O Quarterback

CAP|16

Eliot Evans 

Meu coração estava tão acelerado que sou capaz de ouvir as batidas dele no peito. Foi uma correria da casa de praia para o hospital onde minha mãe estava. Chego na sala de espera que estava fria e corro para a recepção.

— Eu preciso saber onde está Marta Evans por favor

Digo desesperado para a moça atrás do balcão.

— Só um momento.

 Pede calma e verifica algo no computador.  O medico caminhava até mim com Rogerio do lado. As expressões serias.

— Cadê minha mãe?

Pergunto agora para Rogerio. Ele apenas baixa a cabeça. Sinto um nó se forma em minha garganta e minha visão começa a ficar turva. Uma tontura muito forte e tudo se apaga.

[...]

Já havia se passado um mês em que eu não pisava o pé na escola. Minha mãe tinha dado mais uma de suas crises, só que dessa vez foi tão forte que a deixou em coma por 15 dias. Jurei para ela que jamais a deixaria sozinha e assim fiz. Meu pai reclamou algumas vezes por eu estar perdendo aula, mas quando viu que eu não iria sair dali sem minha mãe, desistiu e ligou para a escola para avisar o que estava acontecendo.

Surtou quando soube que fui afastado do time, mesmo que fosse por ordens médicas. Meus pensamentos voam daquele quarto escuro para Selena. Tudo aconteceu tão rápido que eu não tive tempo de avisá-la de nada. O que será que ela deve está pensando? 

Queria poder lhe contar o que estava acontecendo mas nem seu número de telefone eu tinha. Mas sei quem pode conseguir!

Dias atrás ela era garota que eu tanto queria manter longe de mim, mas a alguns dias eu percebi que jamais poderia fazer por que eu simplesmente estava apaixonado.

Por Deus. Eu estava apaixonado!

[...]

— Você está ficando maluco, meu Deus, como assim você está apaixonado?

Pergunta Cristian atordoado com a minha revelação.

—Não sei, mais que droga, você vai abrir um buraco no chão.

 Digo a ele que estava andando em círculos a meia hora

— Me responde uma coisa. 

Falou sério.

— Você, por obséquio, por ventura, andou tomando as pílulas da sua mãe?

Pergunta ele tão sério, que se não fosse isso eu teria morrido de tanto rir.

—Não!

 Respondo simplesmente. Dou algumas instruções a ele do que fazer quando chegar segunda no colégio. Daqui a dois meses tudo isso terminaria. O ensino médio e todas as preocupações que envolvem essa etapa acadêmica. Mas também começaria a fase da faculdade, onde meu pai exercia uma grande pressão para que eu escolhesse uma universidade logo.

Mais uma semana se passou e eu aguardava ansiosamente pela sexta-feira. Uns dos dias depois que Cristian veio aqui ele me mandou uma mensagem com o contato e até mesmo o endereço de Selena.