— Eu gosto dela.
Emilly mal podia acreditar no que seus ouvidos escutaram.
Imediatamente, invadiu o quarto de Kath e fechou a porta atrás de si, como fazia antigamente, quando ambas compartilhavam de alguma conversa só delas.
— Repete de novo, querida. Acho que mamãe não entendeu direito.
Kath sorri para a mãe.
— A doutora Taylor é, na verdade, muito legal. Ela me ouviu, me escutou de verdade. Pela primeira vez em semanas não me senti julgada ou condenada.
— Fico muito contente que tenha gostado dela, minha filha. – Emilly tenta ignorar a alfinetada que acabara de levar. – E sobre o que vocês conversaram?
Kath encara a mãe com um olhar irônico.
— É sigiloso, mãe. Conversa entre médica e paciente. Confidencial.
— Okay, okay. Já entendi. Você não vai me contar nada. Tudo bem. – Emilly se dá por vencida.
Kath sorri com empatia para a mãe.
— A senhora só precisa saber que finalmente encontrei alguém que me entende e me aceita. E agradeço à senhora e ao papai por me proporcionar a chance de conhecê-la.
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Emilly agora estava na debruçada sobre a varanda de seu quarto, pensando na conversa que tivera mais cedo com sua filha.
Ela não sabia ao certo o que pensar, sua única certeza é que precisava confiar inteiramente na doutora Taylor – ela é sua última esperança.
Entretanto, Emilly continua sem compreender o que sua filha quis dizer afirmando que a doutora a entendia e aceitava.
"Pare de encher sua cabeça com caraminholas", Emilly pensava consigo mesma. "Hoje foi apenas a primeira sessão, haverá mais nove. A doutora sabe o que está fazendo. Ela trará Kath de volta da escuridão".
— Confiem em mim. – foi o que a doutora lhes disse.
E era isso que Emilly faria.
Confiaria a vida de sua filha a ela.
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Will estava sentado atrás de sua imponente mesa em seu luxuoso escritório.
Terno impecável.
Cabelo perfeitamente arrumado.
Coração partido.
Cabeça aérea.
Rosto banhado em lágrimas.
Ele, agora, é somente a sombra do que um dia foi: um empresário bem sucedido e imponente.
Já não se concentrava mais em seu trabalho.
Não conseguia concluir nenhum projeto.
Não comia.
Não bebia.
Não dormia.
Não vivia.
Seus pensamentos foram novamente transportados até dois meses atrás, e mais lágrimas transbordaram de seus olhos.
Sua mente visualizou o rosto sorridente e corado de Kath.
— Eu te amo, William Dalton. Sempre e para sempre. Você é o amor de minha vida, meu futuro marido, o pai dos meus filhos, será meu companheiro na velhice. Eu te amo, ouviu? Eu te amo.
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Bem me quer, mal me quer.
General FictionKatherine Thompson: - 23 anos; - Filha amada; - Namorada dedicada; - Amiga querida; - Estudante exemplar; - Sequestrada.