CAP|12

8.4K 649 26
                                    


ELIOT EVANS 




O sinal toca, anunciando a última aula. Caminho até a biblioteca pensativo. Hoje seria o último dia em que teria que passar metade das tardes na biblioteca e isso me deixava um tanto quanto aliviado.  Observo em silêncio a garota a poucos metros de mim, com fones de ouvidos e o olhar distante. Respiro fundo e descido falar com ela de uma vez!

— Podemos conversar?

Ela tira os fones mais sem se dar o trabalho de virar.

— Você pode olhar pra mim. Não precisa ter medo.

Digo sentindo o amargo das palavras em minha boca.

— O que você quer?

 Pergunta ela ríspida.

— Me desculpar pelo que aconteceu. Eu, eu não..

Me enrolo e ela continua em silêncio por um tempo.

Seus olhos não estavam fixos nos meus como sempre. Pelo contrario, agora eles pareciam, perdidos?

Suspiro olhando para a janela que da para o campus, que estava cheio de alunos.

— Eu não devia ter tentado beijá-la!

Concluo! 

— Não pense que eu serei mais uma na sua lista. Por que isso não vai acontecer!

Olho espantado para ela que até então não tinha me olhado uma única vez. Seus olhos não brilhavam mais, somente uma tristeza notória passa por eles nesse momento. Sinto como se uma faca estivesse sendo fincada em meu peito por suas palavras. 

Era esse o pensamento dela sobre mim?

Sem dizer nada, saio da biblioteca atordoado com aquelas palavras. Por que aquilo incomodava? E por que eu me importava com o que ela pensava sobre mim?

Sinto minhas mãos suarem com as possibilidades que passam por minha cabeça nesse momento. O que estou sentindo me da muito medo. Nunca uma garota havia me deixado tão atordoado por seu desprezo. Nem ao menos sabia o que estava sentindo. É algo desconhecido por mim.

E se eu estiver gostando. Não, é claro que não!

Tudo bem que ela era diferente. E Não se compara em nenhum aspecto com as meninas fúteis desse colégio. Ela era especial, espontânea, tinha um sorriso fácil. Ela era única!    

Mas isso não significa que estaria gostando dela. 

Desde então não houve nenhum diálogo, ou uma troca de olhares. Apenas o silêncio e o desprezo. Lutei algumas vezes ignorar a presença dela, mas era quase impossível. Até tentei ficar com outras garotas mas nada adiantou.



[...]


— Não se esquece alguém secando ela Eliot.

Isabela resmunga, tirando-me do meu transe. Selena e Meg estava a   alguns centímetros de nos, e tudo eu conseguia fazer era me odiar  por toda essa situação.

— O que você que eu eu faça? Estudamos praticante um do lado do outro. Nos esbarramos nos corredores.

Digo revirando os olhos.

— E se arrumasse outra forma de pedir desculpas a ela, sem tentar agarrar ela dessa vez!

Ela parecia animada cm a própria ideia, sua cara sapeca estava em deixando assustado com que o que poderia aprontar. Ela começa a contar seu plano e, meu Deus, onde eu estava me metendo?

O QuarterbackOnde histórias criam vida. Descubra agora