Acordei vendada, amordaçada e com as mãos amarradas nas costas. Tento me soltar, mas é em vão.
Onde estou?
A última coisa de que me lembro é estar conversando com minha mãe.
O que aconteceu depois?
E então, de repente, flashes me veem a mente:
Mãos cobrindo a minha boca.
Uma faca sendo pressionada em minha garganta.
Eu sendo jogada em um carro.
Uma forte pancada na cabeça.
Dor.
Escuridão.
Não!
- Finalmente acordou. - uma voz masculina diz.
Escuto passos em minha direção. Na mesma hora fico tensa.
Meu Deus, o que está acontecendo?
- E então, princesa, podemos esclarecer de uma vez as coisas? Primeiro: caso não tenha percebido, ou ainda possua alguma dúvida, você foi sequestrada - em seguida, retirou minha mordaça -. Segundo: você não vai sair daqui. Nunca - retirou minha venda, e precisei piscar várias vezes para me acostumar com a claridade -. Terceiro: não tente nenhuma gracinha, me obedeça e nos entenderemos muito bem - por fim, desatou os nós que prendiam minhas mãos.
Foi só o que precisei para sair correndo em direção a única porta do quarto.
Achei que ele viria atrás de mim, mas consegui chegar à porta facilmente.
Qual a minha surpresa ao descobrir que a mesma encontrava-se trancada?
Imediatamente comecei a gritar por ajuda.
- Socorro! Por favor, alguém me ajude.
Ouço uma risada baixa atrás de mim.
- Boa tentativa, docinho, mas não será tão fácil assim.
Continuo batendo na porta e gritando por alguém - qualquer pessoa!
- Bom, se eu fosse você, pouparia minha linda voz. Não há ninguém nessa casa, além de nós dois. E, alias, não há ninguém na vizinhança também. Estamos completamente sozinhos, somente você e eu. - e esta última frase foi dita bem perto de mim.
Virei-me e, pela primeira vez após acordar, olhei para meu sequestrador.
Alto, forte, olhos azuis e intensos, cabelo preto e liso, maxilar forte...
Por Deus! Ele é lindo.
Espera... o que?!
Não!
Cruzou os poucos centímetros que nos separavam e prensou-me contra a porta.
- Deixe-me relembrá-la do item número três: não tente nenhuma gracinha, me obedeça e nos entenderemos muito bem.
E me beijou.
Forte, duro e sem uma gota de delicadeza, forçando a língua na minha boca.
Quando por fim processei o que estava acontecendo, mordi seus lábios e lhe dei um tapa no rosto.
- Não encoste em mim!
Ele sorriu - sorriu! - e, com uma voz sombriamente baixa, disse:
- Querida, se fizer isso novamente, garanto que será a última coisa que irá fazer. Estamos entendidos?
A única coisa que consegui fazer foi encará-lo.
Ele apertou meu pescoço e prensou-me novamente na porta.
- Eu perguntei se estamos entendidos. - e apertou ainda mais a mão em volta do meu pescoço.
- Estamos. - respondi, praticamente sem ar, com a voz fraca.
- Ótimo. - retirou a mão que me apertava e cai no chão procurando o ar que me faltava.
- Amanhã voltarei e, para o seu bem, é melhor que esteja mais calma.
E com isso, sai pela porta.
Foi o que precisou para que eu começasse a chorar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bem me quer, mal me quer.
General FictionKatherine Thompson: - 23 anos; - Filha amada; - Namorada dedicada; - Amiga querida; - Estudante exemplar; - Sequestrada.