💚Capítulo 28💚

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Após Joseph concordar em me ajudar e eu quase mata-lo de sufocamento de tanto aperta-lo em um abraço, sai do quarto dele mais parei quando vi um homem parecido com o Victor saindo de um quarto ao lado,  rir de mim mesma por ser tão maluca por achar que vejo o Victor aqui, daqui a pouco vou ver ele andando pelado pela casa, chega Melissa, maluquice tem limite e  o meu é grande até demais. 

Vejo o homem que tem até a mesma bundinha grande e volumosa parar e tirar o celular do bolso digita algo e o guarda novamente. Não demorou muito meu celular vibrou no bolso e meu coração tremeu, o peguei e era uma mensagem do Victor.

*Não vou voltar, não me espere.

Aí meu Deus, não pode ser ele aqui! mas que carambolas ele está fazendo aqui no hospital? Digitei uma mensagem de volta, se o cara pegar o celular do bolso é ele.

* Okay.

Digitei de volta, eu sei não é uma mensagem que se deva mandar, mas só veio isso na mente, (me julguem por isso) o homem que estava de costa para mim tirou novamente o celular do bolso, pareceu "ler" e levou as mãos ao rosto e saiu dali, o segui, ele passou pela porta do hospital e andou em direção a uma lanchonete em frente, é ele!

Corrir até a recepção e a moça que anteriormente falou comigo, quando me viu sorriu e eu sorri de volta.

- Oi...Você poderia me dizer quem está no quarto 225?- perguntei

-  Qual nome? -ela perguntou, dei de ombros. -  Desculpa se não sabe o nome não posso dar esse tipo de informação. - ela diz, pensa Melissa.

- Olha é que meu marido, está muito nervoso, e saiu para tomar um ar, e eu vim para visitar a pessoa que está naquele quarto só que esqueci o nome. - digo tentando soar convincente, ela me olha com um pouco de dúvida

- Qual é o nome do seu marido?- ela perguntou

- Victor Lemos. - disse aguniada, se ele aparecer e me ver aqui, vai dar merda.

- Ah o Victor?! Então foi você que me atendeu mais cedo? - ela perguntou sorrindo, como assim ligou mais cedo? 

- Amanda lembra? - ela perguntou? Claro Amanda! a garota do telefonema, a garota que julguei ser a mesma que estava o ajudando a colocar um par de chifres na minha bela cabeça, não passa de uma enfermeira! meu Deus, o que está acontecendo?!

- Claro que sim!  agora que está esclarecido pode me dizer?

- Sim, a pessoa que está no quarto 225 é a dona Carmem Lemos. - ela diz da forma mais normal,  enquanto meu coração parece que está dançando frevo de tão agitado que está, será sua esposa?

- Carmem Lemos!- repetir para mim mesmo, ele é casado, por isso o anel. Claro como não pensei nisso, dou as costas a enfermeira ainda abalada com a descoberta.

- Não vai visitar sua sogra? - ouço a voz dela, meus pés travam, meu coração para, meu oxigênio some! minha sogra, aí meu Deus a mãe do Victor está no hospital? Pensei que Sua mãe tivesse falecido? a quanto tempo ela está aqui? me viro na direção dela, com lágrimas nos olhos.

- Por favor me diga quem é o médico responsável por ela? - perguntei, ela sem entender meu estado apontou para um senhor de idade, quando o vi andei apressadamente em sua direção.

- Doutor por favor, sou a esposa do Victor Lemos, queria que o senhor me informa-se o estado da minha sogra, Carmem Lemos?- pedi com lágrimas nos olhos, eu não queria chorar, mas não consegui impedir.

- Vamos na minha sala. - o acompanho até sua sala, ele me ofereceu um acento, ele se sentou na sua cadeia de frente para mim.

- Olha moça, seu marido é muito querido por todos nós daqui do hospital, e a mãe dele também. Pelo que me parece seu marido não te contou nada não é? - ele perguntou, ah doutor você nem sabe

- Não, ele nunca mencionou o estado de saúde da sua mãe.

- Bom... Ela tem um tipo de câncer muito raro, ela já está conosco por cinco anos internada aqui, o tratamento dela é muito caro e o Victor seu marido não pode pagar, então usamos o que temos para mante-lá viva, mas se demorar mais, talvez ela não aguente muito tempo. - meu coração doía, oh Victor porque você nunca falou nada, porque suportou tudo sozinho, meu deus!

- Dou..doutor quanto é o tratamento que pode fazer sua saúde melhorar? - perguntei sem pensar

- Dez mil reais.

E como um estalar de dedos, imagens do Victor falando dessa quantia, imagens que eu o chamava de ganancioso, que pensava só nele mesmo, mas na verdade ele só queria salvar a vida da sua mãe.

Abrir minha bolsa e tirei um cartão de cheque que a advogada me entregou e coloquei a quantia e assinei e entreguei ao medico.

- Por favor, doutor salve a vida dela! - ele olhou para mim com os olhos arregalados, sem acreditar.

- Vou fazer tudo que posso para salvar sua sogra, seu marido deve estar muito feliz, mesmo que ele trabalhasse vinte anos na lanchonete não ia conseguir tudo isso!  - ele diz animado, como assim trabalho? ele estava trabalhando? Oh roteirista da para explicar o que está acontecendo? Quantas surpresas vai haver ainda essa noite?

- Sim..sim! Eu tenho que ir doutor, ah!! posso te pedir uma coisa? - perguntei assim que me levanto da cadeira.

- Claro! - ele diz

- Não conte ao meu marido, talvez quando ela estiver melhor.

- Espera!  ele não sabe sobre esse cheque? - ele pergunta

-Não doutor, é uma supresa.! - digo, o médico assentiu, me despidir dele e sai da sala.

Sai do hospital com a cabeça a mil, com o coração estraçalhado com tantas descobertas, me sentei em uma banco em frente ao hospital e chorei, chorei por ser tão infantil, por não enxerga nada além do meu próprio  nariz, enquanto eu estava ocupada demais com meu dinheiro, ele estava com a mãe, como fui mimada, como fui egoísta, mas como eu ia saber? Como eu ia adivinhar que ele está passando por tudo isso?.

Enxugo meus olhos, e vejo a lanchonete que o Victor entrou, será lá que ele trabalha? Fiquei horas sentada naquele banco olhando para a lanchonete a minha frente, Até que o vi sair, como eu queria correr e abraça-lo e dizer que o amo mais que tudo, e que ele pode contar comigo, mas não tenho mais coragem depois de tudo que eu falei e fiz. Me levantei e peguei um táxi e fui para casa.

Ele não merece alguém tão egoísta como eu!

Um noivo em uma semana.Onde histórias criam vida. Descubra agora