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Luna

Luna: Pra onde a gente vai?

Natália: É surpresa cara, já disse.

Luna: Eu tenho medo das suas surpresas! - disse receosa e ela riu.

Natália: Garanto que você vai gostar pô. Vamos logo, o uber já deve tá chegando! - me puxou pelo braço fazendo com que eu adiantasse meus passos.

Se passaram aproximadamente três meses depois daquele dia e muitas coisas aconteceram nesse tempo, muitas mesmo!

Infelizmente ainda continuo me submetendo as loucuras, surtos e mudanças de humor constantes do Coréia que em um dia me trata "bem" e em outro não quer nem que eu olhe pra ele!

Nesse tempo eu me reaproximei de uma forma assustadora da Natália, agora estamos juntas quase a todo tempo! Ela sempre vem na minha casa ou fica lá na lanchonete me fazendo companhia.

Essa nossa reaproximação aconteceu no dia que eu em mais uma tentativa falha pedi que o Coréia me deixasse e ele conseqüentemente me bateu.

Assim que eu saí daquela casa eu dei de cara com a Natália que me ajudou a esconder os estragos que ele tinha feito em mim e foram muitos.

Sabe, eu não queria que a minha mãe me visse assim, que mais uma vez ela sofresse junto a mim por culpa dele, que ela se sentisse impotente em não poder fazer nada pra me tirar desse inferno.

(....)

Hoje é meu aniversário, estou completando dezoito anos. Dia que pra uns deve ser bastante comemorado, para mim se tornou apenas um dia comum.

Não tinha mais vontade de comemorar, de verdade acho que estou perdendo toda a minha alegria e vontade de viver!

Nesse momento estamos no uber indo pra um lugar o qual eu não sei onde é, pois Natália não me disse. Fez todo um suspense e me arrastou!

Luna: A gente já tá chegando? Estamos indo pra onde? - perguntei pela milésima vez.

Natália: Estamos... Hum, pera! - me encarou. - Pronto, pode ver com seus próprios olhos, biba. - apontou pra fora do carro e logo em seguida o carro parou.

Luna: Não acredito. - a encarei com os olhos semicerrados. - Você fez toda essa agonia pra me trazer no shopping? - Cruzei os braços.

Natália: Ué, esse shopp vai ser babado! - deu risada. - Você vai gostar!

Luna: Viu! - neguei com a cabeça.

Descemos do carro após pagar a corrida e logo em seguida entramos por aquela grande porta de vidro.

Acho que por ser final de semana, mais precisamente um sábado, o shopping estava bem movimentado!

Natália me fez entrar em várias lojas, experimentar cada roupa e em alguns casos mesmo contra o meu gosto, comprar. Agora, após tudo isso estamos aqui sentadas na praça de alimentação.

Luna: Eu tô com fome, vamos fazer logo o pedido. - implorei.

Natália: Espera só mais um pouco, estou esperando uma amiga. Ela vai lanchar com a gente também. - disse sorrindo enquanto mexia no celular.

Luna: Viu, Natália! - revirei os olhos.

Se passaram poucos minutos, eu acho, mas em fração desse tempo a Natália que estava sentada a minha frente se levantou bruscamente e acenou com a mão para uma pessoa a qual eu não vi, pois estava de costas.

Debruçada sobe a mesa me endireitei na cadeira e olhei pra trás, tentando ver quem era essa tal amiga dela e quando eu avistei quem vinha em nossa direção meu corpo inteiro paralisou.

Meu coração acelerou de imediato, minhas pernas ficaram trêmulas e acho até que a minha boca abriu com tamanho espanto.

Era ele, depois de todo esse tempo eu estava reencontrando com o Pedro que agora estava parado bem a minha frente.

Diria que ele estava diferente, nao pelas suas roupas que agora estavam mais "descoladas" ou seu novo corte de cabelo. Tinha algo diferente nele sim, mas eu não sabia destinguir o que era.

Luna: Pe.. Pe... Pedro? - gaguejei nervosa.

Natália: Bom... - quebrei o contato visual com o Pedro e a encarei assutada. - Vocês precisam conversar e a Luna quer lanchar. Eu vou aqui e já volto! - disse e se retirou da mesa.

Eu continuei ali sentada, na verdade estática. Ele deu a volta na mesa e se sentou no lugar onde antes a Natália estava sentada e me encarou.

Pedro: Então... Acho que temos que conversar. - assenti. - Me diz... Só me confirma uma coisa! Você está com ele por vontade própria ?

Me olhou no fundo dos olhos e as lágrimas já começaram a rolar por meu rosto. Eu fiquei triste, achei que ele fosse perguntar como eu estava ou me desejaria parabéns. Mas não, ele apenas me fez essa pergunta absurda.

Luna: Eu acho que... - limpei meu rosto. - Se você me conhecesse verdadeiramente, como eu acho, na verdade achava. Já saberia a minha reposta!

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REDENTOR  (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora