Vitória

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Christian

Phoebe está prestes a completar oito meses de vida.
Minha princesinha está cada dia mais linda. Seu sorriso é o melhor remédio para os dias difíceis. Nunca imaginei amar tanto alguém como eu amo minha filha. O clima ainda é pesado. A última audiência se aproxima e Ana está uma pilha de nervos. Nossos advogados são os melhores, porém a apreensão é permanente. Enquanto isso não acabar não vamos ter paz.
Na primeira audiência o juíz pediu o exame de DNA. Fizemos porém como Phoebe está registrada como minha filha tenho direitos legais sobre ela, mas talvez ao invés de ajudar eu tenha atrapalhado um pouco. Porque o juíz não gostou nada disso. E Ana acabou ficando constrangida perante a todos, e eu me sentindo culpado por tê-la feito passar por isso. Achei que Ana ficaria irritada comigo mais ao contrário ela não me disse nada. Na segunda audiência levantaram diversos falsas verdades sobre Anastasia. Inclusive o advogado da ex-sogra dela afirmou que nos estavamos tendo um caso desde muito antes do Edgar falecer. Anastasia se sentiu humilhada e mais uma vez .e senti culpado por ela estar passando por esta situação, pois isso nunca foi verdade. Anastasia sempre foi uma mulher fiel. Mas Ana mais uma vez me surpreende não abriu a boca para se defender.
Eu claro me sinto totalmente impotente o destino da minha família esta nas mãos de uma pessoa que nem se quer nos conhece.

— Amor? – Ana me tira do meu devaneio.
— Oi princesa – eu disse qua a chamaria de rainha após o nascimento da nossa filha, mas não consigo.
— O que foi? – é notável a preocupação em meu rosto. Ela entra  no escritório preocupada, cenho franzido. Ainda sim linda, seu perfume invade o ambiente me deixa inebriado.
— Nada não amor – beijo sua tempora quando ela se aninha em meu colo.
— Vai dar tudo certo Christian – sussurra com convicção.
— Eu sei que vai – concordo, entretanto a verdade é que eu estou muito preocupado.
— Obrigada por você me apoiar nos momentos mais difíceis da minha vida – ela murmura com a voz embargada. Eu não a quero chorando.
— Eu vou sempre estar aqui para você  Ana eu te amo. Você e Phoebe são a minha vida – beijo seus cabelos.

...

Estamos no tribunal  todos estão em seus lugares. Aguardando a entrada do juíz. Estou segurando a mão de Ana ela está tensa, sua mão está gelada. Apesar da postura impassível, por dentro ela está em frangalhos eu sei disso, porque é assim que eu estou.
Foram muitos passos até chegarmos aqui. Nossas famílias estão presentes.
Minha mãe está tão irada que não quer, se quer olhar para Sarah. Ela disse que se tivesse oportunidade acabava com a vida dela só por estar fazendo Ana sofrer desse jeito.
Ela jogou sujo, foi baixa demais tentando denegrir a imagem de Ana.

O juiz entra o burburinho das vozes cessa a sala fica em silêncio, estamos todos de pé até que o juíz inicie a audiência.

— Estamos aqui para dar o parecer final sobre a guarda de Phoebe Steele Grey – bate o martelo.
Nós nos sentamos. A tensão é quase palpável dentro da sala.
Ana está pálida e eu preocupado com isso. Sua mão suando ainda mais. Eu aperto mostrando que estou aqui e que vamos vencer essa causa. Nossos olhares se cruzam ela acena com a cabeça positivamente.
— Bem depois de ler todos os autos do inquérito, averiguar todas as denuncias e provas – ela pausa lendo um papel sobre sua bancada. Meu coração está a ponto de parar de bater — Como nada tendo sido encontrado que faça ferir o direito da senhora Anastasia Steele Grey a guarda de Phoebe Steele Grey é exclusivamente pertencente a mãe da criança.
Em um salto estamos comemorando a vitória. Ana me abraça tão forte que toda a tensão se esvai de mim. A alegria me invade.
— Oh Christian nos conseguimos – lágrimas começam a rolar do olhos da minha mulher. Eu a aperto em meus braços.
— Conseguimos Anastasia, conseguimos – percebo que eu também estou chorando.

Nossas famílias estão num delírio,  eles acompanharam tudo, nos apoiaram, choraram junto conosco. Finalmente o tormento passou.

O juiz encerra a audiência. Sarah está com a expressão irredutível...  Nada mais importa. Ana finalmente vai poder dormir tranquila. Sem chorar silenciosamente no meio da noite, pensando que eu não percebia.

...

Estamos todos reunidos na varanda da nossa casa. Phoebe está sentada no chão brincando todas sorriso seu primeiro dentinho já começa dar sinal. Ela é perfeita assim como a mãe.
— Vem com a vovó ,vêm – Carla chama gesticulando com as mãos, Phoebe se arrasta de bunda no chão, todos nós paramos para olhar. Ela faz com uma agilidade incrível.
Phoebe não engatinha como as outras crianças, ela arrasta o bumbum sentada. Eu até então nunca tinha visto isso.  Ava filha de Kate e Elliot tá dormindo no colo do pai. Elliot quem diria um pai babão igualzinho a mim.
Tô até pensando em entrar em um clube de tiro, no futuro vou ter que colocar alguns meninos para correr.
— Ah que linda da vovó – Carla diz orgulhosa.
— Ela está muito esperta Ana – mamãe elogia a neta.
— Sim a cada dia ela aprende alguma coisa – Ana é uma mãe excelente. Eu a admiro cada dia mais.
— Então filho agora vocês finalmente vão pode viajar – papai aborda o assunto.
— Sim pai estou feliz que tudo tenha se resolvido – descanso minha mão na perna de Ana. Ela cobre a minha mão com a sua.
— Vocês deveriam se programar e tirar umas férias – Ray sugere.
— Eu e Ana vamos acertar tudo isso não é amor – nossos olhos se cruzam. Ela concorda e me dá um selinho um pouco demorado.
— Ei respeitem as crianças – Elliot zomba. Eu puxo Ana e dou lhe um beijo cinematográfico. Ela ri na minha boca, quando buscamos por ar. Nossos pais riem – eu estou feliz.
— Agora precisam de um quarto – Elliot nunca perde a oportunidade.
— Para de ser invejoso menino – Ray responde por mim — Quem não dá assistência abre mão pra concorrência – Ray zomba eu não sei quem é pior. Ray ou Elliot.
— Tá ouvindo Elliot – Kate entra na brincadeira também.

O clima segue descontraído havia alguns meses que não nos alegravamos tanto assim.

— Eu vou lá dentro falar com Ágatha e já volto – Ana levanta-se para ir chamar Ágata, mas cambaleia um pouco. Uma ruga de preocupação se forma em meu rosto.
— Ana – chamo segurando ela pela cintura — O que foi – estou preocupado.
— Não foi nada, foi só uma vertigem – esfrega o indicador na tempora.
— Eu vou com você – Mia se oferece.
— Não foi nada gente – inspira e respira profundamente — Acho que é reflexo da tensão de mais cedo – ela se refere audiência.
— Tudo bem, de qualquer forma eu preciso ir ao toalhetes – Mia afirma.
— Está bem nós já voltamos – as duas saem de mãos dadas.

Estranho isso será que Anastasia está doente.

— Calma filho foi só um mal estar – mamãe me tranquiliza — Vocês passaram por muitas coisas.
— É a senhora tem razão – concordo.


 Uma Nova Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora