“Harry, acorde baby.” Louis o chacoalha cuidadosamente, o menino ainda dormia tranquilo e agarrado a si, mesmo tendo se passado algumas horas.
Louis não queria o acordar realmente, mas estava preocupado o suficiente para ignorar a vontade de o deixar na inconsciência por mais dois pares de horas, Louis o levaria para um hospital. Harry poderia estar machucado de forma mais grave, isso o assustava como o inferno.
O cacheado odiava hospitais.
E odiava quando alguém interrompia seu sono.Resmungou algo para que Louis o deixasse em paz, Harry só queria ficar ali, quietinho e esquecer tudo, por agora. Mas Louis parecia não entender.
“Me deixa!” Harry bufou, irritado. O que era diferente, Harry quase nunca se irritava, talvez ele só estivesse abalado e sensível demais. Louis entendia.
“Desculpa por te acordar...” começou, Harry continuou de olhos fechados, e continuou agarrado como um coala a camiseta de Tomlinson. “Eu prometo te deixar dormir depois por quantas horas você quiser, mas agora, vamos ao hospital, Hazz, Eu––“
“Não preciso de hospital, eu estou bem, só preciso dormir.”
“Por favor. Eu estou preocupado com você.”
“Não... eu não quero sair daqui agora.” Harry murmurou baixo, quase um sussurro, agarrando Louis ainda mais.
Harry não queria olhar para as pessoas lá fora agora, agora ele não era forte para isso, agora ele sentia seus muros todos ao chão.
“Baby... Eu vou estar com você durante todo o caminho e no hospital, depois nós voltamos direto para cá, você pode estar machucado pequeno... por favor.” acariciou as costas do menino, passeando as mãos para cima e para baixo calmamente.
Harry ergueu os olhos verdes para Louis, ele parecia tão... quebrado.
“Eu amo você, e só quero o seu bem, jamais faria algo que pudesse te fazer algum mal.” Louis disse, acariciou as bochechas vermelhas de Harry que fechou os olhos aproveitando o carinho. Louis se aproximou, plantando um beijo casto na ponta do nariz arrebitado, Harry sorriu minimamente ao que Louis moveu a cabeça de um lado para o outro, os roçando carinhosamente. “Vamos, uh?”
“Eu odeio hospitais, Lou...”
Depois de mais algumas tentativas, Harry concordou com um “certo”, ele sabia que Louis não o deixaria escolher e ele iria mesmo arrastado pelos cabelos, Louis apenas o estava perguntado para o fazer acreditar que ele tinha realmente uma escolha. E Harry não poderia se importar menos.
Harry entendia a preocupação.
E não poderia o julgar por isso, Louis se preocupava.x
Depois de Louis conversar com a recepção, pelo horário talvez, não haviam muitas pessoas esperando por atendimento, Harry estava com os olhos fechados e com a cabeça posta confortavelmente em seu ombro direito, calado, não trocaram uma palavra durante o caminho até ali.
Quando Harry foi chamado, ele virou-se para Louis ainda incerto, mas segundo o médico, Louis não poderia o acompanhar, mesmo depois de muita insistência.
Era palpável o nervosismo quando o médico disse : “Qual a causa dessa possível fratura? O que aconteceu rapazes?”, o homem de idade, esperou a resposta que demorou mais que deveria para vir, ele se importaria se não tivesse perguntado apenas por hábito.
“Bom, Harry... Ele–– caiu da escada, e se machucou ao tropeçar e bater a barriga em... uma, mesa.” Louis fez uma careta como se sentisse dor ao se lembrar do que houve.
Mas o doutor apenas assentiu, ele não havia acreditado na história, lógico, mas não o interessava o real motivo, não iria se meter na vida pessoal de seus pacientes, ele tratava o apenas problema físico, médico e não psicólogo.
“Acho que um raio-X nessa região, vai ser o suficiente, me acompanhe senhor...” olhou sua prancheta “Senhor Styles, por favor.”“Lou?”
“Eu vou estar aqui quando você voltar, Harold. Não se preocupe.”
“Certo.”
E Harry se foi.
Louis sentia raiva pelo que tinha acontecido, sentia muita raiva, ele poderia soquear sem dó a pessoa causadora do mal estar de Harry, e consequentemente, do seu. Ele estava bem quando Harry estava bem. Era assim que as coisas funcionavam.
Mas agora tudo iria se ajeitar, ele estava orgulhoso por conseguir que Harry fosse ao hospital, deu trabalho, mas lá estavam eles.
Louis ligou para Anne também, explicou a história com poucos detalhes e disse onde estavam.
“Não se preocupe, tia, tudo está bem agora. Mas queria te pedir que não comentasse sobre isso com ele, seria difícil pro Harry falar agora, entende? Não, não se preocupe, está tudo sobre controle mesmo. Okey, obrigada tia, tenho que desligar, tá, eu cuido dele sim. Até logo.”
Logo Harry estava de volta, o médico ao seu encalço analisando sua prancheta. “Bom, rapazes, não será necessário uma análise com mais exames, tudo está em seu estado normal, exceto por um pequeno inchaço, mas se ocasionou por causa da queda, nada que precise de preocupações.”
Louis estava atento a cada palavra, e Harry? Bom, ele só queria ir para casa.
“Será necessário repouso e o uso desse medicamento, uma pílula por dia durante três dias, é necessário pontualidade para que possa agir corretamente.” Louis assentiu. “Bom, repouse amanhã meu jovem, vou fazer um atestado para sua escola, e depois de amanhã pode voltar para suas atividades normais, alguma dúvida?”
“Não doutor, obrigada.” Louis respondeu. Ele estava um tanto aliviado.
“De nada, e cuide dele, sim? Tiveram sorte de não ter sido algo mais grave.”
“Eu vou cuidar.”
Louis cuidaria mesmo que alguém não o tivesse pedido.
Mas cuidaria muito mais agora que era praticamente uma prescrição médica, e também uma prescrição da dona Anne.
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Little sweetheart (l.s)
Fanfiction(▫Concluída) Honestamente, amizade e amor caminham lado a lado, afinal, uma não existe sem a outra. Louis ama Harry. Harry ama Louis. Como melhores amigos, apenas. No entanto, será que o sentimento é estrito apenas ao cômodo da amizade? É o que eles...