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3 anos depois...

Coréia

Coréia: Mandei tu matar. - Disse sério e o moleque se tremia todo segurando a arma.

Marquinhos: Tu nao queria virar soldado, rapá? - disse rindo.

Coreia: É rapá. - dei um tapa na sua cabeça. - Aperta a porra do gatilho, caralho! - disse e ele não obedeceu, continuou se tremendo.

Marquinhos: Esse não é de nada não vú!

Coréia: Vai pra puta que te pariu! Me dá essa porra. - peguei a arma.

Empurrei o aviãozinho com força e o mesmo caiu por cima dos pneus que tinha ali do lado dele.

Essas coisas é foda, fico cheio de ódio. Moleque cola no movimento, faz trabalho de aviãozinho maneiro, ganha um trocado maneiro.

Aí olho cresce, quer bater peito dizendo que já pode carregar uma peça e na hora treme na base. Tomar no cú! Bagulho tem que ter disposição.

Destravei a arma e mirei na cabeça do menorzinho a minha frente. Tinha cara de doze anos, no máximo.

Mas parece que desde cedo já estava no bondinho da faca de serra e caiu na favela errada.

Pprt, quer roubar? Rouba! Não julgo, já roubei muito. Só que aqui na minha favela eu não tolero.

Atirei duas vezes na cabeça do menorzinho que estava ajoelhado com as mãos amarradas na nossa frente.

Guardei a quadrada na cintura e olhei pro aviozinho que tava em estado de choque olhando a cena.

Coreia: Tu tem quantos anos, rapá? - cruzei os braços.

Xxx: Quin... Quin.. - gaguejou.

Marquinhos: A mariquinha tá gaguejando, ialá. - deu risada.

Coréia: Fala direiro viado! - dei uma bica nas pernas. - Responde feito homem nessa porra, pô..

Xxx: Eu.. Eu tenho quinze anos, tenho quinze - disse nervoso e abaixou a cabeça.

Coreia: Tu não tem vergonha na cara não desgraça? Me fez perder tempo contigo, mermão. Nem um ladrãozinho fodido tu consegue matar. - dei dois chutes nele. - Vai se fuder, rapá. - joguei uma sequência de socos nele.

Marquinhos: Alivia aí, mano. - tocou no meu ombro, o encarei e ele retirou a mão de mim.

Coréia: Levanta e vai pra casa, tú não serve pra porra nenhuma! - apontei o dedo.- Tu não trabalha mais pra mim, se ligou? - ele abriu um olhão. - Rala, porra! Se adianta paceiro, mete o pé! ameacei ir pra cima dele de novo e ele se levantou rápido.

Ele ficou com a cara de cú limpando a boca que tinha partido e do lugar não saiu.

Marquinhos: Rapá, tu tá surdo? Não vai ralar nao é sua desgraça? - levantou a camisa e fez menção de pegar sua arma.

Coréia: É melhor tu se adiantar mermão, se não eu vou te rebocar na porrada! Tô afim de matar um mermo.

Xxx: To indo pô, tô ralando... Foi mal, foi mal.. - saiu mancando.

Deixei o Marquinhos mais dois soldados carregando o defundo pra jogar no buraco e me adiantei.

(....)

Coréia: Mama com vontade, vagabunda! - forcei a cabeça da Vitória contra o meu pau.

Ela me olhou com os olhos cheios de lágrima e bateu na minha perna de leve. Puxei ela pelo cabelo na mesma hora e joguei longe.

Coréia: Tá maluca, rapá? - a encarei.

Vitória: Descul.. - tossiu. - desculpa, mor. Eu fiquei sem ar, caralho! - revirei os olhos. - Mas eu vou continuar.. - se levantou.

Coréia: Na boa? Perdi o tesão... Rala daqui seu lixo! - dei as costas e ela tocou no meu braço.

Já virei como? Só mirando retão na vagabunda. Essas putas se passa legal baixando intimidade.

Coréia: Quantas vezes eu já disse que não é pra me tocar caralho? Que intimidade é essa, vacilona? - a encurralei na parede e apertei seu pescoço.

Vitória: Des... Me.. Solta.. - joguei ela longe.

Coréia: Se manda, rala da minha frente sua imprestavel, vagabunda do caralho!!!

Dei as costas pra ela e entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a água cair por meu corpo.

Peguei a toalha, passei na cintura, caminhei até o quarto novamente e a desgraça ainda estava lá.

Coréia: Porra, hoje todo mundo tá me testando. - passei as mãos na cabeça.

Vitória: Desculpa, mor. Olha, vamos de novo.. - se aproximou de mim e eu desviei.

Peguei a pistola que estava em cima da cômoda e destravei apontando pra ela.

Coréia: Ou tu saí daqui agora ou eu te mando pro inferno sua cachorra!

REDENTOR  (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora