Eu estava na janela do meu quarto, relembrando a conversa que tive com a doutora Taylor, quando vi dois carros entrando na propriedade.Não. Não apenas dois carros.
Os carros de Mazikeen e William.
O que esses dois traidores estão fazendo na minha casa?
Já não deixei claro o suficiente que não desejo ver a nenhum dos dois? Muito menos os dois juntos?
Observo os ambos saírem de seus respectivos carros e, se ainda posso dizer que conheço alguma coisa em relação aos dois, parecem que estão surpresos por encontrarem-se aqui.
Nenhum dos dois diz nada, mas aproximam-se e abraçam-se.
William afaga o cabelo de Mazikeen, que parece estar chorando, e sussurra algo em seu ouvido.
Uma raiva indescritível toma conta de mim.
Como ousam vir até aqui e ficar agarrados na minha frente?
Como ousam?!
William se afasta um pouco de Mazikeen e passa a mão em suas lágrimas, enxugando-as.
Ele diz mais alguma coisa e ela assente. Colocando a mão na base de sua coluna, guia-a até a porta da frente.
Fecho rudemente minha janela, saio do quarto e dirijo-me até as escadas.
Vou dizer a eles, pela última vez, que não quero nenhum dos dois em minha casa. E, caso desobedeçam-se, denunciarei ambos as policia por invasão e perturbação de paz!
Quando chego ao final das escadas, vejo que mamãe está junto a eles, mas nem me dou ao trabalho de falar algo a ela, apenas aponto meu dedo para aqueles dois traidores e digo, com a voz transbordando raiva:
— Quero os dois fora da minha casa. Agora!
William tenta dar um passo em minha direção, mas algo, provavelmente meu olhar mortal, o faz recuar.
— Kath, eu...
— Eles estão aqui porque eu os convidei. Gostaria que não destratasse meus convidados. – mamãe interrompe o que quer que William fosse dizer.
Tanto ele quanto Mazikeen agora a fitam com um olhar confuso.
Mamãe está mentindo, a maldita.
Semicerro meus olhos para ela.
— A senhora o que?
— Eu os convidei. Esta é minha casa. Chamo aqui quem eu quiser. Eles são muito bem-vindos em minha casa. Será que fui clara?
— Que seja. – digo.
Lançando um último olhar raivoso para os três, viro-me e sigo em direção as escadas novamente.
Antes de subir as escadas, ainda sou capaz de ouvir:
— Mas, Emilly, nós queríamos... – Mazikeen tenta argumentar.
— Calados, crianças. Venham comido até o jardim, quero conversar sobre uma coisa com vocês. – mamãe diz.
O que será que ela está aprontando?
Seja o que for, não importa.
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Três dias depois, encontro-me novamente dentro da sala da doutora Taylor.
A sala continua tão bizarra quanto três dias atrás.
Acho que eu tinha esperanças de ter apenas sonhado com essa decoração, no mínimo, inusitada.
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Bem me quer, mal me quer.
Fiction généraleKatherine Thompson: - 23 anos; - Filha amada; - Namorada dedicada; - Amiga querida; - Estudante exemplar; - Sequestrada.