Devastação

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Doutor Flynn chega com uma cara nada boa e meu coração se aperta...
— Senhor e senhora Hyde – chama os e como uma tremenda dificuldade como se travasse uma luta interna, solta uma lufada de ar. — Sim doutor – os dois prontamente respondem ao chamado do doutor.
— Eu sinto muito – ele esta exausto cansado, e abatido.
— Como assim doutor – Sarah que até aquele momento tentava ser forte, desaba nos braços do marido.
— Fizemos tudo o que foi possível – Smith o interrompe — Não é possível, não pode ser – tenta assimilar a notícia diante de tudo isso nós ficamos paralisados eu mamãe e papai, diante da cena que posso garantir foi uma das mais tristes da minha vida.  A hora seguinte foi imersa em muito choro e tristeza, eu e meus país ficamos lá para tentar de alguma forma dar apoio a essa família que pela imprudência de um sem noção, está agora dilacerada. Não posso né imaginar como Anastasia vai receber essa notícia... Eu poderia estar contente de finalmente o caminho estar livre para investir meu amor sobre Anastasia, contudo eu seria um grande canalha, nesse momento tudo o que eu sinto é uma imensa tristeza de saber que um cara como ele se foi dessa forma terrível. Minha mãe tenta consolar Sarah junto de Carla, ela precisou ser contida e amparadas pelos enfermeiros, pois seus gritos da dor de sua perda estavam ecoando em todo os corredor. Smith estava estático o homem estava desolado.
Diante disso eu sabia que tinham medidas a serem tomada para a organização do funeral, toda via era visível que Smith não não tinha condições para agilizar nada diante da colocação do médico.
— Senhor Smith eu sinto muito, porém o senhor precisa agilizar todos os documentos para – Flynn tentou argumentar eu resolvi intervir — Doutor Flynn eu posso fazer, por favor – era o mínimo que eu poderia fazer diante da situação o homem, não conseguia nem sem erguer e olha que ele era daqueles alemães bem altos e robustos que impõem medo só de olhar para ele.
— Christian meu filho faça isso, eu e Ray por hora vamos ficar aqui – papai deu um aceno de cabeça como que se tivesse orgulhoso do minha iniciativa, retornei seu aceno e segui o doutor para poder agilizar toda parte burocrática para a liberação do corpo do Edgar...

Depois de longas horas resolvendo todas as papeladas e toda a burocracia consegui resolver tudo a respeito do velório e também de do sepultamento do Edgar. Ao olhar para fora pelas janelas do hospital era possível ver que a aurora já se mostrava presente anunciando um dia extremamente triste para todos nós.
A essa altura nem sei se Anastasia já tinha acordado é tão pouco recebido essa notícia tão devastadora.
De volta a recepção do hospital só encontrei Carla e Ray.
— Oi – chamei a atenção deles que estavam de mãos dadas sentados uma ao lado do outro suas feições intristecidas, onde será que estão o Smith e Sarah.
— Oi menino – Ray me cumprimento — Smith e Sarah foram para a casa deles com seus pais se preparar para o funeral – respondeu minha pergunta não revelada antes.
— Eu consegui resolver todas as papeladas, logo o corpo de Edgar vai estar preparado para ser liberado – expliquei só agora sentindo o peso de tudo isso nas minhas palavras nunca mais o veríamos.
— Obrigado por tudo isso Christian, você se demonstrou um grande homem – Ray agradece mais preferia que não fosse preciso tudo isso, que na verdade isso fosse um sonho terrível, na verdade um pesadelo. Meus pensamentos se voltam para Ana mas creio que esse momento e muito íntimo deles.
— Bem achei que eu já vou indo teremos um dia muito longo pela frente – começo a me despedir dos Steele.
— Christian não vá ainda, por favor, Anastasia já acordou Flynn veio nos avisar, mas eu realmente não sei como ela vai reagir a notícia vai ser bom pra ela ter seu melhor amigo por perto – Carla me pede com a preocupação evidente em sua face. Pelo menos Anastasia ainda tinha o bebê.
— Hã tudo bem, eu estou aqui sempre para a Ana – digo com sinceridade.
— Muito obrigado Christian – Ray agradece – Não sabemos ainda como fazer isso, vai ser um baque e tanto pra minha filha.

