Maria
Cansada de nada não dar certo para mim. Cansada de lutar contra a mare e ver o homem que eu amo, nos braços de outra. Todos os dias são a mesma coisa. Durmo pensando nele, acordo pensando nele. DROGA.
São três da manha, quando resolvo tomar agua. Abro a porta do meu quarto, sem fazer barulho. Gosto de andar igual a gato, sem fazer um pingo de barulho. Chego ao corredor, o qual me leva para parte debaixo.
Escuto a voz do meu pai falando com minha mãe. O seu tom, não é dos melhores. Encosto um pouco no batente para saber qual será o novo motivo da discursão.
- Eu há vi. Não sou louco. Eu vi a sua bastarda com ele. Não posso acreditar Elaine. – grita meu pai. Pelo seu tom de voz, ele não parece bem.
- Diga-me, o que tenho haver com isso? Eu nunca a vi, desde o dia que a joguei naquele lugar Antônio. Você quer que eu faça o que? Me humilhar? Faço isso todos esses anos. Mesmo com sua traição, colocando uma filha que não é minha, e deixando a minha por sua causa naquele lugar.
Congelo onde estou. Não pode ser? Como não liguei os fatos? Agora entendi a diferença entre eu e minha irma falecida.
- Deixou porque quis. Eu avisei, se ficasse comigo teria que deixar a filha daquele infeliz para trás. – fala sem um pingo de remoço na voz
- Deixei porque te amei, você veio, me iludiu, me abandou gravida. Sem querer sabe de como estava eu e sua filha. O Reginaldo me deu tudo o que eu merecia naquela época. Enquanto o pai da minha filha brincava de playboy. Voltando quando o caldo engrossou, eu burra com minha vida feita, deixei uma pessoa que me amava, para voltar para um homem como você.
- Um homem que te banca? – ele grita.
- Não. Um homem que me mata a cada dia, de vergonha e nojo. Pensa que eu não sei? De suas saídas com aquela diretora do orfanato? Tenho pena da Maria, puxou aos dois, por mais que eu tente mudar, mais o sangue de vocês corre na veia dela. Meu pecado maior foi, deixar você se aproxima de Rosangela, e deixando minha filha naquele lugar imundo cuidado por aquela mulher.
-Nem tente se aproximar de Cecile, Elaine. Sabe o que eu posso fazer! – sem conter a raiva, saio de trás da coluna. Desço as escadas batendo palmas. Eles me olham assustados. Minha mãe, quer dizer, minha madrasta, sorrir de lado. Satisfeita.
-Quero que me conte tudo.- Ele tenta falar.
-Cale sua boca, quero saber de você Elaine, quem sou eu, esse homem e a infeliz que me pos ao mundo. – ela olha entre me e meu pai. Respira fundo e diz.
-Hoje você vai conhecer sua verdadeira historia.
Depois de tudo que escutei, junto minha coisas partindo dessa casa. Não aguento se quer olhar na cara dos meus pais. Raiva, fúria. Tudo ao mesmo tempo. Não bastava ter uma irmã mais velha, que sempre ofuscava meu brilho, agora vem ela.
Que não é nada minha, só da mulher que me criou, vindo tomar tudo o que é meu. isso não, não irei deixar. Agora preciso conhecer minha mamãezinha.
Flash Back on
-Juro que tentei de tudo para te mudar Maria. Mas você é fria igual a ela- fala minha mãe.
-Não quero saber o que você fez, quero que me conte tudo sem esconder nada e onde essa infeliz da Ceci entra. – ela respira, uma respiração pesada. Olha para o meu pai, sem decifrar nada. Ele cruza os braços ficando de costas.
-Conheci seu pai na minha juventude. Fui aquela garota que sonhava em ter o casamento dos sonhos. Quando me apaixonei pelo seu pai.. não sabia que ele tinha dinheiro, chegou mansinho, até eu me apaixonar.
-Ficamos juntos por um bom tempo. Até eu descobrir a gravidez de sua irmã. Sai feliz da vida, para contar sobre o nosso bebe. Foi na hora que descobri que seu pai tinha dinheiro, e estava noivo de outra pessoa.
-Fiquei no chão. Ele me chamou de golpista que queria o seu dinheiro. Eu boba não sabia de nada. Fui embora, deixando tudo para trás. Conheci pessoas que ao longo da minha gravidez me ajudaram.
Fabio o vizinho da minha avó, sempre esteve presente. Perguntando o que precisava, se estava bem. Até ficarmos juntos. Ele nunca me desrespeitou, até chegar o momento que pude aceita-lo de vez em minha vida.
Fico observando ele se perder entre as palavras. Não digo nada, deixando-a contar.
- os tempos foram passando, até sua irmã crescer e começar a pedir uma irmã. Como eu gostava de Fabio e desisti de seu pai, porque não? E veio Cecile. – tenho ódio, em ver seu sorriso no rosto.
- Foram crescendo juntas, ate um maldito dia, seu pai aparece pedindo perdão. Eu idiota, parei para escutar tudo o que tinha para dizer. Deixei Fabio sem dizer nada, peguei sua irmã e Cecile seguindo seu pai.
Cecile era novinha, mas entendia das coisas, então tive que escolher. Meu amor ou a filha do outro. Sem pensar deixei minha filha, pra ela pensar que era culpada. Sempre que precisava falava que a culpa era dela, por parecer com o pai. Até hoje me doe em lembrar dos seus olhos pedindo que voltasse. Sofri por que seu pai, nem deixou eu a entrega-la para fabio.
-Nunca deixaria aquele infeliz com um pedaço de você. –bufa, do outro lado da sala.
-Cale sua boca seu idiota. – grita Elaine.
-Quero saber onde eu entro nessa historia toda, sem rodeios.
-Três anos depois, seu pai chega agitado com vocês nos braços. Fico assustada, querendo saber quem era você. Foi então que ele resolveu abrir a boca. Tinha conhecido a infeliz diretora do convento. Em umas de suas saídas ele a conheceu, tiveram um caso e desse caso engravidou.
Foi quando descobri da herança, que se ele tivesse algum filho fora do casamento seu pai deserdava o filho prodígio. Tive que criar uma filha que não era minha, deixando a minha para ser criada e jogada por aquela mulher. Junte tudo e veja quem é quem.
- Porque meu pai, não quer que você se aproxime de sua filha? –pergunto.
- Porque seu eu voltar, ir atrás dela, ele dar um sumiço. Porque se minha filha parecer ele perde o pouco que ainda tem. –sai sem falar mais nada.
Flash Black Off
Paro em frente ao orfanato, com aparência decadente. É hoje que posso contar com uma ajudinha a mais, para dar fim aquela mulher. Entro no orfanato, em busca de quem eu quero ver. Sigo pelo corredor, indicado pelo funcionário.
Chego a porta que partir de hoje, vai mudar minha vida. dou três toques. Escuto um entre. Devagar, abro a porta dando de cara com a mulher que me pos no mundo. Vestida de freira, com marcas no rosto. Ela continua a olhar para as pastas em sua mesa. Não digo nada até ela notar o silencio e levantar a cabeça.
- Diga o que deseja? –sorrio.
-Oi mamãe! Bom de conhecer.
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Consequências de uma vida.
RomanceSinopse Imagine. O que pode acontecer com uma alma quebrada? É assim, a vida de Braadok. Com os seus 35 anos de idade, fugindo a todo custo de um sentimento chamado amor. O qual fez com que ele pagasse muito caro, com a perda do seu grande amor. De...