Capítulo 62

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Dominik Leopoldo

Em nenhum momento, deixei minha mulher sozinha com os meus filhos. Quando se é preciso minha saída, peço ao meu sogro Fabio que fique com ela, ou algum dos meus irmãos. Não é que não tenha minha mãe e irmãs.

Elas ficam, mas sempre fora, tem um de nós. Até o momento, não encontrei o rastro de Maria. Aquela infeliz vai pagar por tudo o que está nos causando. Meu irmão Pablo, é o pouco que vem aqui.

Entendo, ele é o que fica mais no escritório. Deixei meus casos com os senios porque não consigo ficar longe deles. Agora com os registros de nosso filhos em mãos, posso me aliviar um pouco.

Heitor, Shofia e Cibele. Minhas precocidades. Hoje sei que minhas princesinhas estão nos protegendo das loucuras de Maria. Guardo os registro em minha valisa, volto para o quarto onde Cecile esta.

Próximo a porta, escuto a voz de meu irmão Pablo ao telefone. E seu jeito e postura me intriga. Nunca o vi falar assim com ninguém ao telefone.

- Fernando. Não teste minha paciência. – bufa.

-Quero que olhe todas as câmeras espelhadas por toda monte negro. Ela não é um rato, que se esconde em bueiros. E nem uma ave que possa voar. – pausa.

- Escute, se ela tentar alguma coisa que não conseguimos deter, pode partir para o plano B.

- Que plano é esse? – interrompo meu irmão.

-Fernando, preciso desligar, não esqueça encontre-a. – desliga.

Pablo passa a mão em seu rosto, mostrando um certo nervosismo, meu irmão o mais velho de todos, meu exemplo, o cara que faz palhaçada com tudo e com todos, não reflete o que estou vendo em minha frente.

- Dominik. Depois conversamos. Fiquei aqui por enquanto que Fabio volte.

-Quem era no telefone? Nunca ouvi falar você falar de algum Fernando. – ele suspira.

- Hoje não irmão. Prometo que um dia te conto. Até essa louca ser presa não posso falar nada a você. – ele pausa. – Só quero que confie em mim, como sempre confiou.

-Confio meu irmão. Só quero que saiba que estou aqui. Pode contar comigo para o que for preciso, somos família.

-Não tenho duvida disso meu irmão brocochó. – gargalha. – agora vá. Sua mulher deve esta doidinha, porque a princesa Cibele, resolveu abrir o bocão. E pense no bocão meu irmão, você ta ferrado. – da umas palmadinhas nas minhas costas e sai.

Meu irmão sempre foi assim. Resolve tudo por todos, espero que ele não faça nada de perigoso. Sigo para o quarto onde esta minha família. Encontro minha mulher sorrindo empurrando um dos carrinhos quanto segura um nos braços. Sua voz sai baixinha cantando uma musica baixa.

''Se essa rua, se essa rua fosse minha... eu mandava, eu mandava, ladrilhar. Compedrinhas, com pedrinhas de brilhantes.. só pro meu, só pro meu amor passar''

Olho para sua carinha feliz, com os nosso filhos ao seu redor. Fico impactado com essa cena. Retiro do bolso meu celular, capturando a foto dos quatros juntos. Meu flash denuncia minha entrada. Ceci, me olha mordendo os lábios. Como eu amo essa mulher.

-Venha meu amor. Hoje eles estão espertinhos demais. Né Heitor. – começa fazer barulhinhos com a boca.

Como eles nasceram antes do tempo, tem ficar por alguns dias no hospital. Nossa sorte é, que minha mãe e irmã fazem parte do corpo descente do hospital, deixando tanto eu como minha mulher permanecer no hospital.

O que frustra a minha mulher é não poder alimentar nossos filhos, por parte das complicações. Relevando isso, agradecemos a deus por ter protegido nossos filhos. Pego os documento de certidão, mostrando os nossos nomes.

Quando casarmos, trocarei novamente o nome de Cecile colocando meu sobre nome. Primeiro, vamos regularizar sua paternidade. Colocando o nome de seu pai em sua certidão.

Depois que resolvemos essa questão, vem o a do nosso casamento. Pego Sofhia em meus braços. Sorrio olhando sua carinha de zangada. Quando ela abriu os olhos, foi uma grande surpresa.

Seus olhos tem características dos meus irmãos Pablo, Julio, também aos de Fabio que tem a mesma tonalidade. O de Cibele já puxa os de minha mulher. Já meu pequeno Heitor, brinco. Ele é minha copia fiel.

Pela tarde, Leleca vem com Joca e Julio. Ficam brincando com os sobrinhos. Minha irmã Amalia, já chega no finalzinho da noite. Noto um ar diferente entre ela e o irmão de Ceci.

Não digo nada. Até porque não posso me envolver nas questões de minha irmã, somente quando ela me permitir entrar. Joca inventa uma coisa qualquer e sai. Deixando-a triste.

Sem conter minha irmã sai do quarto, fico preocupado e sigo ate onde ela está. Ela nota minha presença, jogando-se em meus braços. Deixo ela chorar o quanto quiser. Lentamente, ela volta ao seu normal.

-Estou gravida Dominik. Gravida. – fico calado com a sua revelação. Não a vejo com ninguém. Somente com..

- Sim. É dele Joca. Mas o idiota teimoso não sabe ainda.

-Será o porque de Joca não saber? – falo irônico.

-Haaa. Meu irmão não venha com seus joguinhos. Não somos mais crianças. – bufo.

-Amalia, o problema é esse. Não somos crianças. Você continua com essa mania de não deixar ninguém entrar.

-Sim, herdei esse seu lado. – merda, tem razão penso.

-Mas os meus motivos, foram outros e os seus... até hoje não sei direito. – pauso, pensando nas palavras que devo usar.

-Minha irmã, quero que você seja feliz. Que deixa esse rapaz te fazer feliz.

-Mais olha a nossa idade. – ao falar, ela me faz ficar com raiva.

-Porra Amália. Olha pra mim e Cecile? Tenho 35 anos, minha mulher esta na flor da idade com 24 anos. Qual a diferença entre a sua, que não é tão maior que a minha? Bote uma coisa nessa sua cabeça, que o verdadeiro amor a gente encontra uma única vez. Ele não vai bater na sua porta novamente. Lute, corra, vá e pegue esse rapaz e viva sem esperar nada de ninguém além de vocês mesmos. – ela sorri.

Olhamos para a porta a frente, no exato momento que Joca volta para o quarto onde minha mulher est. Vejo um sorriso zombeteiro em seu rosto. O mesmo de quando erámos crianças.

-Correr, lutar? Pague pra ver meu irmão, pois que vai correr agora é ele. – sigo minha irmã ao quarto, e lá está Joca. Com um copo de doce para sua irmã;

- Sei idiota, é o seguinte. Tentei falar com você varias vezes e não me deixou. – Amalia agora não. – ele responde.

-Agora não digo eu. Você vai me escutar nem que não queria. – ela olha para todos no quarto, respira forte e diz com bom tom.

-Vou ser mãe e você vai ser pai. Heeeeee.. parabéns. – diz e sai fechando porta com tudo. Joca fica paralisado com o doce nas mãos. Quando processa grita.

- Eu vou ser pai? – não aguentamos e caímos na gargalhada.

- Porra não... – então sai correndo. – minha mulher me olha e questiona.

- O que foi isso? – rio.

- Seu irmão, correndo atrás da minha irmã. – beijo seus lábios curtindo meu momento em família. 

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