Por Deus!

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Tentei me lembrar das instruções que Nik dava para mim e nossos irmãos de como reagir ao um assalto á mão armada. "Mantenha á calma".

O meu coração estava mais que acelerado. E fiquei um pouco aliviado que o careca de barba ruiva estava tremendo com a arma na mão. Olhei para Thay, e a mesma estava com as lágrimas escorrendo dos lindos olhos, tremendo e me olhando, e neles estavam implorando-me para ficar quieto. Mas eu não podia.

- Olha só quem resolveu se juntar a nós, querida. - anunciou ele e me olhou de cima a baixo. - O cara que me nocauteou. - completou e apontou a arma para mim.

- Não, por favor! - exclamou Thay em desespero.

- Calma, vamos conversar, cara. - disse. "Mantenha o indivíduo falando", veio a voz de Nik na minha mente. - Porque está fazendo isso?

- Porque? - perguntou incrédulo. - Olha pra mim! Você quebrou o meu nariz, e não consigo mastigar um bife direito, seu cretino de merda! - disparou ele. Respirei fundo. Olhei para a arma, aquilo está estranho. O cano da arma não reluz sob o luar, a circunferência da saída do armamento parece de acrílico. A arma é de brinquedo!.

- Você estava abusando de uma mulher indefesa, então mereceu levar uns nocautes. - falei observando até onde ele ia com isso. A arma tremeu em suas mãos, ele está tomado pela raiva e o medo.

- Henry! Não faça isso! - repreendeu-me Thay. Olhei para a mesma e pronunciei com a boca "Fica quieta", e ela pela primeira vez, ela não rebateu. Ótimo!

Voltei-me para o careca com o nariz um pouco torto. Roger Gracie ficaria orgulhoso em saber que acertei em cheio o golpe que ele me ensinara.

Abusei um pouco da sorte, e dei um passo em direção ao filho da mãe. Ele deu um passo para trás, como eu suspeitava.

- Parado, senão eu atiro em você! - ameaçou. Dei mais um passo, e ele recuou.

- HENRY! PARA! - gritou Thay. A olhei e vi em seus olhos o que nunca pensei em ver. Medo. Dor. Parei aonde estava, não ia prosseguir, não conseguia; não com ela ali, daquele jeito. Olhei para o careca. Ele estava indeciso para quem apontar a arma.

- Vou matar você e depois dar um surra nessa piranha! - disse ele devagar. Isso estava me deixando com uma raiva sem tamanho.

- Já pedi calma. Me fala o seu nome. - puxei assunto.

- Pra quê? Faz diferença? - disparou rudemente.

- Vamos conversar, okay? Sou o Henry Cavill. Acho que isso você sabe.

- Sei sim, o meu filho gosta de super-herói. - disse. O cara tem um filho, então deve ser casado. Procurei por uma aliança na mão esquerda. Nada. - James. Meu nome é James.

- James, o que você irá ganhar se matar duas pessoas? Sendo que um deles é um ator famoso? - perguntei. Ele ficou pensativo e olhou para a Thay.

- Não quero matar ninguém. Quero dar uma lição em vocês dois! - disparou as palavras com saliva. Mantive a minha calma, como se nada estivesse acontecendo.

- Você irá se dar muito mal.

- Porque? Vai me quebrar de novo? - perguntou sarcasticamente.

- Não é uma má ideia. - retruquei. James ficou vermelho de raiva, e se aproximou de mim e encostou a ponta da arma no meu peito.

- Vou ferrar você, seu ator de merda!

- Você não devia ter se aproximado tanto, James. - alertei. Mas foi tarde para ele. Desarmei-o rapidamente e com o cotovelo, atingi James em cheio no queixo, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão. Thay correu até ele e deu um chute na virilha.

O RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora