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Marquinhos

Kethelyn: Amor... Não fala mais comigo não é? Já chega invadindo, dá nem um oi, ein...

Marquinhos: Tenho nada pra falar contigo não ô, vim ver só a minha filha mesmo, me erra!

Chega de mulher, papo reto mesmo.. São tudo umas encapetadas, só serve pra fuder com a vida do cara. Tudo mandada! Sozinho é mais forte nessa porra. Agora é só um pente e rala crlh!

Peguei minha filhota no colo e dei um cheiro demorado. Papo reto, tá grandona já, que isso mlk. Por mim não cresce mais, desse tamanho já tá bom.

Minha princesa tá parecidona com a minha mãe pô, hoje eu tô vendo. Quando ela nasceu logo, tinha nada de mim não... Fiquei até preocupado, me escaldei mesmo.

A outra, a Elida pesava na minha mente com esse lance, me deixava todo pensativo nessa ideia, fiquei na dúvida maneira pô...

Mas hoje com certeza não tenho mais. Olhão da minha mãe, até o sorriso me lembra minha coroa. Bate maior saudades, lembro na hora! Idêntica toda, de verdade.

Marquinhos: Toma aí ô, a grana pra comprar aquele bagulho que tu pediu! - tirei o malote e entreguei pra Kethelyn.

Kethelyn: Ai, arrasou! - pegou na mesma hora. Mercenária!

Fiquei conversando com a minha princesa, um tempão bom. Kethelyn toda hora procurava frete comigo, mas só tava cortando. Papo reto, peguei nojo dela... Não quero mais!

Kethelyn: Soube que a tua mulher já pariu né?

Marquinhos: Ih, tenho mulher não parceira. Rã!

Kethelyn: Ué, ela não era o amor da tua vida, gente? Me largou com a tua filha pequena pra ficar com ela e tudo mais... - debochou. - Ela já te trocou por outro, foi isso? Ainda não entendi essa história! - me emputeci logo.

Marquinhos: Tu não entendeu, nem tem que entender nada. Se mete na tua vida, porra! Te larguei foi por ninguém não pacera, te larguei porquê não gosto de você, nunca gostei. Tá ligada? Tesão não é amor e nem muito menos sustenta relacionamento. Abra sua mente pô, se toca, filha da puta. E te digo mais... - apontei o dedo pra ela. - Fica de deboche pro meu lado não, pq pra eu quebrar a tua cara é daqui pra li.

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Elida

Tava que nem uma barata tonta andando de um lado pro outro com aquele bendito papel na minha mão! Tô doida real...

Perla: Tu daqui a pouco vai fazer um buraco nesse chão, cara. Que fogo no cú! - se levantou.

Elida: Fogo no cu o que cara? Tô nervosa!

Perla: Ai... - revirou os olhos. - Toma aqui meu dindo, tá na hora de dar de mama pra ele!

Elida: Tá. - me sentei com ele e dei o peito.

Perla: Vou fumar meu cigarro! - saiu e quando ela abriu a porta da rua, deu de cara com o Marcos.

Nos encaramos babado, mentira. Eu que encarei ele, porquê ele me olhou e logo desviou. Meu coração acelerou na mesma hora, papo reto.

Quanto tempo sem ver esse puto, que saudades, gente.... Tava lindinho, todo alinhado, como eu gosto.

Marquinhos: E ae. - falou com a Perla.

Perla: E aí, colega. Entra aí, vou aqui! - mostrou o cigarro. - ele assentiu.

Ele entrou e ficou parado em um canto de braços cruzados olhando pra tudo, menos pra mim. Palhaço! Tá fazendo cena, conheço bem esse puto.

Elida: Senta aí, Marcos. - Quebrei o silêncio. - Deixa eu terminar aqui que a gente conversa!

Marquinhos: Não tenho nada pra conversar contigo não pô, só vim ver meu filho mermo e cabô!

Ai, magoou! Fiquei toda sem graça mesmo e olha que isso e quase impossível. Nojento!

É gente... Deus é pai mesmo, não é padrasto. Meu filhote é filho desse puto mesmo, me tirou da culpa. Assim que eu cheguei mandei logo a Perla entregar o resultado pra ele, mas ele só veio aqui hoje, depois de uns quinze dias mesmo.

Terminei de dar de mamar pro Flavinho e também nem olhei mais pra cara dele. Coloquei meu princeso pra arrotar e quando ele terminou deitei ele na minha perna.

Marquinhos: Segura o garoto direito cara, daqui a pouco ele cai aí. - arqueei uma sombrancelha pra ele.

Elida: Ele não vai cair não! - fechei minha cara.

Marquinhos: Deixa eu segurar ele aí, na moral? - fiz sinal pra ele vir.

Ele veio, pegou meu neném do meu colo e carregou todo bobo. Ceninha bem linda, fiquei até emocionada, porém mantive.

Me lembrei de tantas coisas, tantos planos pro futuro, de quando a gente planejava ter nosso primeiro filho...

Hoje isso aconteceu, mas foi tudo diferente... Foi de uma maneira completamente diferente. Não estamos mais junto, não tive ele ao meu lado!

Marquinhos: Qual o nome dele?

Elida: Vinícius Flávio.

Marquinhos: Pra que essa palhaçada de dois nomes no moleque? Parece que é maluca! - me encarou.

Elida: Eu tava afim, ué. Quem carregou ele na barriga nove meses foi eu, quem ficou três meses no hospital internada pra não perder ele foi eu. Se não fosse graças a Deus por minha amiga eu ficaria sozinha né? - sorri no deboche. - Quem pariu foi eu, quem colocou esse nome foi eu e você não tem direito nenhum de opinar sobre isso! - ele deu risada.

Marquinhos: Tu fala como se eu não tivesse ligado, né? Nao fode não, Elida.... Aqui nessa história não tem vítima nenhuma! Mesmo depois da tua piranhagem comigo eu liguei pra ti sim tá ligado? Te considerei ainda.

Elida: Ligou muito... Tá certo! Se não fosse a Perla eu teria ficado três meses lá no hospital sozinha pô, pra não perder teu filho.

Marquinhos: Se ela ficou lá foi porquê eu paguei. Tu acha que ela ia largar o trabalho assim sem mais? Fala merda não, tá ligada? Fala não! Tu tem que agradecer e agradecer e muito por eu te considerar mesmo depois de tudo. - meteu serinho pra mim.

Abri minha boca umas três vezes pra falar, mas nem saiu nada. Fiquei caladinha real... Muito filha da puta essa Perla, nem falou nada cara.

Ele ficou lá brincando com o Flavinho enquanto eu só conseguia pensar nisso, não tirava isso da minha mente mesmo.

O Marquinhos nunca foi ruim, eu sempre soube disso e hoje eu tenho isso mais que certo. Ele poderia não ligar pra mim, mas ele mesmo não sabendo que o filho era dele, me ajudou! Ai gente, ele nao me odeia não... Fiquei até feliz!

Marquinhos: Ele dormiu! - veio pra mim entregar.

Carreguei meu baby e fui colocar ele na cama. Ajeitei ele lá e quando voltei pra sala o outro ainda estava lá.

Marquinhos: Tu vai querer quanto por mês?

Elida: Tu que sabe...

Marquinhos: 2 pau tá suave? - assenti. - De boa, mando te entregarem aqui todo mês e sempre quando der eu venho ver meu mlk, firmeza? - disse isso e virou as costas pra sair.

Elida: Preto... - chamei ele, mas ele me ignorou. - Marcos?

Marquinhos: Col foi? - virou um pouco me encarando.

Elida: E a gente? Acabou mesmo? - ele balançou a cabeça em negativa.

Marquinhos: Nós já deu pô, rola mais não! - disse isso e saiu.

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É... Será que acabou mesmo!? 😏😕

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REDENTOR  (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora