Little sweetheart (l.s)

XVI

Anne caminhava pelos longos corredores da empresa de seu marido, seus saltos altos e sua expressão imponente enquanto cruzava graciosamente o corredor. O homem nem lhe deu atenção, Anne fechou a porta atrás de si e Robert continuou avidamente organizando seus papéis.

A mulher fez um barulho nasalado, e o que recebeu foi apenas um olhar frio e sem interesse por cima de óculos de grau.

Robert havia lhe ligado, lhe dando o horário para que ela aparecesse, e agora que ela estava ali, ele estava lhe fazendo esperar como se, ele não tivesse veemente a intimado para comparecer a sua sala na empresa.

“Creio que devemos conversar, querida.” Seu sorriso esbanjava escárnio “Bom, creio também que tenhamos um problema e que você não está tomando a devida providência sobre isso, como você sabe que deveria, Anne.” tom de voz perigosamente calmo soando por entre as paredes escuras, causando um leve eco na sala, tranquilo como se falasse sobre algum assunto de trabalho.

“Eu sou um empresário de renome, não acha que seu delicado Harry, poderia estragar completamente a imagem de prestígio da família?”

Robert não era um homem que costumava dar voltas, ele simplesmente dizia, sem se importar com sentimentos e afins.

Se algo não estava dentro dos seus planos, seria descartado e pronto.

“Não, e-eu não entendo o que você quer dizer.”

“Oh! Então me dê a honra de explicar.” Sorriu simpático “Harry usa roupas peculiares para um garoto e é delicado demais, não acha?” divagou, logo sua voz se tornando mais áspera “Eu te dei tudo, Anne! Eu te restabeleci quando se viu desamparada e sozinha, e sempre soube, você sempre soube, eu suportaria tudo, menos uma aberração na minha família, na minha casa. Eu fingi não ver, apenas para ter a mera certeza de que Harry, talvez, voltasse a si e se curasse dessa doença, logicamente, isso não aconteceu. Eu te dei a oportunidade de interceder por ele, de lhe abrir os olhos e fazer algo, te dei tempo me fazendo de idiota, e habilmente fingindo não ver algo.” bebericou calmamente seu café, respirando fundo e retomando sua pose séria e tranquila. “E você não sabe o quanto eu lamento por isso, sua inutilidade explícita mais uma vez, até como mãe.”

“Meu filho não está doente.” foi a primeira coisa que Anne disse, ainda processando às informações lhe postas. “Não fale dessa forma comigo!”

“Sim, ele está, não ignore os fatos, minha querida, sei que deve estar sendo difícil, não ache que eu não te entendo. Você deveria ser grata por ter a mim, lhe tenho uma solução plausível e temo, que você não a possa recusar, pois não lhe darei essa escolha.” Robert se inclinou para acariciar o rosto da esposa, que esquivou-se “Eu posso falar da forma que me der vontade, não ouse me repreender novamente, entendido?” Robert envolveu sua mão nos cabelos castanhos da mulher, que gemeu de dor e assentiu.

“O que é? Quer que eu te lembre quem manda? Pelo amor de Deus! Isso está ficando cansativo.” Exasperou-se. “Voltando ao nosso assunto principal, creio que o problema psicológico do seu filho, só teria uma solução eficaz.”

A solução que lhe traria uma casa sem Harry, sem o garoto que ele nunca suportou simplesmente por ser filho de Desmond, por ser tão bondoso como o homem e fazê-lo lembrar todos os dias dele, talvez por isso, Robert quase nunca estava em casa, ou talvez por causa de Candice, sua amante fixa a quase dois anos.

Então, se Harry não tivesse esse “problema”, logicamente, Robert lhe arranjaria outro.

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N/A: Gente, eu amo vocês
Sei que para alguns pode não ser muito, mas, PORRA 1,27k de visualização, eu não esperava, Muito Obrigada pelos comentários e votos, e muito obrigada aos que só leem, importante saber que estão acompanhando.

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