Capítulo 58

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Maria

Dessa vez, não planejei nada. A oportunidade apareceu em minha frente. O destino foi bom, não tão bom porque minha mamãe do coração se meteu na frente, será que ela morreu? Menos uma. Sai da avenida, com os nervos a flor da pele com vontade de voltar e ver minha obra de arte.

Mas para não ser pressa, fugi. Fugi com o gostinho da vitória na boca. Agora posso até ser pressa, vou feliz sabendo que fiz um estrago grande com aquelas duas infelizes, só que o babado não acabou ainda.

Dominik Leopoldo

Minha mãe sem conter, chora novamente. Ficamos nervosos sem saber o verdadeiro motivo do choro. Meu pai consegue por minha mãe em um dos bancos da entrada de nossa casa, uma das empregadas vem com um copo com agua e açúcar.

-Meu amor, tente se acalmar. Como vamos saber o que ouve com você? – ela olha para mim começa chorar novamente.

-Mãe me diga, estou angustiado. – falo nervoso.

-Cecile meu filho. – ela fala. Automaticamente fico de pé.

-O que foi que aconteceu com ela mãe? Por deus fale.

-Ela sofreu um acidente, não sei como foi. Sua irmã esta com ela. – tremo dos pes a cabeça.

-Acidente? Meu deus como assim mãe, onde esta minha Cecile.

-No hospital meu amor, mas.. – ela pausa.

-Fale querida olhe seu filho.

-Elaine morreu. – solta.

Ponho a mão em minha boca com tudo o que minha mae fala. Minha mulher sofre um acidente, sua mãe morre meu deus será?

- Ela tentou salva Ceci meu filho. O carro veio com tudo e sua ação como mãe, foi proteger a filha assim como eu seria capaz de fazer com qualquer um de vocês.

Sem conter as lagrimas, saio de cassa com meus pais ao meu lado. Não tenho condições de dirigir, meu pai faz isso por mim. Minha mãe em suas orações, pede a deus que cuide de minha mulher e seus netos.

Como um apagão, chegamos ao hospital, desesperados por noticias. Sorte que minha irmã veio ao hospital que ela e minha mãe trabalham. Fomos levados para a ala onde minha mulher passa por uma cirurgia de emergência.

O que a enfermeira nos informou que por conta da pancada, nossos bebes entraram em trabalho de parto. Ficamos na sala de espera, minha irmã esta na cirurgia com Cecile. Ao sentarmos, vejo do outro lado um homem com uma menina chorando em seu colo.

Sinto uma dor em meu peito. Em lembrar que minha felicidade esta do outro lado lutando pela vida. ficamos por um longo tempo, no qual fico sem paciência. Fico de pé minha mãe pega agua para todos.

Tremo de nervosíssimo, sem saber o que esta acontecendo. Por volta de quase três horas, minha irmã aparece com o rosto e olhos vermelhos. Na minha mente vem o pior. Não quero perder minha família novamente.

-Gente... saiu tudo bem com a cirurgia de Cecile. Não posso mentir, quase a perdemos. Ela teve um começo de uma parada respiratória. Minha cunhada e corajosa e lutou por ela e por seus bebes.

Choro com tudo o que minha irmã pronuncia. Minha mulher e forte e conseguiu salvar tanto ela como nossos bebes. Abraço meu pai aos prantos. Feliz por saber que ela esta bem, triste por que não pude acompanhar o nascimento dos meus bebes.

-Papai, minha irmã tá vivinha te falei. Quero ver os bebes. –olhamos todos para o homem e a menininha.

-Deixe-me apresentar vocês. Esse é o pai de Cecile. Descobrimos no pior momento. essa é Celina, minha linda paciente e irmã mais nova de Cecile. - O pai, que não pode ter a filha. E hoje a encontra nesse estado.

-Sinto muito rapaz. Não era dessa maneira que eu queria reencontrar minha filha, e muito menos saber que sua mãe morreu tentando salvar a vida de Cecile. Não sei nem o que dizer.

-Nâo diga nada papai, deixe minha irma acordar o senhor canta pra ela igual fez comigo, quando mamãe foi para o céu. – Mirela segura a mão da menininha e sorrir.

-Isso mesmo meu amor. Seu papai super poderoso, vai cantar junto com a princesinha para sua irma acordar. – ela abraça minha irmã que sorrir.

Não consigo cumprimentar meu novo sogro, estou abalado com tudo o que aconteceu essa tarde. Meus bebes, minha mulher esse acidente.

- Vocês não sabe da grande surpresa. por isso que não conseguimos ver quase nada nas ultra sonografias.

- O que foi, minha mãe pergunta.

-Venha, não vou dizer antes de vocês e o papai do ano ver. – seguimos minha irmã por um corredor branco e calmo. Vejo vários ursinhos pelo corredor. A frente o nome escrito ALA NEO NATAL.

Meu coração acelera. Vou ver meus bebes. Deixo as lagrimas novamente rolarem por meu rosto. Mirela para na porta e fala com uma enfermeira. Que sorrir para ela.

- É o seguinte. Como eles ainda não esta no dia de nascerem, é preciso passar um tempo na incubadora, agora olhem para essas três coisas lindas. – fico paralisado quando ela fala três coisas lindas.

-Mirela, são gêmeos e não tri gêmeos. – fala minha mae.

-Sim minha mãe. Era o que víamos na ultra sonografia. Mas deus é tão maravilhoso que não vimos a terceira pessoinha escondida entre os dois. – Mirela pega em minhas mãos com carinho. Sei que assim como todos nessa sala, sabe com esta meu coração.

-Dominik, você não tem noção da cena que presenciei. Foi como se tudo estivesse passando aqui novamente. Não tenho certeza de quem estava no carro. – pausa.

-Estava do outro lado esperando por ela. ela vinha sorrindo com algo que viu no celular. Quando o carro veio com tudo em sua direção. Do nada, Elaine apareceu. Da mesma forma que ela apareceu, morreu em nossa frente. Logo quando ela descobre quem é sua mãe.

Choro, com o que minha irma fala. Sei que Cecile irá sofrer quando tiver a certeza do que aconteceu. Ela não é forte a todo tempo. Como eu consigo ser.

-Ela foi atendida as presas. estava com risco de perder os bebes ate mesmo a sua vida. teve começo de eclampse e não deixou de luta por sua vida. quando começamos a cirurgia e a doutora abriu sua barriga, chorei tanto ao ver um anjinho lindo com o tufão de cabelo preto igual ao seu, não contive chorei.

A emoção é grande na entrada da sala. Até o pai de Cecile chora. A menininha fica pulando no vidro pra ver meus filhos. Emocionado chego próximo a ela pergunto.

-Você quer ver seus sobrinhos?

-Sim moço lindo. Quero meus os meus o que mesmos?

-Sobrinhos princesa. – fala seu pai que acena para mim.

Coloco a garotinha nos braços, mostrando a ela seus sobrinhos. Descubro que sou pai de suas princesas e um príncipe. Agradeço a deus por tudo o que esta me dando. Sorrio e choro com os três cada um na incubadora.

Agora preciso ver minha mulher. Coloco a garotinha no chão, ela volta para o seu pai, tagarelando.

- Quando posso vê lá Mirela?

-24 horas para liberar a visita meu irmão. Sinto muito. – suspiro.

-Como ela esta nos cuidados da equipe medica, também pedi para a segurança do hospital ficar de olho, nela e nos corredores. Melhor em todo o hospital.

-Tem ideia de quem possa ter sido o motorista? – pergunta meu pai.

- Elaine antes de morrer, disse que foi Maria e que tomasse cuidado com ela. – so não quero o que tem em minha frente, porque depois da porta onde estou est meus filhos.

-Pai, nem que ela esteja no inferno irei busca-la. Vou precisar de toda ajuda possível.

-Pode contar comigo rapaz. Não vou deixar que nada aconteça a minha filha, logo agora que a conheci, mesmo sendo desta maneira. Me chamo Fabio, prazer de conhecer o homem que faz a minha filha feliz. – aperto sua mão firme.

-Não sabe o que sou capaz de fazer por ela e meus filhos Fabio.

- Pode ter certeza que eu sei muito bem. – olho mais uma vez para o vidro onde encontra meu mundo. Meus anjos. Mamãe vai enlouquecer quando souber que tem mais um integrante. 

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