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Maratona: 170 🌟 e 200 💬

Coréia

Enterrei meu boné na cara e quando olhei pra frente meu olhar bateu logo com quem? Com aquele otário mesmo!

Ele estava com uma mochila nas costas, enquanto o coroa ao seu lado estava com outra.

Não tinha nem como desviar, ele tinha que passar por mim então eu parei de canto só no aguardo.

Na boa, tem gente que só aprende na dor e tem gente que não aprende nem mesmo assim. Prefere morrer no erro!

Mesmo depois do pega que eu dei no doidão, o cara ainda quer bater testa comigo. É foda! Tem maluco que perde a noção do perigo mesmo, papo reto

Cara tava fodidão mano, todo arrebentado da cabeça aos pés e mesmo assim ainda não foi o suficiente pra esse otário.

Daqui mesmo eu marcando o coroa que tava com ele querendo desviar e ele teimando de vir na minha reta, mas deixa estar. Deixa o prego que o martelo chama!

Coréia: Tu não aprende né? - parei eles quando passaram por mim.

Xxx: Por favor... - arregalou os olhos. - Ele já tá indo embora! Ele não vai mais voltar aqui não.

Coréia: Meu papo não é contigo não, coroa. Nem te perguntei nada. - dei um passo pra frente. - Tô falando com você, otário. - dei um tapinha na cara dele que sustentou o olhar. - Ta me encarando porquê de mesmo? Quer morrer? - Cruzei os braços.

Pedro: Eu não tenho medo de você, seu covarde!

Coréia: Tem não? Mas deveria ter. - meus seguranças vieram pra cima também botando terror. - Pra eu te apagar aqui é em dois tempos, tenho nada a perder não pacero! - apontei o dedo na cara.

Xxx: Pedro, vamos embora meu filho. Pelo amor de Deus, vamos... - tentou puxar ele, mas eu fiz sinal mandando ele parar.

Pedro: Eu não tenho medo de você e vou continuar não tendo. Você pra mim é digno de pena! Não sei a sua história, mas suas atitudes imundas pra mim são apenas reflexo de uma pessoa sem amor, sem Deus no Coração.... Uma pessoa vazia! - o interrompi.

Coreia: Quero que essa porra toda que tu falou ai vá se foder, mermão. Tu tá me testando demais!

Pedro: Acha mesmo que as pessoas aqui da comunidade te respeitam? Elas apenas tem medo de você!!! Porquê você é desprezível, um covarde!!! - se alterou. - Espero que um dia você se salve, ou vá direto pro inferno que é o seu lugar! - dei logo um retão na boca dele que caiu no chão.

Coréia: Vou te matar, filha da puta! - puxei a arma da cintura e apontei pra ele.

O coroa que estava com ele, tentou segurar ele pra levantar, mas meus seguranças prenderam ele pelo braço.

Xxx: Nao mata ele não, chefe. Por favor... Ele já vai! Ô meu filho... Por favor! - gritou desesperado.

Pedro: Me mata, pode me matar seu covarde. - limpou a boca. - Mas não retiro nada do que eu disse! - respirou. - Ela não merecia nada disso, você destruiu a vida dela! Seu canalha! - sorri sem mostrar os dentes.

Xxx: Por favor, não mata meu filho não. Ele é meu único filho homem, não faz isso não dono. Ele tá nervoso, não sabe o que tá falando. Releva por tudo que é mais sagrado.

Coréia: Tô pouco me fudendo! - destravei minha pistola.

Nem vi a hora que o Kito colou do meu lado, mas só percebi quando ele segurou no meu ombro. Olhei de canto de olho já puto e ele começou a desenrolar.

Marquinhos: Deixa passar, cara. O muleque só tá revoltado pela mina dele, pô. Deixa baixo essa porra!

Coréia: Deixa uma porra, mermão. Eu sou puta pra ser comédiado por esse pau no cú?

Xxx: Sempre compri todas as leis da favela, sempre fiz tudo certo, pô. Não faz isso com meu filho! - chorou. - Se vocês quiserem eu dou dinheiro, triplico o valor do aluguel... Dou o dinheiro que você quiser, mas não faz isso com meu único filho não. Ele tá apenas nervoso, é a última vez.. Ele vai embora, ninguém nunca mais vai ver ele aqui. - gritou.

Marquinhos: Aí, mano! Esse coroa é gente, boa. Deixa passar, porra! Essa história já deu muita merda, mano. Se tu fizer isso vai jogar a porra no ventilador caralho, tu sabe que no final vai ser cobrado também. - disse baixo.

Encarei o coroa de soslaio e depois voltei a cabular o otário que estava no chão.

Coréia: Tu é um otário mesmo... - pausei. - Mas eu vou deixar tu ralar, só por causa do teu coroa aí. - apontei com a arma pro pai dele. - Mas eu não te quero mais aqui na minha favela, nem chega perto! Não quero nunca mais bater os olhos em ti, ou se não eu vou te pipocar na bala seu pau no cú, vacilão do caralho. - dei um chute nas suas pernas. - Agora rala, rala peito da minha favela antes que eu me arrependa!

Fiz sinal pra meus seguranças soltarem o pai dele e o mesmo o levantou imediatamente e saiu puxando ele pelo braço.

Coréia: Ô... - chamei eles que pararam. - Tua mina agora tá no meu nome, vacilão! - bati no peito. - A pastora é minha! - debochei.

REDENTOR  (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora