Prólogo

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Quarto anos antes

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Quarto anos antes....

Hoje no dia foi bastante puxado. Ser pai de duas princesinhas, não será fácil. Imagine se puxar ao meu gênio? Coitada de minha esposa Rosangela, sofre comigo quem dirá com as filhas.

Quando descobrir que são duas menininhas, meu mundo rosa veio a toda. Todos em minha família, fiz a postas que seria dois homens, até mesmo um casal. Menos duas meninas.

Sou adepto a superstições, e quando meu instinto de pai disse que são meninas, não o subjuguei. Olho para os quatro cantos do quartinho que eu mesmo reformei. Nossa casa, não é muito grande. Já que fiz a vontade de minha esposa.

Escolhemos uma casa aconchegante, com espaço de criar nossa pequena família. Morávamos ao meio termo, entre nossas famílias. Meus pais, nunca aceitaram bem onde escolhi para morar. Muito menos a família de Rosangela que nunca foi com a minha cara.

Quem me ver ao longe, pensa que sou um lenhador, pela minha forma física. Gosto de usar minha barba um pouco maior que o normal. Tenho algumas tatuagens pelo meu corpo, claro que não são visíveis.

Minha família, tem um legado no meu jurídico. Seu Theodoro, com seus três filhos homens e duas mulheres, sendo somente a mais nova, que resolveu seguir a carreira de nossa mãe, ser medica.

O restante, todos advogados formado com méritos. Eu sou um dos mais velhos, seguindo a ordem. Pablo com 33 anos, eu com quase 31anos, Júlio com 29 anos , Amália com 27 anos e por fim Mirela com 24 anos.

Júlio as vezes, faz questão de pergunta a dona Estefânia, se não existia nada além de transar, porque é muito filho. Como minha mãe é um raio de luz, fala que sempre quis ter uma família grande. Já que a dela se resumia a ela e mais um irmão, que hoje é falecido.

Como de costume, todas as quintas feiras. Eu e Rosangela, jantávamos na casa dos meus pais. Hoje é uma noite dessas.

- Meu amor, corre aqui.. – grita do alto do corredor.

- Estou indo querida. – fico louco a cada dia, que vejo o tamanho de sua barriga.

- Esse vestido não entra mais, tudo por sua culpa. – começa a chorar.

Minha mãe pediu que tivesse calma. Era as fases finais da gravidez. Deixava minha mulher mais sensível, achando que estava feia, que eu não a queria mais. Com muita calma, principalmente amor.

Driblava essas elevações de humor. Se eu Dominik tenho os meus dias de trevas porque ela não teria?

- Tenho certeza, que você encontra outro melhor que esse minha vida. Já disse que te amo hoje?

- Não seu bobo. – beijo sua boca, com muito carinho.

Depois de longos minutos. Rosangela está pronta. Assim seguimos para entrada da casa, tirando o carro da garagem. Entramos, a primeira coisa que faço, é passar o cinto de segurança em volta de seu corpo, assim faço com o meu.

Saímos nas ruas pacatas de monte negro. Fomos acompanhados por uma leve camada de chuva, que caia na estrada. Paramos em um sinal vermelho, cortando o centro da cidade.

- Meu amor, saiba que sempre te amarei, por toda minha vida. – fala.

- Digo o mesmo meu amor, para você e a nossas filhas. – esta prestes sair, quando um caminhão desgovernado se choca com nosso carro. O carro capota quatro vezes na avenida.

Rosangela grita segurando sua barriga, em forma de proteção. Tonto, procuro uma forma de fazer com que pare, mas nada adianta. O que faz acontecer a nossa parada, é uma arvore. Ao lado do passageiro.

Uma tontura me atinge. Deixando – me atordoado. Olho para onde minha mulher esta, vejo seu corpo banhado de sangue. O desespero toma de conta. Quero ajudar. Mas não consigo, grito por vários minutos. Chamo por ela, mas ela não escuta.

Choro com medo de perder minha família, por medo de não ver o seu rosto. Ao longe vejo uma agromeração de pessoas. Consigo arrancar forças, grito pedindo ajuda, a população chega, tentando virar o carro. Quando olha que além de mim, tem minha esposa e gravida. Não querem mexer.

Ao longe a sirena da ambulância, avisa que ajuda chegou. Peço a deus que não deixe minha esposa, que ela acorde. Ela não se mexe de jeito nenhum. Os para médicos consegue tirar ela primeiro, não vejo nenhum movimento de seu corpo.

- Rosangela meu amor, acorde. Estou aqui, pra você e nossas filhas. – grito em desespero.

- Senhor, por favor. Tente ficar calmo; - fala um enfermeiro.

- Como posso ficar clamo, se minha razão de viver está naquela ambulância? Me diga. - Pelo o meu estado, fui sedado até chegar ao hospital.

Acordei com minha mãe e meu pai ao meu lado. Minha irmã mais novas, com o rosto vermelho, possivelmente de chorar. Olho para meu pai em busca de noticias . ele apenas baixa a cabeça.

Um grande nó se faz em minha garganta. Aperto meus olhos com força, da mesma proporção que aperto a barra lateral da cama. Quando escuto a voz doce de minha mãe ao meu lado.

- Filho... eu.. – suas lagrimas a entrega...

- NÃOOOO.. – meu choro é desesperador. Quero me por de pé, mas não consigo, estou sem forças.

- Foi feito de tudo, até o parto meu amor.. mais infelizmente. – Não.. – grito mais uma vez.

- É mentira mãe, me diz? Onde esta minha mulher e minhas filhas. Quero a minha família. – grito ao choro.

Meu pai me abraça aos prantos como todos que estão agora no quarto. Não quero acreditar. Não posso acreditar, que tudo foi me tirado tão rápido. Porque meu deus, será que não posso ser feliz.

23 de maio de 2011

Acontece o velório das pessoas mais importantes que a vida, minha pequena família. que o destino as tirou sem um pingo de piedade. Não consegui comer nada, tive um perna quebrada um ombro deslocado. Depois que os corpos foram liberados, soube que o motorista morreu na hora.

O motivo, que ele teve uma parada cardíaca no volante perdendo o controle, chocando de encontro com nosso carro. A mãe de Rosangela me culpa, pela morte da filha, com a das netas.

Minha mãe brigou com ela e Maria a irmã da minha falecida. Por não respeitarem meu luto. Aos poucos a pequena multidão vai saindo aos poucos. Ficando somente eu em frente da lapide.

Deixo as lagrimas transbordarem pelo meu rosto. Derrotado, me jogo em frente daquele monte de terra.

- Meu amor.. por que me deixastes . não tive nem o prazer de ver nossas filhinhas. De escutar o seu choro com o delas. Não vou consegui sem você aqui. Não vou.

E lá fica a frase que sempre dizíamos quando terminávamos de fazer amor.

Por toda minha vida. MEUS TRÊS ANJOS DE LUZ.

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