e ela se vira. Ele seca suas lágrimas e beija sua face. ㅡ Podemos alugar uma casa por enquanto.
ㅡ Aquele estúpido!! Foi ele que hipotecou a casa!! Burra, burra!! Por quê fui tão burra?? ㅡ Ela sai andando pela casa.
ㅡ Não se culpe tanto assim. Ao menos temos Maia. ㅡ Calub diz.
ㅡ É verdade. De Maia não me arrependo nunca.
ㅡ Olha mamãe!!! O meu elefante! ㅡ Maia desceu as escadas correndo com uma folha na mão. Havia um desenho de uma casa com a porta fechada e um tracinho.
ㅡ Que bonito. Não acha Calub? ㅡ Marta se agachou para ficar da altura de Maia.
ㅡ Sim. Mas cadê o elefante? ㅡ Calub perguntou.
ㅡ É que ele entrou para casa, fechou a porta e deixou o rabinho do lado de fora.
Marta e Calub riram e por alguns minutos esqueceram o grande problema que havia sido formado a um tempinhos atrás.
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Charme Geek
RomanceQueridinho dos professores, odiado pelos colegas. Assim é Calub Turkle. Um gênio do Ensino Médio do famoso Colégio Bochitteli. Constantemente alvo de chacotas, resolve se afastar durante um período da escola. Durante esse tempo, se aproxima de Hope...