Pov Anastasia

Ao abrir meus olhos me deparei com um monte de máquinas barulhentas ao meu redor, fazendo um bip a cada segundo – eu estou em um hospital – meu corpo todo doi, a cada respiração sinto dores em todos os lugares, meu rosto parece enorme como se um inchaço tivesse tomado conta de mim – ó céus – lampejos do acidente começam tomar minha mente como um filme que se passa slow motion, – meu bebê – levo instintivamente minha mão ao meu ventre – espero que esteja tudo bem com você meu pacotinho – quando penso em como fazer para sair daqui alguém aparece ao meu lado.
— Seja bem vinda de volta senhora Hyde – uma jovem loira bonita com seus cabelos bem presos e alinhados se dirige a mim.
— O que aconteceu comigo – pergunto na esperança de obter respostas sobre tudo o que aconteceu — Cadê o meu marido – sussurro.
— Calma senhora, vou chamar o doutor Flynn para lhe avaliar – concordo com um aceno de cabeça.
Não demora muito entra um jovem senhor cabelos bem alinhados uma aparência cansada, mais ainda sim um belo homem, toda via tenho um pressentimento nada bom, como se algo tivesse sido tirado de mim — Seja bem vinda Anastasia, como você se sente – pergunta me avaliando.
— Meu corpo todo doi – reclamo.
— É devido ao acidente que você sofreu – confirma meus pensamentos de alguns momentos antes.
— Ó céus e meu bebê – indago com os olhos já em lágrimas.
— Ele está bem Anastasia – pondera algo e rapidamente conclui – Você é uma mulher muito forte.
— E o meu marido onde ele está – ele pensa muito para me responder e sinto que alguma coisa aconteceu e ele não quer me falar.
— Bem seus pais querem vê lá senhora – responde depois de uma breve lufada de ar meu corpo treme diante de sua resposta evasiva.
— Por favor, me deixe vê los então – peço.
— Claro só um minuto que eu já os trago aqui – o médico sai me deixando envolta em meu pensamentos de momentos antes do acidente escuto alguém bater na porta e a mesma ser aberta por ela vejo entrar minha mãe, meu pai e o médico.
— Filha – mamãe me abraça debruçando sobre meu lado direito, tentando segurar suas lágrimas sinto uma imensa gratidão por poder ser abraçada por ela novamente e as lágrimas descem por meu rosto.
— Anastasia – papai me abraça do mesmo modo, porém aí lado contrário da cama – filha como eu te amo minha pequena – declara com seus olhos em lágrimas.
— Ah como eu amo vocês – digo em meio aos soluços, eles continuam me abraçando mamãe agradecendo a Deus por minha...
Noto que o médico ainda se encontra na sala — Senhora Hyde eu preciso lhe comunicar algo, porém preciso de sua colação por causa da sua gestação – ele disse sem fazer rodeios, papai enrijeceu sua postura mamãe segurou firme em minha mãos como que me dando força e sei que a notícia, vai me devastar.
— Por favor, seja lá o que for me diga logo – de e meus olhos já brotam lágrimas — É sobre o Edgar não é – afirmo para o médico tentando preparar minha mente para o pior.
— Sim senhora, infelizmente o senhor Hyde veio a óbito durante essa madrugada, fizemos o possível mais infelizmente ele não sobreviveu a sua quinta parada cardiorrespiratória, sua expressão de derrota denota que eles fizeram tudo o que foi possível.
— Não acredito – diante da constatação caiu em um choro profundo, clamando por um alívio na dor que estou sentindo — Ah mãe, mãe, mãe – grito mas a dor não passa minha mãe me abraça.
— Calma filha, eu estou aqui pequena – suas lágrimas também caem.
— Por que pai, por que logo agora ele, ele foi me deixar – meu coração ta dilacerado.
— Senhora eu sinto muito mesmo, mas a senhora tem que ser forte nesse momento pelo seu bebê – Flynn me traz de volta a realidade — Se a senhora não manter a calma vou precisar seda lá – alerta e não posso eu preciso lutar e preciso me despedir do Edgar, mais as lágrimas da dor caem em fluxos dos meus olhos.
— Filha o doutor Flynn tem razão você precisa ser forte nos estamos aqui para vocês – papai tenta me consolar.
— Tudo bem vocês tem razão – em uma inspiração profunda tento puxar o máximo de ar possível para meus pulmões para tentar ser forte — A que horas vai ser o funeral – pergunto segurando as lágrimas — Eu quero me despedir do meu Edgar – minha voz está embargada pelo choro preso a minha garganta.

 Uma Nova Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora