Regra Quebrada.

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Henry Cavill.

As coisas aconteceram tão de depressa. A chegada no bar com os meus irmãos, a felicidade da nossas conversas, parecia que por mais que conversássemos sempre teria mais assunto. Depois as bebidas não paravam de chegar, e eu tomava na medida razoável, porque teria que carregar uns deles para casa.

Depois de tanto beber, tive que ir ao banheiro. E pumf! Encontrei a pequena ser humana irritante e sem educação. Ela estava bem sexy com a blusa preta, mas tentei controlar os meus olhos, para não dar bandeira. Olhei em seus olhos e neles estavam um brilho animado, mas depois ficaram duvidosos. Quando ela foi abrir a boca para proferir algo de inútil, fechei a cara e passei por ela.

Saindo do banheiro, não a vi mais no corredor, o que foi um alívio, porque eu não estava com vontade de estragar a minha noite com essa garota. Linda, mas irritante.

Cheguei na mesa pegando Charles contando o final de uma piada sem graça. Todos estavam rindo menos Nik.

- Qual foi a piada dessa vez? - perguntei ao Nik. Ele olhou pra mim e revirou os olhos.

- Ele contou pela milésima vez a piada do leite que não era leite, era esperma. - disse tomando um gole da cerveja. Dei risada.

Ficamos conversando sobre a guerra, sobre os muitos sobreviventes que Nik salvou, e como foi emocionante de um criança dar um pedaço de pão a ele, mesma ela não tendo comido á dias. Eu sentia muito orgulho dos meus irmãos, sem excessão. Todos nós somos apaixonados pela a nossa pátria, por ser tão correta em regras.

Conversa vai, conversa vem. Eu estava me sentindo um pouco claustrofóbico, tomei mais um gole da minha terceira cerveja preta. Simon me olhou desconfiado.

- Ei, tudo bem Henners? - perguntou.

- Acho que aqui está cheio de pessoas. - disse.

- Vai dar uma respirada de ar gelado lá fora. - aconselhou Piers. Assenti e me levantei.

Caminhando um pouco mais que o normal, fui para os fundos. Saindo, respirei fundo o ar gélido que Jersey proporcionava, e relaxei. Mas durou pouco tempo, porque a cena que eu estava vendo me embrulhou o estômago e me deixou num estado de fúria que eu não compreendia.

Um cara um palmo mais baixo que eu; careca e de casaco xadrez, estava esfregando-se na garota que não saía dos meus pensamentos. Ela estava com os olhos lacrimejantes e vermelhos, e estava começando a ficar pálida. O terror tomou conta do meu corpo.

Corri e tirei o filho da mãe de cima dela. Ela caiu e ficou encolhida num mesmo lugar, chorando alto.

Peguei o desgraçado e plantei um soco de direita em seu queixo, fazendo-o se desequilibrar e se chocar com as caçambas de lixo com um estrondo. Depois peguei-o pelo casaco e dei um soco direito e depois esquerda no seu abdômen, ele se encolheu, onde eu tive a oportunidade de fazer o meu joelho se encontrar com o seu maxilar. Ele perdeu o equilíbrio e caiu, ficando um tempo no chão.

Olhei para a garota aos prantos. Ela estava soluçando e tremendo muito. Respirei fundo e fui até ela. Mal estava chegando perto, ela fugiu de mim como um animal sendo encurralado. Corri atrás dela com a velocidade precisa, mas mesmo assim ela estava indo muito rápido. Meu coração entrou em desespero com medo que ela se machucasse.

Ao virar o beco, ela caiu numa poça de água suja. Tentei apanhá-la, mas ela se debateu e me xingou. Falei para acalmá-la. Quando ela erguiu o rosto, meu coração doeu. Deus, os olhos estavam inchados de tanto chorar, o lábio inferior tremia descontroladamente por causa do ocorrido e do frio. Ela me abraçou e se pôs a chorar.

O RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora