Capitulo 08

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Gente... não aguentei segurar esse capítulo... então vou soltar mais um kkk espero que gostem, esse livro é um pouco complicado de escrever, por ter duas pessoas que sofrem por dores diferentes. Por isso peço para quem ler ajude com estrelinhas, para história  crescer entre novas leitoras. E quem poder ajudar compartilhando, fico muito feliz.
Agora vamos de mais um capítulo com muito carinho para todas que me seguem😍😘😘

Sem revisão

Cecíle

É uma sensação diferente, quando se encontra pessoas de bom coração. Apesar que o dono da casa, é meio hostil.

Mirela vem até onde estou com um lindo sorriso no rosto. Pensei que era alguma coisa mais íntima do dono, só que descubro que são irmãos.

Sinto alívio porque não quero ser motivos de briga, já passei por isso na rua e não quero passar aqui onde estão me dando um prato de comida.

Quando ele me perguntou a quanto tempo não como, comida assim faz muito tempo mesmo. Porque hoje vivemos de pão e sopa até leite quando tem mutirão das igrejas.

- seu corpo dói muito? - pergunta a senhora em minha frente.

- só um pouco, acho que mais minhas costelas. - falo sincera.

- Querida. - pausa. - me conte como aconteceu. Meu filho não relatou nada concreto. Apenas que um vulto passou em sua frente. - suspiro.

Tenho medo de contar e acontecer algo pior. Nao sei onde meus irmãos estão. Espero que bem. Não aguento mais perder alguém.

-estávamos na avenida, atrás de um canto para dormir. Estávamos com medo do que aconteceu na madrugada. - engulo o choro, mas sem conter uma lágrima desce.

- um dos meu irmãos do orfanato morreu naquela praça. Estávamos dormindo, quando começou o tiroteio. Entre policiais e gangues. Acordamos assustados. Só que meu irmão, nosso protetor. - ponho minhas mãos entre meu rosto.

- sinto muito minha querida. Deve ser horrível presenciar tudo o que você viu. Me dói ver tudo pelos noticiários imagine, de perto. - Ninguém tem noção de como dói

- não podíamos fazer nada, deixamos nosso irmão ali jogado aos demais. Precisamos correr se esconder, era tiro para todos os lados. Foi que resolvemos. Se afastar um pouco da cidade. Azar nosso. Alguns motoqueiros nos viram e saíram a nossa caça. - as duas escutam com as mãos na boca de assustadas.

- só lembro de dizer que amava meus irmãos, sai correndo. Pedi tanto a Deus que me desse uma luz, e se morresse não fosse por eles, que protegesse meus irmãos. Foi quando atravessei a avenida, agora estou aqui.

As duas me abraçaram, fiquei relutante em devolver o mesmo afeto. Já que não rua, tinha que ter a troca. Elas me perguntaram sobre minha vida, porque notaram que eu falo bem. Contei sobre ser deixada no orfanato, de como vivíamos lá, o porque de ter ido pra rua.

- Cecília, quantos anos você tem? - pergunta Mirela.

- tenho 23, faço 24 daqui a dois meses. - sorrio sem graça.

- vamos fazer uma revisão dos seus ferimentos? Preciso saber como você está, pra não ser preciso te levar ao hospital. - retraio.

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