Capitulo 42

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Dominik Leopoldo

Minha felicidade é tanta, que não cabe em meu peito. Cecile escolheu um vestido simples mas elegante, deixando seu ar de mais nova. Não canso de olhar para a mulher maravilhosa em minha frente.

Hoje todos vão saber o quão sortudo sou. Por ter a oportunidade de ser pai novamente e ter minha esposa. Hoje não consigo sentir raiva de Rosângela.

Com ela aprendi a amar, mesmo com tudo o que aconteceu, não tem como guardar magoas ela era mãe dos meus anjos de luz.

Enquanto término de botar os botões de minha blusa, Cecile fica de frente, olhando ao espelho. Não vejo a hora de ver sua barriguinha linda e enorme. - sorrio.

- Você está linda meu amor. - beijo seus lábios.

- Você, não posso nem dizer. Mas que tal um gato? - sorrir

Ficamos prontos. Ao entrarmos o carro, ligo para meu irmão Pablo, querendo saber se tinha chegado ao restaurante. Como sempre ele é o último a chegar.

Conversamos bastante sobre o que vamos fazer em relação dos nossos bebês. Fico bobo com os seus olhos brilhantes quando passa a mão em
Seu ventre ainda liso.

Sem prestar atenção, passo na rua onde tudo aconteceu. Paro no mesmo sinal, é como se um filme passasse em minha mente, vejo o caminhão, nosso carro virando e ela, morta na minha frente.

-  Dominik? Amor? - não consigo
Responder.

- Por favor, diga-me, nao me deixe assustada. - sinto suas mais pequenas tocarem meu rosto. Uma buzina nos chama atenção.

Sem perceber deixo as lágrimas rolarem. Depois do que aconteceu aqui nessa rua, nesse cruzamento, faço de tudo para não passar por aqui.

Meio trêmulo consigo sair deixando os carros passar. Pari no acostamento, recebo seu abraço. Aceito, como se dependesse dele para viver.

- Dominik, me conte. O que você tem? - preciso explicar, com pouco de dificuldade começo.

- Foi nesse cruzamento, que sofri o acidente. O caminhão ultrapassou o sinal, não por culpa do motorista. Ele teve uma parada cardíaca, perdeu o controle chocando o caminhão com meu carro. - engulo.

- O meu amor.. - sinto seus beijos, sendo distribuídos pelo meu rosto. Suas lágrimas se unem com as minhas.

Ceci, me passa palavras de conforto. Sei que Deus me deu uma nova chance, a chance de ser feliz. Se inconsequentemente vim parar exatamente aqui, é porque tenho que me libertar.

Hoje é mais uma etapa que deixo, para seguir minha vida feliz com a mulher que amo, junto aos meus bebês.

Mais calmo, consigo voltar para a estrada. Pouco mais de 1 hora, chego ao restaurante, onde encontro minha irmã Amália, conversando com Joca, irmão de Ceci.

Ao nos ver, ela fica vermelha. Sei que minha irmã sendo a mais velha das mulheres, é mais reservada. E quando estava fazendo algo de errado, fica vermelha e sem jeito.

- Oi gente, fiquei preocupada com vocês. Porque demorou tanto? - engulo.

- Eu... eu... - não consigo falar.

- Minha culpa Amália. Fiquei na dúvida em qual vestido usar. Pôde-se imaginar. - Ceci abraça minha irmã.

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