Capítulo 34

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Na hora do almoço, eu quis ir para casa almoçar com meu marido! Se ele não se importar de cozinhar, pois até cozinhar ovo eu consigo fazer errado! Pego um táxi e sigo para casa, ao chegar vejo que seu carro não está na garagem, estranho! Ele já devia ter voltado do hospital.

Liguei para ele mas ele não atende, tento novamente e nada, será que aconteceu alguma coisa?  Talvez ele esteja ainda no hospital, então ligo para lá.

* Alô, eu queria falar com a Amanda?

* Sim, sou eu mesma..

* Ah Oi Amanda, aqui é a esposa do Victor!

* Olá! Posso ajudar em alguma coisa?

*Sim, sim... Você sabe me informar se o meu marido está ainda aí?

* Não, eu o vi sair faz um bom tempo! Aliás muito tempo mesmo.

* Ah...Obrigada!

* Por nada! precisando.

Encerrei a ligação e uma sensação estranha invadiu meu corpo, se ele não está em casa e nem no hospital, aonde ele tá? 

Pego meu celular novamente e mando uma mensagem para o Gui.

Whatsaap on :
~Gui o Victor está aí?

~ Não sabia que você era dessas gatinha! Baixou o FBI kkk

~ É sério Guilherme!

~ Calma kkk ele não está aqui não!  perdeu o bofe?

~ Claro que não, só estou preucupada! Se ele aparecer me avise!

~ Certo, certo!  vê se sossega a periquita.

~ Vá se ferrar!

~ Te amo sua chata..

~ Eu também te amo seu insuportável.

Whatsaap off:

Me sento no sofá, e tento mais uma vez ligar no seu celular e caixa postal de novo, mas que droga! 
Me levanto e vou para o meu quarto, mas parei ao ver a porta do quarto dele aberta, esses últimos dias ele está dormindo comigo, mas suas coisas ainda estão lá, não tivemos tempo de organizar isso. Dou mais um passo para entrar no meu quarto, mas aquela porta aberta está  me incomodado então me viro e vou na direção do seu quarto, paro em frente e vi as portas do guarda-roupa abertas, entro e paro em frente ao mesmo, e sinto minhas pernas fraquejar, cade suas roupas? todas suas coisas? Calma Melissa!  talvez... talvez ele levou suas roupas para o meu quarto, saio correndo para o meu quarto e abro as gavetas e tudo que é porta e nada, nehuma roupa se quer dele, nada! o que você fez Victor?!

Me sento na cama e lágrimas e mais lágrimas escorrem dos meus olhos, não me importei em limpa-lás, não me importo em colocar para fora toda a dor que meu coração sente nesse momento, eu sabia que tudo estava bom demais para continuar, deito na cama em posição fetal, meu coração doe, doe como se fosse vidro empreguinado na minha pele, dor essa que nunca senti, não é a mesma dor de quando perdi meus pais, mas bem parecida, porque sempre que eu me apego ou amo demais alguém, ela tem que partir?! O que eu fiz de errado para merecer tal coisa?, me ajeito na cama e sinto alguma coisa topando no meu pé, levanto a cabeça e vejo um envelope dobrado, me sento e o pego com minhas mãos trêmulas, temendo em abri-lo... Tomo coragem e abro o envelope!

_' Eu sei que nada que eu escrevi nesta carta vai justificar a minha partida!  Melissa eu não menti sobre te amar mais que a minha própria vida, nunca menti ao dizer que você foi e é a melhor coisa que me aconteceu durante muito tempo! Sou eternamente grato a você por me ajudar com o tratamento da minha mãe. Sou grato por você alegrar a minha vida, por tonar tudo mais lindo ao meu redor, por ser tudo o que me faz feliz.

Sei que daqui a três dias é o fim do nosso acordo, acordo esse que não queria quebrar, mas não posso continuar com isso, eu sinto muito...Mas quero o divorcio!  não podemos mais nos ver!  me desculpe...

  --Com muito carinho Victor! --

Termino de ler e releio à novamente, isso é uma brincadeira? O quê... Por que ele tá fazendo isso?

Tento me acalmar, Droga, droga, por que fez isso? Não tem lógica nehuma essa carta, não depois de tudo que passamos, não tem como ele me amar e fazer isso!

Mas eu não vou ficar aqui esperando a resposta cair do céu  ah não vou mesmo, enxugo as lágrimas, pego minha bolsa e vou a procura dele, eu sei de um lugar que ele não vai escapar de dizer o que está acontecendo. Hospital!!

Cheguei no hospital sentindo meu sangue ferve, talvez borbulhar de tanta raiva, uma mistura de outras emoções que não saberia distinguir agora, passo pela entrada do hospital, e não vejo a Amanda na recepção isso é bom, assim não tem como ela avisa-lo,  vou na direção da moça e pergunto

- Oi boa tarde, você poderia me informar se a paciente do quarto 225 está  acompanhada?- perguntei a ela, a mesma me olhou de forma estupidamente esnobe

- E quem seria você? - ela perguntou, meu sangue já está ficando como larva de tão quente, Melissa respire! digo a mim mesmo para não voar na cara dela e arrancar seus olhos.

- Sou a nora dela! - digo convicta e sem paciência e ela deve ter percebido.

- Não, o acompanhante dela saiu, mas não deve demorar! - ela disse, não respondi e dei as costas a ela, andei até o quarto da mãe do Victor, eu não ia entrar, não nesse estado, o que ela ia pensar de mim? Então me encosto na parede a espera dele! 

E quando ele chegar não vai dar bom para ele não!  Ah não  vai mesmo!  Ele tem sorte de já está no hospital! Porque se eu não mata-lo ele vai ficar muito ferido!...

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